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TJMT: Zuquim toma posse; CNJ constrange Clarice com suspensão de “vale-ceia”

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Em sessão solene nesta quinta-feira, os desembargadores José Zuquim Nogueira, Nilza Maria Pôssas de Carvalho e José Luiz Leite Lindote foram empossados nos cargos da diretoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

A partir de 1º de janeiro de 2025, José Zuquim será o presidente do poder judiciário, Nilza Maria, vice-presidente, e José Luiz Lindote corregedor-geral de Justiça. Os magistrados serão os dirigentes da Justiça estadual no biênio 2025/2026.

Eles foram eleitos no dia 10 de outubro deste ano. O desembargador José Zuquim Nogueira recebeu com 19 votos, a desembargadora Nilza Maria foi eleita com 35 votos e o desembargador José Luiz Leite Lindote teve 19 votos.

A solenidade de posse contou com a presença do governador Mauro Mendes, do procurador-geral de Justiça Deosdete Cruz Junior, do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo, e da defensora pública-geral Maria Luziane Ribeiro de Castro, entre outras autoridades.

Constrangimento

Clarice Claudino: constrangimento em final de gestão com suspensão de “vale-ceia” pelo CNJ.

Em seu último discurso como presidente do Tribunal de Justiça, a desembargadora Clarice Claudino agradeceu aos parceiros que teve durante seu mandato, principalmente os magistrados e servidores.

Ela, porém, deixou uma marca negativa em seu último ato na presidência, em que tentou “presentear” magistrados e servidores com uma generosa bonificação de Natal no valor individual de R$ 10.055,00.

Diante do flagrante exagero da desembargadora, que tentava agradar o quadro do TJMT com um ato final de generosidade corporativa com dinheiro público, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) resolveu intervir.

Ainda ontem (quinta, 19), o ministro do CNJ, Mauro Campbell Marques, notificou Clarice a prestar explicações, ao mesmo tempo em que suspendia a medida que ficou conhecida como “vale-ceia”.

O medida assinada por Clarice e publicada no Diário da Justiça Eletrônico foi classificada por Campbell como “desconfiguração de rubrica”.

(Redação EB, com Sapicuá RN)

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Epidemia de 2024 foi nove vezes maior que em 2023 até maio; Desde junho há menos casos

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Em meio à preocupação trazida pela estação chuvosa em relação ás arboviroses, os números são discrepantes quando da comparação entre a epidemia de 2024 e os números das moléstias verificados em 2023.

Nesse ano de 2024, Tangará da Serra viu números recordes em chikungunya, dengue e zika. Foram 9.950 casos confirmados das três doenças até a primeira quinzena deste mês de dezembro, conforme o último Painel de Monitoramento das Arboviroses publicado pelo Ministério da Saúde. O número é nove vezes (832%) superior aos números das arboviroses do ano passado, que somaram 1.067 casos entre as três moléstias.

Tangará da Serra sofreu uma epidemia de arboviroses em 2024. Só de chikungunya foram 5,7 mil casos.

Em Tangará da Serra, o destaque negativo não foi apenas o disparado número de dengue (4.170 casos contra 1.050 do ano passado), mas também a chikungunya, cujos 5.727 casos confirmados em 2024 foram 1.145 vezes maiores que os meros cinco registrados em 2023.

Os casos de zika confirmados em 2024 (53) também superam os registros do ano passado, 12, no total.

Menos casos desde junho

Outro dado interessante é que, em Tangará da Serra, as arboviroses declinaram significativamente em 2025 a partir de junho. Daquele mês em diante, os números confirmados em 2024 foram menores que os registros de 2023. Veja gráfico comparativo da dengue, a seguir.

No Brasil, 400%     

O Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde (MS) da semana 1 a 47 é claro: faltaram campanhas de conscientização pelo governo.

O número de casos de dengue no Brasil em 2024 é 400% maior em relação ao ano passado, considerando dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde (MS) da semana 1 a 47. Os dados até o último dia 7 de dezembro apontam que apenas este ano foram registrados 6.606.418 casos prováveis de dengue no país e 5.915 pessoas morreram pela doença. Há 1.088 óbitos em investigação.

De acordo com o Painel do MS sobre a dengue (com dados do Painel até 7 de dezembro e atualizados em 11 de dezembro), o Distrito Federal aparece em primeiro lugar em relação ao coeficiente de incidência da doença, com 9.899, totalizando 278.862 casos prováveis de dengue.

Já o estado de Minas Gerais possui o segundo maior coeficiente de incidência de dengue, sendo 8.237,1, mas o número de casos prováveis já passa de 1,6 mi, com um total de 1.691.797. O estado mineiro fica atrás apenas de São Paulo em relação aos casos prováveis, cujo total já chega a 2.158.639.

Com relação às regiões que apresentam os casos de dengue grave e com sinais de alarme se destacam Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado de São Paulo lidera, com 26.755 casos. Já Minas Gerais aparece na segunda posição, com quase 60% dos casos registrados em SP, totalizando 15.876. Paraná aparece em terceiro lugar, com 13.734, e o Distrito Federal em seguida, com 10.725 casos graves da doença. Já Roraima aparece com apenas 7 casos graves da doença no estado.

O Painel do MS mostra, ainda, que os casos prováveis de dengue no país se concentram na faixa etária de 20 a 29 anos – em que foram registrados 649.599 casos em 2024.

Em relação às demais arboviroses, em 2024, foram notificados 264.970 casos prováveis e 210 óbitos confirmados por chikungunya; 6.417 casos prováveis e nenhuma morte por Zika; 9.563 casos confirmados e dois óbitos por oropouche.

Ações do governo federal

No início de 2024 foi realizada uma pesquisa inédita divulgada pela Genial/Quaest, que mostrou que 4 em cada 10 brasileiros achavam que o governo federal não estava fazendo o possível para combater a dengue. O levantamento foi realizado entre 25 e 27 de fevereiro, baseado em 2 mil entrevistas.

O estudo apontou que 40% não estavam satisfeitos com o desempenho do governo no controle da epidemia. Já  55% avaliavam que administração estava fazendo o possível para combater a crise sanitária. O restante não soube responder ou não respondeu.

Na avaliação do infectologista Julival Ribeiro, em 2024 faltaram campanhas de conscientização pelo governo para prevenir um aumento expressivo do número de casos. Para o especialista, as campanhas de conscientização têm papel importante para mostrar as medidas de prevenção para a sociedade e conter o avanço da doença.

“É muito importante quando a gente tem uma doença tipo dengue, que sejam feitas campanhas de comunicação para prevenção e conscientização sobre a dengue, quer no que tange, por exemplo, ao monitoramento para ver como está a expansão dos mosquitos, mostrando quais são as medidas preventivas para a sociedade, e campanhas também em relação à vacinação. Então, na minha visão, houve essas falhas dentro do governo federal”, afirma Julival.

(Redação EB, com Brasil 61)

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