Município observará atuação de deputados em 2025 visando pleito de 2026, diz secretário

Já no início desse ano, que antecede o pleito de 2026, a representatividade começa a virar assunto nos bastidores da política em Tangará da Serra e municípios vizinhos. A região – dona de um colégio eleitoral superior a 200 mil eleitores – quer ampliar sua representatividade na esfera legislativa estadual e conquistar ao menos uma vaga na Câmara Federal.

Em seu comentário desta quarta-feira (08) no programa Primeira Hora, da rádio Serra FM, o radialista e secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Sílvio José Sommavilla, afirmou que o município observará a performance dos deputados que receberam votos em Tangará da Serra nas eleições de 2022. “Praticamente todos os deputados da Assembleia Legislativa fizeram votação aqui em Tangará da Serra, mas apenas o Doutor João e alguns ‘gatos pingados’ estão contribuindo com o município”, disse.

Único representante de Tangará da Serra na ALMT, Doutor João (direita) atuará como primeiro-secretário na mesa comandada por Max Russi, a partir desse ano.

Vale destacar que Doutor João, do MDB, é o único deputado com base em Tangará da Serra e que, assim, tem focado sua atuação parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para o município e região anexa. O parlamentar atuará, a partir desse ano, como primeiro-secretário da ALMT.

Também a partir desse ano, o ex-vereador por Barra do Bugres, Chico Guarnieri (PRD), tomou posse de forma definitiva na ALMT em razão da renúncia do ex-deputado Claudio Ferreira (PL), que se elegeu prefeito de Rondonópolis. Guarnieri esteve presente, no último dia 1º, na posse dos eleitos nas últimas eleições municipais em Tangará da Serra e declarou apoio ao município.

Chico Guarnieri, de Barra do Bugres, declarou apoio a Tangará da Serra na ALMT.

Em seu comentário, Sommavilla destacou que todos os deputados serão observados quanto às suas contribuições a Tangará da Serra, o que pesará nas próximas eleições proporcionais, em outubro de 2026. “Vamos observar como os deputados irão se comportar nesse ano em relação a Tangará da Serra e vamos divulgar quem trouxe algo e quem não trouxe”, disse o secretário, afirmando que a intenção é “auxiliar o eleitor de Tangará da Serra a votar corretamente em 2026”.

A redação entrou em contato com lideranças políticas locais e ouviu dessas fontes que outras práticas politicamente nocivas ao município – como candidaturas locais lançadas sob o argumento de “ajudar o partido” e que, apesar de poucas chances de êxito, indiretamente favorecem caciques políticos de outras regiões – também serão observadas.

Eleitorado e possibilidade

Sommavilla: “Vamos observar como os deputados irão se comportar nesse ano em relação a Tangará da Serra e vamos divulgar quem trouxe algo e quem não trouxe”.

A região polarizada por Tangará da Serra, que inclui municípios como Campo Novo do Parecis, Sapezal, Campos de Júlio, Brasnorte e Juína, mais a porção regional ao sul e a leste (Arenápolis, Nortelândia, Denise, Santo Afonso, Diamantino, Nova Marilândia, Barra do Bugres, Porto Estrela, Nova Olímpia) somam um colégio eleitoral de aproximadamente 220 mil eleitores.

Considerando uma quebra decorrente das inevitáveis abstenções e dos votos brancos e nulos – que sempre gira em torno de 25%, a região teria entre 160.000 e 170.000 mil votos “bons”. Se uma fatia de 40% desse colégio eleitoral – o equivalente a aproximadamente 70 mil votos – fossem canalizados a um único candidato local, a região poderia garantir em 02 de outubro um representante na Câmara Federal, em Brasília.

O mesmo colégio eleitoral daria condições de eleição a pelo menos cinco deputados estaduais  para atuar pelo interesses dos municípios da região.