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Agronegócio & Produção

Produção orgânica do abacaxi pode ser potencializada com bioinsumos, afirmam especialistas

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Os vários aspectos que cercam a cultura do abacaxi estão sendo debatidos no 7º Simpósio Brasileiro do Abacaxizeiro, que acontece no Centro Cultural, em Tangará da Serra. O evento, que acontece pela primeira vez em Mato Grosso e vai até a próxima quinta-feira (23), reúne bom público, com representantes de 12 estados brasileiros.

O objetivo do evento é discutir novas tecnologias e práticas para a cultura do abacaxizeiro e, também, apoiar os produtores no aumento da produção, com melhor rendimento e frutos de qualidade.

Fruto muito apreciado, abacaxi é alternativa de renda na agricultura familiar.

A realização é do MT Horticultura, programa de extensão da Unemat, Universidade de Mato Grosso, em parceria com o Governo do Estado e a Secretaria da Agricultura Pecuária e Abastecimento de Tangará da Serra.

Produção orgânica

Na tarde dessa terça-feira (21), o tema em destaque foi a produção orgânica do abacaxi, em especial as variedades pérola e imperial. Especialista, o pesquisador Túlio Raphael Pereira de Pádua, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, expôs em palestra as etapas que culminam com uma boa produção de abacaxi, em sistema orgânico. Túlio começa pelo planejamento, com seleção de mudas, cuidados com o solo (que inclui o pré-cultivo/cobertura), plantio e manejo das plantas, até a colheita e o manejo pós-colheita.

Túlio de Pádua: “Os bioinsumos tem papel chave porque isso vai permitir uma agricultura mais sustentável, com melhor condição de retorno financeiro e de custo menor”.

Nesse contexto de produção orgânica, os bioinsumos se encaixam como contribuintes essenciais aos bons resultados. “A gente tem trabalhado nestas linhas que talvez sejam a última fronteira nas pesquisas e a Embrapa tem trabalhado muito com microorganismos no controle de doenças com resultados de laboratório muito interessantes”, disse Pádua, em diálogo com a reportagem.

Ele observa, porém, que é preciso que a técnica seja mais levada ao campo. “Para produção orgânica, para o incremento, para que o cultivo orgânico seja cada vez mais disseminado, os bioinsumos tem papel chave porque isso vai permitir uma agricultura mais sustentável, com melhor condição de retorno financeiro e de custo menor para o produtor de abacaxi”, completou o pesquisador da Embrapa.

Bioinsumos na produção

O empresário Carlos Alberto Scapini, da Fotossíntese Biologic, acompanhou a palestra de Túlio de Pádua e vê como essencial a inclusão dos bioinsumos no contexto da produção orgânica do abacaxi. Ele, que é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), destaca a importância dos bioinsumos para a qualidade do fruto. “Os manejos individuais de controle de pragas e doenças, dentro dos sistemas produtivos convencionais ou orgânicos, não possuem boa eficácia, principalmente nas doenças de difícil controle. Sempre existe um risco de uma técnica isolada fracassar. Os bioinsumos são essenciais para se ter um abacaxi de alta qualidade, orgânico, com certificação orgânica ou com zero de resíduos químicos”, observou.

Scapini: “Os bioinsumos são essenciais para se ter um abacaxi de alta qualidade, orgânico, com certificação orgânica ou com zero de resíduos químicos”.

Scapini lembrou que há na região indústrias voltadas à produção de bioinsumos, para controle de pragas e doenças acima do solo e abaixo do solo, com resultados reconhecidamente positivos.

Empresa de Tangará

Fundada por Scapini em junho de 2005, a Fotossíntese Biologic é uma empresa com sede em Tangará da Serra e é especializada em tecnologia de bioinsumos e bioengenharia. Produz meios de cultura para multiplicação de bactérias para controle biológico de pragas e doenças, indutores de resistência e estimuladores de plantas.

A empresa também produz biofábricas e biorreatores, atendendo ao menos 15 estados nas cinco regiões do Brasil, além dos países vizinhos Argentina e Paraguai (integrantes do Mercosul) e, também, a Bolívia. O contato por telefone e WhatsApp é (65) 99987-4242, e-mail [email protected].

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Agronegócio & Produção

Governo Lula anuncia Plano Safra mais caro para retaliar o agro e castigar a população

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Sim, a somatória do Plano Safra 2025/2026 passará dos R$ 600 bilhões. Mas serão o consumidor e o setor que mais contribui na balança comercial que pagarão essa conta.

Segundo o TSE (Superior Tribunal Eleitoral), a maioria dos eleitores brasileiros votaram em Lula nas eleições presidenciais de 2022. E é essa maioria anunciada pelo TSE e, obviamente, a minoria (também anunciada pela mesma suprema corte naquelas eleições), que irão padecer ao colocar o alimento à mesa das famílias brasileiras, principalmente as de maior vulnerabilidade socioeconômica.

Afinal, um governo (seja no Brasil, seja em Cuba, na Venezuela, na Coréia do Norte ou na China) que prega a censura com aval despótico da sua alta esfera judiciária sempre castigará a população do seu país, no bolso e na “justiça”.

O agro, setor vitimado ideologicamente pelo atual governo, será o primeiro a pagar. A soma dos programas deste ano será acima dos R$ 605 bilhões, mas os juros desta temporada serão mais altos, puxados por uma política monetária restritiva (Selic a 15%) e impulsionados por um governo esbanjador em seus luxos e na estrutura organizacional (gigantesco cabide de empregos). O déficit público previsto superior a R$ 83 bilhões ao final desse ano também ajuda nesta conjuntura negativa.

Efeito nefasto

O governo Lula/PT usa de demagogia ao ostentar valores notáveis. Na última segunda-feira, anunciou que o novo Plano Safra terá R$ 89 bilhões à agricultura familiar, sendo R$ 78 bilhões voltados especificamente ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que atende pequenos produtores de soja e outras culturas. O valor representa um aumento de 3% em relação à temporada anterior, que contou com R$ 76 bilhões.

O agro, setor vitimado ideologicamente pelo atual governo, será o primeiro a pagar. Em seguida, as famílias brasileiras sofrerão a punição.

Nesta terça-feira foi anunciada a segunda etapa do plano. E a grande verdade é que o governo Lula, ao invés de incentivar a produção e pensar no povo brasileiro, mostra a tirania típica de um governo de esquerda e evidencia seu perfil perseguidor.

Os R$ 605,2 bilhões em créditos ao agro anunciados pelo governo Lula/PT para a safra 2025/26 correspondem a um volume recorde, com R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial e R$ 89 bilhões para a agricultura familiar. Mas o que chamou a atenção foi o aumento das taxas de juros nas principais linhas de financiamento de 1,5 a 2 pontos percentuais no segmento empresarial.

De forma reativa, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota em que expressa preocupação com o Plano Safra. “Com juros próximos da taxa Selic atual [de 15%], o crédito rural se torna praticamente inacessível para a maioria dos produtores, sobretudo em um momento de elevado endividamento no campo”, diz a entidade.

A Aprosoja reforça que, deste volume anunciado de R$ 516,2 bilhões, parte significativa dos recursos — R$ 185 bilhões — será captada via Cédulas de Produto Rural (CPR) lastreadas em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumentos privados sem taxas controladas. “Ao excluir essa parcela, o volume de recursos disponível sofre uma redução nominal de 17,3%“, constata a Aprosoja-MT.

A nota continua dizendo que, na prática, os valores controlados, montante com juros prefixados, cresceram 5% em relação ao plano anterior, o que representa um decréscimo de 0,32% em termos reais, quando ajustado pela inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Para a entidade, os R$ 69,1 bilhões destinados ao Pronamp mantêm juros diferenciados, mas não corrigem as perdas inflacionárias. De acordo com a associação dos produtores, no setor agropecuário, os investimentos controlados de R$ 79,93 bilhões também apresentaram crescimento nominal insuficiente, enquanto os R$ 21,6 bilhões de recursos livres foram reduzidos em 31% e continuam sujeitos a garantias mais onerosas.

“Na prática, temos menos dinheiro disponível para contratar”, alerta o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, ao destacar que os aumentos marginais não compensam a corrosão do poder de compra dos produtores.

Resumindo: o crédito está disponível, mas bem mais caro. Logo, a tendência é o produtor reduzir investimentos em tecnologia, como, por exemplo, o uso de fertilizantes. Então, ficando mais caro para produzir, fica mais caro consumir.

Enquanto isso, Lula e seu governo seguem com o demagógico discurso do “combate à fome e redução da pobreza”.

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