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Agronegócio & Produção

Produtividade canavieira no MT cresce até 90% com tecnologia de irrigação por gotejamento

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A tecnologia e a inovação são fundamentais para se obter um diferencial numa atividade. É assim, no setor canavieiro, que a cada safra exige novidades que combinem aumento de produtividade com qualidade. Quando isso acontece, a viabilidade econômica fica evidenciada e o resultado aparece na conta do produtor.

A tecnologia de irrigação por gotejamento é uma inovação tecnológica na produção de cana-de-açúcar. É o que se viu no dia 04 desse mês de julho, na Fazenda Irmãos Garcia, em Campo Novo do Parecis, no Chapadão, um polo canavieiro de Mato Grosso.

Os emissores DNPC AS possuem duas características fundamentais para o alto rendimento de produção, por serem autocompensados e pela tecnologia anti-sifão.

A inovação foi apresentada pela equipe técnica da Netafim. Ao investir em irrigação, a propriedade busca potencializar a produção, produzir mais por hectare e, com isso, atender a cota de fornecimento que a fazenda tem com a usina parceira. Outra meta é liberar mais área para outras culturas.

Aumento de produtividade

Na Fazenda Irmãos Garcia, um projeto de irrigação em 420 hectares demonstrou que é possível se chegar a um aumento de 90% na produtividade da cana-de-açúcar, a partir de uma combinação exitosa de água e nutrição.

Projeto de irrigação em 420 hectares demonstrou que é possível se chegar a um aumento de 90% na produtividade da cana-de-açúcar.

Esse processo, que inclui a fertirrigação, leva a um ganho de produtividade mais que expressivo. “Chegamos a uma produtividade média superior a 180 toneladas por hectare nesta área, o que é uma produtividade inédita para uma região que produz, em média, 94 toneladas por hectare”, observa o engenheiro agrônomo Daniel Pedroso, especialista da Netafim, empresa que produz o gotejador Drip Net.

Tecnologia

A área de 420 hectares com o projeto de irrigação por gotejamento tem a variedade RB 92 579. Os gotejadores DripNet PC AS foram enterrados a aproximadamente 35 centímetros de profundidade, ao lado das linhas de plantio, com vazão de 1 l/h e espaçados a meio metro entre si.

Daniel Pedroso, da Netafim: “Chegamos a uma produtividade média superior a 180 toneladas por hectare nesta área, o que é uma produtividade inédita para uma região que produz, em média, 94 toneladas por hectare”.

Os emissores DNPC AS possuem duas características fundamentais para o alto rendimento de produção. Primeiro, por serem autocompensados (mantém a vazão mesmo com variações de pressão) e, segundo, pela tecnologia anti-sifão (permite que os gotejadores sejam enterrados sem obstrução pelo solo). “Isso garante uma eficiência de pelo menos 98% na aplicação de água e fertilizantes para as plantas”, destaca Daniel Pedroso.

O manejo de irrigação foi realizado através da plataforma GrownSphere, concebida com sensores de umidade do solo (tensiômetros) e por um controlador, ambos ligados em nuvem. “Através da tensiometria foi possível acompanhar a umidade do solo diariamente, onde o nosso maior objetivo foi manter o solo em capacidade de campo em todo o ciclo do canavial,  exceto no período final antes da colheita”, disse o especialista.

Pedroso destaca que esse sistema visa o aumento do açúcar (ATR – açúcares totais recuperáveis). “Nos 30 dias que antecederam a colheita, a cultura passou por um manejo chamado ‘drying off’, com a água sendo retirada gradualmente, levando o canavial ao estresse hídrico controlado, o que provocou elevação do açúcar”, explicou.

Junto à aplicação de água, foi realizada a fertirrigação, onde os nutrientes (NPK) foram adicionados à irrigação durante todo o ciclo da cultura, fornecendo os nutrientes que a planta necessita, no momento adequado. “Além disso, para fornecimento do elemento potássio, foi realizada a aplicação de vinhaça através do gotejamento”, acrescentou o engenheiro agrônomo.

Setor

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o valor bruto da produção (VBP) da cana responde por cerca de 12% do VBP das lavouras e 8% do VBP total no Brasil. Com esses números, o setor sucroalcooleiro responde por 2% do produto interno bruto (PIB) do país.

Tecnologia foi apresentada no dia 04 desse mês de julho, na Fazenda Irmãos Garcia, em Campo Novo do Parecis, no Chapadão.

O Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar, tem a estimativa, para esta safra, de produzir 145,69 milhões de toneladas destinadas ao setor sucroenergético.

Em Mato Grosso, a estimativa da Conab para a safra 2024/25 é de uma área plantada de 199,6 mil hectares, com uma produtividade média de 87,676 ton/ha. A produção estimada para a temporada 2024/25 em Mato Grosso é de 17,5 milhões toneladas, praticamente a mesma que na safra anterior, que somou 17,6 milhões de toneladas.

Na região do Chapadão/Centro-Sul de Mato Grosso, os municípios com as principais áreas de canaviais são Campo Novo do Parecis, Denise, Nova Olímpia e Barra do Bugres. As usinas de álcool e açúcar instaladas na região são a Barralcool (Barra do Bugres), Cooprodia (Campo Novo do Parecis) e Uisa (Nova Olímpia).

(Contato comercial: +55 66 99940-5816 – Netafim (Totti)

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Agronegócio & Produção

Governo Lula anuncia Plano Safra mais caro para retaliar o agro e castigar a população

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Sim, a somatória do Plano Safra 2025/2026 passará dos R$ 600 bilhões. Mas serão o consumidor e o setor que mais contribui na balança comercial que pagarão essa conta.

Segundo o TSE (Superior Tribunal Eleitoral), a maioria dos eleitores brasileiros votaram em Lula nas eleições presidenciais de 2022. E é essa maioria anunciada pelo TSE e, obviamente, a minoria (também anunciada pela mesma suprema corte naquelas eleições), que irão padecer ao colocar o alimento à mesa das famílias brasileiras, principalmente as de maior vulnerabilidade socioeconômica.

Afinal, um governo (seja no Brasil, seja em Cuba, na Venezuela, na Coréia do Norte ou na China) que prega a censura com aval despótico da sua alta esfera judiciária sempre castigará a população do seu país, no bolso e na “justiça”.

O agro, setor vitimado ideologicamente pelo atual governo, será o primeiro a pagar. A soma dos programas deste ano será acima dos R$ 605 bilhões, mas os juros desta temporada serão mais altos, puxados por uma política monetária restritiva (Selic a 15%) e impulsionados por um governo esbanjador em seus luxos e na estrutura organizacional (gigantesco cabide de empregos). O déficit público previsto superior a R$ 83 bilhões ao final desse ano também ajuda nesta conjuntura negativa.

Efeito nefasto

O governo Lula/PT usa de demagogia ao ostentar valores notáveis. Na última segunda-feira, anunciou que o novo Plano Safra terá R$ 89 bilhões à agricultura familiar, sendo R$ 78 bilhões voltados especificamente ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que atende pequenos produtores de soja e outras culturas. O valor representa um aumento de 3% em relação à temporada anterior, que contou com R$ 76 bilhões.

O agro, setor vitimado ideologicamente pelo atual governo, será o primeiro a pagar. Em seguida, as famílias brasileiras sofrerão a punição.

Nesta terça-feira foi anunciada a segunda etapa do plano. E a grande verdade é que o governo Lula, ao invés de incentivar a produção e pensar no povo brasileiro, mostra a tirania típica de um governo de esquerda e evidencia seu perfil perseguidor.

Os R$ 605,2 bilhões em créditos ao agro anunciados pelo governo Lula/PT para a safra 2025/26 correspondem a um volume recorde, com R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial e R$ 89 bilhões para a agricultura familiar. Mas o que chamou a atenção foi o aumento das taxas de juros nas principais linhas de financiamento de 1,5 a 2 pontos percentuais no segmento empresarial.

De forma reativa, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota em que expressa preocupação com o Plano Safra. “Com juros próximos da taxa Selic atual [de 15%], o crédito rural se torna praticamente inacessível para a maioria dos produtores, sobretudo em um momento de elevado endividamento no campo”, diz a entidade.

A Aprosoja reforça que, deste volume anunciado de R$ 516,2 bilhões, parte significativa dos recursos — R$ 185 bilhões — será captada via Cédulas de Produto Rural (CPR) lastreadas em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumentos privados sem taxas controladas. “Ao excluir essa parcela, o volume de recursos disponível sofre uma redução nominal de 17,3%“, constata a Aprosoja-MT.

A nota continua dizendo que, na prática, os valores controlados, montante com juros prefixados, cresceram 5% em relação ao plano anterior, o que representa um decréscimo de 0,32% em termos reais, quando ajustado pela inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Para a entidade, os R$ 69,1 bilhões destinados ao Pronamp mantêm juros diferenciados, mas não corrigem as perdas inflacionárias. De acordo com a associação dos produtores, no setor agropecuário, os investimentos controlados de R$ 79,93 bilhões também apresentaram crescimento nominal insuficiente, enquanto os R$ 21,6 bilhões de recursos livres foram reduzidos em 31% e continuam sujeitos a garantias mais onerosas.

“Na prática, temos menos dinheiro disponível para contratar”, alerta o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, ao destacar que os aumentos marginais não compensam a corrosão do poder de compra dos produtores.

Resumindo: o crédito está disponível, mas bem mais caro. Logo, a tendência é o produtor reduzir investimentos em tecnologia, como, por exemplo, o uso de fertilizantes. Então, ficando mais caro para produzir, fica mais caro consumir.

Enquanto isso, Lula e seu governo seguem com o demagógico discurso do “combate à fome e redução da pobreza”.

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