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Meio Ambiente & Preservação

Ocupações ilegais nas margens do Sepotuba poderão voltar a ser alvo do MPF ainda em 2020

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Estruturas físicas e flutuantes instalados às margens no rio Sepotuba voltarão a ser alvo do Ministério Público Federal e, provavelmente, ainda este ano. É que indicam os inquéritos civis – que deram origem a ação civil pública (ACP) – instaurados para apurar a existência de diversas cevas ilegais, tablados e ocupações irregulares nos rios da bacia do Rio Paraguai.

O procedimento dará sequência ao trabalho iniciado em novembro de 2018, durante audiência promovida conjuntamente em Tangará da Serra, na sede local da OAB, pelo MPF e pelo Ministério Público Estadual, com participações da Marinha do Brasil, Polícia Militar Ambiental e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

Conforme exposto na ACP ajuizada, a existência de tablados irregulares significa o desmate de áreas de preservação permanente, a poluição da água, em razão de sua má utilização, além da própria poluição visual dos rios, operando quase que uma “favelização” às suas margens. A legislação ainda exige diversos critérios para a regularidade da instalação de dispositivos flutuantes, como composição da estrutura e dimensão, com a finalidade também de manter a segurança aquaviária, conforme orientação da Marinha.

Pesqueiros e tablados

Muitas construções edificadas às margens dos rios da região – como o Sepotuba – se localizam em áreas de preservação permanente, sem que se tenha certeza de que há a observância da legislação pertinente.

Audiência organizada pelo MPF em 2018 deu início ao processo que culminará com intervenção em irregularidades.

No levantamento realizado em 2018 pelo Ministério Público, ao longo de um percurso de 50 quilômetros de rio, foram relacionados 194 tablados pertencentes a pesqueiros situados no trecho. Destes, pelo menos 95% estavam em desacordo com a legislação ambiental, com metragem inadequada e, muito provavelmente, sem o devido registro junto à Marinha do Brasil. Apenas uma dezena contam com a metragem permitida em lei, que é de 15 metros quadrados (5m x 3m).

Durante o mesmo levantamento, foi constatado que os pesqueiros representam situações preocupantes em vários aspectos, incluindo desmate da mata ciliar para edificações irregulares, assoreamentos, tablados em situação precária (vários deles parcialmente submersos), cevas, banheiros e até casas flutuantes.

INCRA não regularizará

Há, ainda, a questão dos lotes que seriam destinados para reforma agrária na região do Assentamento Antônio Conselheiro, mas estariam ocupados por terceiros mediante negociação indevida.

Estruturas flutuantes estão entre os alvos do MPF e da Marinha.

Durante a audiência realizada em novembro de 2018, o perito agrário do INCRA, Carlos Eduardo Barbieri Gregório, deixou claro que o órgão não regularizará ocupações em áreas de preservação. Na prática, a declaração do representante do INCRA indicou que os pesqueiros que estiverem com estruturas físicas em APP’s (mata ciliar do rio) terão de ser retirados, uma vez que deverão ser interpretados como “grilagem”, com a agravante de prática de crime ambiental.

Outro ponto polêmico mencionado por Carlos Eduardo é em relação às regularizações dos lotes localizados no Assentamento Antônio Conselheiro. Segundo o perito do INCRA, a regularização será possível somente para assentados enquadrados como trabalhadores rurais para reforma agrária.

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Meio Ambiente & Preservação

Com presença de alunos, nascente do Cristalino recebe trabalhos de recuperação após incêndio

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Um grupo de 40 alunos da escola municipal Décio Burali e da especial Raio de Sol (APAE) participaram na manhã desta sexta-feira (20), em Tangará da Serra, de evento alusivo ao Dia da Árvore (a ser comemorado amanhã, dia 21). A organização foi do Instituto Pantanal Amazônia de Conservação (IPAC) e do Centro de Pesquisa do Pantanal, tendo por local a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, entre o Anel Viário e o bairro Alto da Boa Vista.

(assista vídeo ao final do texto)

Área foi atingida por incêndio em agosto.

O evento foi realizado no contexto do projeto Cultivando Água Boa, do IPAC, e teve como parceiros o Rotary Club Tangará da Serra Cidade Alta, a Hiper Gotardo e o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sepotuba (CBH Sepotuba). Participaram, também, a Unemat, Sicredi, ALD e Biomas Soluções Ambientais. O apoio foi da 7a Vara Federal Criminal de Mato Grosso.

Evento ocorreu na manhã desta sexta (20.09).

Na localidade verte a nascente do córrego Cristalino, um dos 14 mananciais que compõem a área de cabeceiras do rio Queima Pé, principal fonte abastecedora de água para a cidade de Tangará da Serra. O manancial foi atingido por um incêndio ocorrido em agosto, consumindo todas as mudas plantadas ano passado, em evento similar.

Alunos participaram de atividades de preservação, educativas e de interação.

Segundo o representante do IPAC, Vitor Azarias Campos, as atividades preservacionistas também tiveram cunho educativo e informativo, com conteúdo voltado às crianças participantes. Os trabalhos incluíram plantio de mudas de espécies nativas, com orientações sobre procedimentos de conservação e recuperação de nascentes e a importância dos mananciais para o meio ambiente e à população.

Além do plantio de mudas e sementes, os alunos das duas escolas participaram de atividades de interação e receberam brindes e lanches.

Cristalino

Localizada na fazenda Nossa Senhora Aparecida, às margens do Anel Viário e proximidades do bairro Alto da Boa Vista, a nascente do córrego Cristalino é uma das 14 que compõem a bacia do rio Queima Pé, principal fonte de abastecimento de água da cidade.

Área da nascente do Cristalino foi atingida por incêndio em agosto, resultando em graves danos ambientais.

Espremida entre o perímetro urbano e uma área de lavoura, a nascente sofre pressão da atividade produtiva e, também, de barragens destinadas a rebanho bovino e atividades empresariais.

No início desse mês, a área da nascente do Córrego Cristalino foi atingida por um incêndio iniciado pela palhada de uma área de lavoura anexa. Neste caso do Cristalino, o ponto atingido foi justamente o olho da nascente

Vale destacar que as duas nascentes – do Queima Pé e do Cristalino – são fundamentais para o abastecimento de água da cidade após serem totalmente recuperadas através do Cultivando Água Boa, assegurando a vazão de água que mantém cheias as represas da Estação de Captação, Tratamento de Água (ETA) de Tangará da Serra.

(*) Assista ao vídeo a seguir:

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