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Agronegócio & Produção

MPF esclarece suspensão de embargos do Ibama sobre agricultura em reserva Paresi

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O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF), por meio do procurador da República Ricardo Pael Ardenghi, titular do Ofício de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais, esclareceu, dentre outros assuntos, a suspensão dos embargos realizada pelo Ibama.

Os embargos proibiam a produção agrícola em Terras Indígenas (TI) da etnia Paresi, no Chapadão dos Parecis, por descumprimento da legislação ambiental. O assunto foi abordado em entrevista realizada com o procurador nesta quinta-feira (10).

Na ocasião, o procurador Ricardo Pael explicou que os embargos foram suspensos em razão da existência de um Termo de Ajustamento de Conduta, que será assinado entre o MPF, as Comunidades Indígenas Paresi, o Ibama e a Funai. O TAC tem o intuito de regularizar uma situação que culminou com algumas autuações sobre os indígenas, decorrentes do cultivo de transgênicos e do envolvimento de não-índios na produção agrícola dentro da TI.

Após autuação, os indígenas decidiram encerrar qualquer tipo de contrato com não-índios, bem como a produção de transgênicos.

“A agricultura dos Paresi já dura mais de uma década e meia. E, ao longo desse período, houve arrendamento, parceria, vários tipos de participação de não-índios dentro das TI, o que constitui crime. O não-índio que arrenda e cultiva em terra indígena, comete crime de usurpação de terras da União, e o indígena que dá sua terra em arrendamento, crime de estelionato. Então, ao longo desses 15 anos, muitas situações aconteceram”, esclareceu o procurador.

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Contudo, Pael enfatizou que, após a autuação do Ibama, os indígenas decidiram encerrar qualquer tipo de contrato com não-índios, bem como a produção de transgênicos, dando início a um processo de regularização da produção, “que vai culminar com o TAC a ser assinado”.

Sobre a questão comercial, de que os Paresi enfrentariam dificuldades no que se refere à competitividade pelo fato de não poderem utilizar transgênicos em sua produção, o procurador enfatizou que, além de haverem países que só adquirem produtos agrícolas convencionais – sem o uso de transgênicos –, a legislação ambiental proíbe a utilização. Destacou, ainda, o caso dos Suruí, em Rondônia, que cultivam café orgânico e exportam para a Europa, já tendo recebido prêmio na Suíça.

Pael também prestou esclarecimentos sobre notícias falsas que têm circulado a respeito da suposta proibição de agricultura em terras indígenas. “Não existe hoje nenhuma lei, nem dispositivo constitucional que proíba a agricultura em terras indígenas”.

Ele enfatizou que a notícia tem sido amplamente divulgada inclusive com o intuito de justificar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a PEC 187, que tramita no Congresso como se fosse necessário alterar a Constituição para autorizar a agricultura em terras indígenas.

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“A suspensão dos embargos são um sinal de que o Governo Federal é contrário à PEC, pois tal providência seria inútil se houvesse necessidade de alterar a Constituição. Não há, hoje, qualquer impedimento à agricultura dentro de Terras Indígenas, desde que se cumpra a legislação ambiental e se respeite o usufruto exclusivo”, concluiu Pael.

(Fonte: MPF/Assessoria)

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Agronegócio & Produção

O milho e a mandioca, o plantio direto, peixe para a China e entrevistas são destaques

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As datas comemorativas do milho e da mandioca, os números destas culturas, a relação do plantio direto com o sequestro de carbono, a abertura do mercado chinês para o peixe produzido no Brasil, entrevistas e as oportunidades de negócios na Etiópia. Estes são os principais tópicos do conteúdo do Momento Agrícola deste sábado, dia 26 de abril.

De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.

Milho

Ao mencionar o Dia Internacional do Milho, celebrado ontem (sexta, 25.04), Ricardo Arioli faz algumas observações sobre a posição do Brasil na produção do cereal. O país é o terceiro produtor mundial e o segundo em exportação de milho. Esses números podem aumentar, caso outros estados do Centro-Oeste, do Norte e Nordeste desenvolvam a produção do milho de segunda safra, como acontece em Mato Grosso.

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Arioli fala também sobre as condições climáticas, amplamente favoráveis ao milho com o prolongamento do período chuvoso neste mês de abril.

Mandioca

O Momento Agrícola também cita outra data relevante para o Agro brasileiro: o Dia Nacional da Mandioca, celebrado anualmente no dia 22 de abril. A data festeja um dos produtos mais presentes na mesa e na vida dos brasileiros, símbolo da cultura alimentar do país.

Nativa do Brasil, a mandioca é a base da alimentação de várias comunidades tradicionais e em todo o território do país. Conhecida por vários nomes a depender da região, como aipim e macaxeira, dela derivam diversos produtos que são consumidos diretamente ou utilizados como receitas em todo o país.

Ricardo Arioli traz alguns números e discorre sobre a produção da raiz, que em sua grande maioria ocorre em pequenas propriedades, através da agricultura familiar.

Outras

Outras notícias comentadas no Momento Agrícola deste sábado cita o plantio direto e sua relação com o sequestro de carbono. O programa também discorre sobre o mercado consumidor chinês, que se anuncia aberto para peixes produzidos no Brasil.

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Nos blocos com entrevistas e reflexões, Arioli traz como temas “O Cenário da Carne no trimestre”, com Bruno Andrade, do IMAC; “Conheça a Etiópia”, com a Dra. Fabiana Villa Alves, Adida Agrícola; e “Conheça Melhor a Etiópia”, este último numa apresentação sobre a economia e o Agro daquele país do nordeste africano.

Para ouvir o Momento Agrícola deste sábado na íntegra, clique no podcast abaixo.

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