As obras de ampliação da Estação de Captação, Tratamento e Distribuição de Água (ETA Queima Pé) de Tangará da Serra terão início após o período chuvoso e não irão interferir no abastecimento de água na cidade.
Segundo o diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), Wesley Lopes Torres, o projeto de ampliação da ETA – desenvolvido pela Life Engenharia – está em fase de finalização e deverá ser entregue ao município em março.
Projeto está em fase de finalização e deverá ser entregue ao município em março.
O diretor informa que, uma vez concluído o projeto a autarquia lançará edital de licitação para as obras, que deverão iniciar após o período chuvoso. Ele destaca que, com a ampliação, a ETA passará dos atuais 340 litros/segundo de água tratada para 490 litros/segundo, conforme estudo de aumento de demanda que prevê uma população de 165 mil habitantes no município até o ano de 2040.
Modernização
Wesley considera a ampliação como um importante processo de modernização que completará um ciclo iniciado com o aumento da capacidade de reservação, num investimento estimado em cerca de R$ 10 milhões. “Já investimos na água bruta com as novas lagoas, no armazenamento de água tratada e, também, dobramos a capacidade de distribuição. Agora vamos manter essa qualidade de excelência da água aliada à quantidade suficiente para manter o abastecimento”, disse.
Sistema terá capacidade de tratamento de água ampliada dos atuais 340 litros/segundo de água tratada para 490 litros/segundo.
O projeto prevê um canal com gradeamento e desarenador, uma nova unidade de mistura rápida mecanizada, oito novos floculadores, reforma e ampliação/conversão dos decantadores para altas taxas, removedor de lodo submerso, cinco novos filtros e reforma dos atuais sete filtros já existentes.
Também serão construídos um novo tanque para desinfecção e uma nova estação elevatória de água tratada, reformas e adequações da unidade de tratamento de resíduos, da casa de química e do sistema de dosagem de produtos químicos. Por fim, será construído um moderno centro de controle operacional automatizado, com operação remota de todo o sistema.
Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.
Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.
Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.
Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.
“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.
Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.
(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:
Irresponsabilidade
A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.
Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.
No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.
Punição
Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.
Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.