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Infraestrutura & Logística

Estradas: Ministro descarta federalização do trecho Jangada-Itanorte

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A federalização do trecho de rodovias estaduais no trecho Jangada-Itanorte não sairá, ao menos nos próximos anos. Esta foi a mensagem do ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas à uma comitiva de lideranças políticas e empresários tangaraenses, durante audiência em Brasília, no início desta semana.

Na reunião, o grupo de Tangará da Serra reforçou o pedido de federalização do trecho, que compreende, na íntegra, além do trajeto entre Jangada e Itanorte (215 quilômetros pelas MTs 246, 343 e 358), o trajeto desde o armazém da Amaggi, em Brasnorte, até Castanheira (493 quilômetros pela MT-170).

Tarcísio de Freitas: Federalização do trecho é inviável pela questão orçamentária e em razão de outras prioridades.

O ministro Tarcísio de Freitas, porém, antecipou que a federalização do trecho é inviável no momento, primeiro pela questão orçamentária (Ministério da Infraestrutura trabalha este ano com orçamento reduzido) e, depois, por haver outras prioridades consideradas mais emergentes pelo governo federal em Mato Grosso. Entre estas prioridades estão os investimentos em ferrovias (Ferrogrão e Ferronorte), os obras de pavimentação da BR-163 até o estado do Pará e a MT-158, na região do Araguaia. Há, ainda, outras inúmeras rodovias consideradas estratégicas pelo governo federal em outros estados e que ainda não estão pavimentadas em sua totalidade.

Contudo, Freitas admitiu a possibilidade de rever a proposta de federalização. “Ele deixou em aberto e disse que poderá conversar a respeito, mais à frente. Então, ainda mantemos a esperança”, observou o empresário e suplente de deputado federal Vander Masson, que participou da audiência.

Fator decisivo

Segundo apurou o Enfoque Business, um fator que poderá afastar de vez a federalização requerida pelos representantes tangaraenses é a disponibilização do trecho Jangada/Itanorte para cobrança de pedágio. O governo pretende implantar até quatro praças no trecho, valendo-se da modalidade ‘PPP Caipira’, em que o estado firma convênio com uma associação – possivelmente de produtores rurais – para manutenção das boas condições da estrada.

Implantação de pedágio poderá afastar definitivamente a possibilidade de federalização.

Proposta

A proposta de federalização consiste na inclusão do trecho de 493 quilômetros entre Novo Mundo (MS) e a região de Juína/Castanheira (MT) no Plano Nacional de Viação (PNV – Lei 5.917, de setembro de 1973). A autoria da propositura, na forma do Projeto de Lei 3.371, é do deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade-MT), que por sua vez atendeu pedido formalizado por um grupo de empresários locais liderados pelo suplente Vander Masson.  O PL 3.371 já conta com a aprovação da Comissão de Viação e Transportes.

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Infraestrutura & Logística

Hidrovia destravará economia do Centro-Oeste e favorecerá integração com o Mercosul

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Presidente em exercício Geraldo Alckmin admite liberação do Tramo Norte do rio Paraguai para navegação comercial e reconhece importância logística do trecho hidroviário Cáceres-Corumbá. Reativação da Hidrovia do Rio Paraguai ganha movimento.

A última sexta-feira (24) foi um dia de alento para o futuro próximo da economia da macrorregião Oeste-sudoeste de Mato Grosso. Foi um dia em que um anseio regional deixou de ser um sonho para se tornar algo realizável, projetando no horizonte um ciclo virtuoso, de crescimento econômico, de geração de emprego e renda.

Durante a inauguração da Zona de Processamento de Exportação (ZPE Engenheiro Adilson Domingos dos Reis) de Cáceres, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou novos investimentos voltados à reativação da Hidrovia do Rio Paraguai. A medida tem como objetivo impulsionar a logística de transporte, reduzir custos e atrair novos investimentos estratégicos para a região Centro-Oeste. Além do mais, as operações na hidrovia serão fundamentais para a competividade da própria ZPE.

Momento da inauguração oficial da ZPE de Cáceres, com presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin.

O projeto prevê ações de dragagem e melhorias na infraestrutura portuária no trecho entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), conhecido como Tramo Norte, atualmente inoperante devido ao assoreamento do rio e (também) a uma contra campanha sórdida de um grupo de ativistas financiados por interesses externos contrários ao ganho de competividade das atividades econômicas da região.

Geraldo Alckmin, anunciou investimentos voltados à reativação da Hidrovia do Rio Paraguai.

O segmento é considerado o principal gargalo da rota fluvial que conecta o Mato Grosso ao Uruguai, passando por Paraguai e Argentina. “Esse é o trecho que precisa de investimento. Vou conversar com o ministro dos Portos. Precisamos de eficiência econômica, reduzir custos e integrar modais. A hidrovia do Paraguai é essencial”, afirmou Alckmin durante coletiva à imprensa.

Eixo logístico e potencial econômico

A reativação da hidrovia representa um avanço para a integração entre os modais rodoviário, ferroviário e fluvial, consolidando o rio Paraguai como corredor estratégico do Mercosul. Desde 1998, o Acordo de Transporte Fluvial da Bacia do Rio da Prata estabelece a ligação entre o Porto de Cáceres e o Porto de Nueva Palmira, no Uruguai — rota que permite o escoamento de grãos e minérios até os centros de processamento do país e do continente e, também, ao mercado asiático, via estuário do Prata.

Trecho hidroviário Cáceres-Corumbá: Liberação do Tramo Norte será essencial para desenvolvimento regional.

Em Mato Grosso, já há projetos para instalação de dois terminais fluviais — classificados como Terminais de Uso Privado (TUPs) ou Estações de Transbordo de Cargas (ETCs) —, além do porto existente mantido pela Associação Pró-Hidrovia (APH), em Cáceres, pronto para operação. A expectativa é de que toda a hinterlândia regional, abrangendo Tangará da Serra, Chapadão dos Parecis e municípios do Oeste e Sudoeste mato-grossense, seja beneficiada pela redução do custo de frete, pela atração de novos fluxos de carga e pelo surgimento de novas oportunidades de negócios.

Integração logística regional

A inauguração da ZPE de Cáceres também contou com a presença do prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, acompanhado do vice-prefeito Eduardo Sanches e dos secretários Alceu Grapeggia (Agricultura) e Sílvio Sommavilla (Desenvolvimento Econômico). Masson destacou que Tangará da Serra está em processo de implantação de um Porto Seco em uma área de 100 mil metros quadrados, próximo às zonas de produção e consumo, o que deve ampliar a competitividade do município.

ZPE de Cáceres: Polo industrial com potencial de alavancar desenvolvimento da macrorregião Oeste-sudoeste do MT.

“Estamos próximos da ZPE de Cáceres, que se tornará um importante ponto alfandegário. A autorização para o nosso porto seco complementa essa estrutura, facilitando o fluxo de importação e exportação com mais agilidade, redução de custos e tempo em relação aos grandes portos. A nossa parte estamos fazendo, os ambientes estão sendo definidos e os negócios que consolidam nossa condição de polo estão acontecendo”, afirmou o prefeito.

Sustentabilidade e integração sul-americana

Com 680 quilômetros de extensão, o rio Paraguai é um ativo natural de relevância econômica e ambiental, margeado por áreas de alta biodiversidade, como a Ilha de Taiamã, o Parque Estadual do Guirá e o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense.

O governo federal avalia que a retomada da navegação comercial no trecho entre Cáceres e Corumbá pode gerar impactos diretos na cadeia do agronegócio e da indústria, ampliando a competitividade das exportações brasileiras e fortalecendo os laços comerciais com países do Mercosul.

Se concretizado, o projeto deverá posicionar o Centro-Oeste como um dos principais eixos logísticos do país, unindo eficiência, integração e sustentabilidade.

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