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Economia & Mercado

Pronampe deve ter mais R$ 10 bi para crédito a micros e pequenas empresas em 2021

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A Câmara dos Deputados aprovou esta semana (terça, 22) o projeto do senador Jorginho Mello (PL-SC) que cria a terceira fase do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Serão mais R$ 10 bilhões de participação da União no Fundo Garantidor de Operações (FGO), que sobraram do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese). A matéria (PL 5.029/2020), aprovada pelo Senado em novembro, segue agora para a sanção do presidente da República.

O programa, que havia terminado em novembro, é restabelecido pelo projeto, com o aporte extra até o dia 31 de dezembro.

Segundo dados do governo, o Pronampe já disponibilizou R$ 32,9 bilhões de crédito para micros e pequenas empresas, por meio de mais de 450 mil contratos. A taxa de juros é a Selic, hoje em 2%, acrescida de 1,25% ao ano.

Os recursos podem servir para pagar funcionários, contas de luz e água, aluguel, compra de matérias-primas e mercadorias, entre outras. Também podem ser direcionados a investimentos, como compra máquinas e equipamentos, ou reformas.

Informações

As empresas interessadas poderão pedir o empréstimo e o valor liberado vai depender do porte de cada uma. Para os MEIs, o empréstimo pode chegar a até 12,5 mil; as microempresas contam com até R$75 mil e as pequenas empresas R$125 mil. Os sócios que estiverem com nome negativado não terão acesso à esta linha de crédito.

Informações podem ser obtidas no site da Caixa (www.caixa.gov.br) onde também pode ser solicitado o crédito. Depois será preciso procurar os gerentes para providenciar a documentação necessária.

(Redação EB, com Agência Senado)

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Economia & Mercado

Efeito “Tarifaço” reconfigura o mercado global para o Brasil e movimenta Mercosul

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A imposição da tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira pelos Estados Unidos criou um novo cenário no comércio internacional de proteínas, exigindo uma reconfiguração imediata dos fluxos de exportação. Embora a medida tenha reduzido a competitividade do Brasil no acesso direto ao lucrativo mercado americano, ela não impediu que o país continuasse a influenciar fortemente a oferta global, desencadeando um efeito cascata em todo o Mercosul.

Essa conjuntura criou um desafio de abastecimento nos EUA, que passa a sentir os efeitos do “vazio” deixado pelo Brasil.

A ação tarifária dos EUA ocorreu em um momento crítico. O país enfrenta um ciclo pecuário de baixa, registrando o menor rebanho dos últimos 70 anos. Essa escassez estrutural torna os Estados Unidos altamente dependentes de importações para suprir sua demanda interna, que se mantém robusta.

Com a carne brasileira mais cara e menos competitiva, o mercado norte-americano, em busca de volume e preço, se voltou imediatamente para fornecedores alternativos do Mercosul, especialmente Paraguai, Argentina e Uruguai.

Taxação sobre a carne brasileira pelos EUA não impediu que o Brasil continuasse a influenciar a oferta global.

Triangulação

Essa mudança criou uma dinâmica de “triangulação” de fornecimento na América do Sul:

Primeiro, houve um direcionamento ao Norte. Ou seja, Paraguai, Argentina e Uruguai, vendo a oportunidade de aumentar sua participação em um dos maiores mercados consumidores do mundo, direcionaram uma parte significativa de sua produção – antes destinada a outros mercados ou ao consumo doméstico – para os EUA.

Segundo, a Demanda interna vira para o Brasil, na medida em que o escoamento da carne desses países vizinhos para os EUA abriu um vazio em seus próprios estoques domésticos. Para recompor o consumo interno e atender às suas tradicionais bases de importação (como a China), esses países naturalmente recorreram ao Brasil.

Em outras palavras, a tarifa dos EUA forçou o Brasil a desviar parte da sua produção, mas esse volume não desapareceu: ele acabou sendo absorvido, direta ou indiretamente, pelos países que agora atuam como intermediários ou que buscam recompor suas prateleiras com o produto brasileiro.

A inevitabilidade da China

Embora o mercado dos EUA seja importante, a China permanece o principal destino da carne bovina brasileira, sendo o grande motor do setor. Com o volume que seria inicialmente destinado aos americanos sendo redirecionado, o Brasil fortalece sua posição em outros mercados, notadamente o asiático.

A conclusão é estratégica: a tarifa norte-americana não reduz o volume global de carne demandado. Ela apenas reorganiza os caminhos logísticos e a precificação. O Brasil, com sua capacidade de produção incomparável, mantém sua influência como o balizador global da oferta, garantindo que sua carne continue a circular e a sustentar a cadeia produtiva na América do Sul. A longo prazo, a medida americana pode até acelerar o esforço brasileiro de diversificar ainda mais seus parceiros comerciais e buscar acordos em mercados de alto valor agregado.

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