A economia brasileira não vai bem com o atual governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). O aumento das despesas do governo, as dúvidas quanto ao cumprimento da meta fiscal e as declarações de Lula levaram a um pessimismo no mercado, elevando a cotação do dólar e provocando que na bolsa de valores (Ibovespa).
A cotação comercial do dólar subiu fortemente no último fechamento, a R$ 5,58. A alta foi de 1,85%. Para o euro, o valor é de R$ 6,09, com elevação de 1,50%. Para o turismo, os valores são ainda mais elevados.
O último fechamento repercutiu a espera do mercado para os encaminhamentos da reunião, ocorrida no Palácio do Planalto, entre o presidente da República e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; da Casa Civil, Rui Costa; e da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
Lula e Haddad: decisões e declarações provocam instabilidade na economia e pessimismo no mercado.
Há pessimismo e preocupação doméstica com a declaração de Lula sobre a necessidade de “precisar convencer-se” para que um corte de gastos ocorra. Há dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal para 2024.
Os investidores também aguardavam pelo Panorama Macroeconômico, que foi divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda (MF), no fim de tarde de quinta-feira (18). O conteúdo é um compilado de dados sobre conjuntura e manteve a projeção de crescimento de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB), em 2024. A projeção é a mesma divulgada em maio de 2024, pelo mesmo boletim. Ou seja, os técnicos da Fazenda consideraram como nulo o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul sobre o desempenho da economia brasileira. Com relação à inflação, houve revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,70% para 3,90% em 2024. As cotações são da companhia Morningstar.
A atenção também segue voltada para a divulgação do 3º relatório bimestral do Orçamento de 2024, prevista para 22 de julho, segunda-feira. O material consistirá em uma métrica para a percepção de cumprimento (ou não) do objetivo fiscal do governo.
Nos Estados Unidos, apesar de chances moderadas de redução dos juros, o patamar é considerado elevado para o país, o que valoriza o dólar em relação a diversas divisas internacionais. De modo geral, o último fechamento foi de ganhos para a moeda americana, em diferentes países.
Bolsa em queda
O índice da bolsa de valores brasileira teve forte queda, de 1,39%, no último fechamento e está cotado a 127.652 pontos. Está no radar a preocupação com a situação fiscal no Brasil e a espera pelos encaminhamentos ocorridos em reunião entre as principais pastas da economia e a Presidência da República. As dúvidas com a situação fiscal do País também entram no rol de fatores que levam o mercado ao pessimismo.
Entre as ações mais negociadas, quase todas tiveram queda, com exceção das Lojas Americanas (AMER3), em nova alta de 2,75%. Cogna Educação (COGN3) caiu quase 5,00%. Hapvida (HAPV3) e B3 (B3SA3) caíram 2,95% e 2,80%, enquanto a redução da Ambev (ABEV3) foi de 1,30%.
Outras baixas foram das empresas João Fortes Engenharia (JFEN3), MRS Logística (MRSA3B) e Oi (OIBR3). Para as demais ações, as altas ficaram com Tkno (TKNO4), Alphaville (AVLL3) e Mundial (MNDL3).
O volume negociado foi de R$ 20,6 bilhões, entre 3,6 milhões de negócios.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados através da B3.
(Redação EB, com Brasil 61)