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Agronegócio & Produção

Momento Agrícola: Transgênicos, exportações e terras para estrangeiros estão entre os destaques

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O Momento Agrícola desta semana chega com notícias de grande relevância para o Agro e a economia do Brasil e de Mato Grosso. O programa – produzido pelo engenheiro agrônomo, produtor rural e consultor Ricardo Arioli – é veiculado pela rede de rádios do Agro e reproduzido semanalmente pelo Enfoque Business em formato de matéria jornalística com link da íntegra.

Modificado

Um dos assuntos de destaque desta edição do Momento Agrícola está relacionado aos alimentos geneticamente modificados.

O Japão está pronto para aprovar seu primeiro alimento com edição genética: um tomate rico em ácido gama-aminobutírico (GABA), que pode prevenir a hipertensão.

Um painel de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar se reunirá para discutir a aprovação desta safra desenvolvida por uma startup japonesa e uma universidade local.

Espera-se que demore cerca de um ou dois anos antes que os tomates estejam disponíveis no mercado, mesmo que sejam aprovados, devido à necessidade de desenvolver cadeias de abastecimento e outros fatores. As tecnologias atuais de edição de genoma são mais eficientes do que nunca, permitindo que genes sejam modificados como se estivessem editando frases em um processador de texto.

O genoma do tomate editado foi desenvolvido em conjunto pela Sanatech Seed Co., um spin-off da Universidade de Tsukuba.

Mais exportação

Exportações brasileiras deverão crescer 13,7% em 2021 na comparação com 2020

As exportações brasileiras deverão crescer 13,7% em 2021 na comparação com 2020, para 237,3 bilhões de dólares, com as vendas externas do país ficando mais dependentes de produtos como soja, petróleo e minério de ferro, previu nesta quarta-feira a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Com preços mais altos e crescimentos menores dos volumes embarcados, esses três produtos aumentarão sua fatia no total exportado pelo Brasil para um recorde de 40,2%, notou a AEB em comunicado.

Em 2021, pelo sétimo ano consecutivo a soja continuará sendo o produto líder de exportação do Brasil, com 36,55 bilhões de dólares, um novo recorde, versus 28,7 bilhões de dólares em 2020, disse a associação.

Terras para estrangeiros

O Senado Federal aprovou, na noite de terça-feira 15, um projeto de lei que pretende facilitar a negociação de terras agrícolas com investidores estrangeiros. Tema sensível ao País e discutido há anos no Congresso, a entrada de estrangeiros em terras nacionais foi objeto do projeto apresentado pelo senador Irajá Abreu (PSD-TO), que torna a venda ou o arrendamento de propriedades rurais a empresas do exterior mais flexível.

A medida dispensa qualquer necessidade de autorização ou licença para aquisição e qualquer modalidade de posse por estrangeiros quando se tratar de imóveis com áreas até quinze módulos fiscais. Não há uma precisão em relação ao tamanho dos módulos fiscais, porque a medida desses módulos varia entre os Estados do País. Em média, porém, um módulo tem o tamanho de aproximadamente 80 hectares, o equivalente a 80 campos de futebol.

Outros

Entre outros destaques, o Momento Agrícola traz, também, entrevistas sobre o novo laboratório da APROSMAT, com Jefferson Aroni; A nova Parceria Público Privada Social, com Leonardo Tomczyk; e a Pecuária de Corte em 2020 e 2021, com Michel Tortelli, da FinPec.

Clique abaixo para ouvir o Momento Agrícola na íntegra.

 

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Agronegócio & Produção

Produção agrícola mecanizada em terras indígenas pode impulsionar o agro no Chapadão

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou na semana passada que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou comunidades indígenas a desenvolver agricultura mecanizada e monocultura em seus territórios.

Em Mato Grosso, a decisão abre novas perspectivas para as etnias Paresi, Nambiquara e Manoki, da região de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Tangará da Serra. A partir da autorização, as comunidades poderão cultivar soja e milho sem risco de multas ou embargos ambientais.

As lideranças indígenas comemoraram a medida. Entre elas está Arnaldo Zunizakae, presidente da Coopihanama, cooperativa que administra a produção agrícola das aldeias. Ele destacou que a decisão garante melhorias na qualidade de vida e contribui para a permanência dos povos em seus territórios.

Fávaro também ressaltou que, além da autorização do Ibama, os agricultores indígenas poderão acessar linhas de crédito do Plano Safra para financiar a produção.

Tangará da Serra

Em Tangará da Serra, as terras indígenas correspondem a 53% da área total do município, que possui aproximadamente 11,3 mil km². A maior é a Terra Indígena Pareci, onde estão localizadas as aldeias Katyalarekwa e Serra Dourada, a cerca de 125 quilômetros da área urbana. Já a Aldeia Formoso, integrante da Terra Indígena Rio Formoso, fica a 85 quilômetros do centro da cidade.

Parte das comunidades já produz grãos nessas áreas. O trabalho é acompanhado por programas de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece cursos de operação e manutenção de máquinas agrícolas e de aplicação de herbicidas.

Em Campo Novo do Parecis, a 400 quilômetros de Cuiabá, a produção indígena já ocorre há 15 anos. Nas terras das etnias Manoki, Nambiquara e Paresi, mais de 17 mil hectares são destinados ao cultivo de grãos. Segundo as lideranças, 95% do tratamento da lavoura é feito sem agrotóxicos.

Potencial econômico

As reservas indígenas em Tangará da Serra somam cerca de 6 mil km², o equivalente a 600 mil hectares. Para efeito de comparação, o município conta atualmente com pouco mais de 176 mil hectares cultivados com soja e milho.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Tangará da Serra em 2021 foi de R$ 5,58 bilhões. Desse total, 25% — ou R$ 1,395 bilhão — correspondeu ao valor adicionado pela agropecuária.

Se apenas 10% da área indígena fosse destinada ao plantio — respeitando a reserva legal mínima de 35% no Cerrado — seria possível ampliar em quase 30% a área agrícola do município. Nesse cenário, considerando as produtividades da soja e do milho (respectivamente 66 sc/ha e 126 sc/ha) e as cotações atuais desses produtos, a agropecuária poderia acrescentar, somente na comercialização da safra, quase R$ 500 milhões ao PIB local, elevando-o para praticamente R$ 6 bilhões.

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