O Centro Hospitalar Municipal (CHM) de Tangará da Serra poderá fazer parte do projeto de regionalização da saúde pública estadual. A hipótese foi levantada durante visita, no final de outubro, do deputado estadual Paulo Araújo (PP) à estrutura da unidade hospitalar do município. O parlamentar esteve acompanhado do prefeito Fabio Martins Junqueira, vereadores, secretários e do assessor jurídico do parlamentar, ex-vereador por Tangará da Serra Amauri Paulo Cervo.
Durante a visita, conduzida por Junqueira, Araújo conheceu todas as dependências do CHM e se disse surpreso com a qualidade da estrutura física. Em recente conversa com a reportagem do Enfoque Business, Araújo disse que já dispunha de informações de que se tratava de uma boa estrutura. “Mas nesta visita que fizemos vi que as instalações são ainda melhores”, disse, citando que o CHM dispõe de centros cirúrgicos equipados e dentro dos padrões exigidos como referência, UTI’s, enfermarias, leitos e todas as dependências necessárias para um hospital regional para atendimento de média e alta complexidades.
Porém, o problema está na falta de resolutividade. “Tem a estrutura, mas não há resolutividade”, disse Paulo Araújo, admitindo a falta de apoio do governo anterior, que atrasou repasses e abandonou qualquer possibilidade de regionalização. “Mas o atual governo está disposto a isso”, garantiu, em seguida.

Araújo: Aroveitamento do CHM para uma estrutura de hospital regional passa por decisões políticas no estado – que precisa confirmar a regionalização – e do município, cuja administração precisará avalizar o processo.
Uma das vantagens da conversão da estrutura do CHM em hospital regional seria, conforme o deputado, a agilidade. “Temos esta alternativa, da viabilização do caminho para que o Hospital Municipal, que tem já a estrutura pronta e equipada dos centros cirúrgicos, UTI’s e leitos, possa ter, com a entrada do Estado, uma realidade de que até janeiro do ano que vem seja implantado o Hospital Regional aqui em Tangará da Serra”, disse o deputado progressista. “Se formos depender de construção passaremos mais cinco anos – ou mais – sem um hospital de referência regional”, completou.
Segundo o parlamentar, o aproveitamento do CHM para uma estrutura de hospital regional passa por decisões políticas no estado – que precisa confirmar a regionalização – e do município, cuja administração precisará avalizar o processo. “Havendo estas decisões, basta apenas definir o modelo”, disse Araújo, à reportagem do Enfoque Business. Os modelos incluem, entre outras opções, formatos com gestão via Consórcio Intermunicipal de Saúde e parceria entre estado e município.
Promessa não cumprida
Em 2015, o governador Pedro Taques (PSDB), chegou a anunciar a construção de um hospital regional em Tangará da Serra. A notícia, confirmada pelos então deputados estaduais Saturnino Masson (PSDB) e Wagner Ramos (PSD), gerou grande expectativa na região.
Naquela oportunidade, Taques anunciou que seriam investidos cerca de R$ 110 milhões na construção, incluindo equipamentos. O anúncio de Pedro Taques, porém, ficou na promessa.
Atualmente Mato Grosso conta com seis hospitais regionais: Hospital Regional de Barra do Bugres, Hospital Regional de Alta Floresta Doutor Albert Sabin, Hospital Regional de Cáceres Doutor Antônio Fontes, Hospital Regional de Colíder, Hospital Regional de Rondonópolis Irmã Elza Giovanella e Hospital Regional de Sorriso e Sinop.