Em se tratando de destinação adequada do lixo eletrônico, a cidade de Tangará da Serra conta com um projeto premiado. O projeto “Seu Lixo Eletrônico Tem Endereço”, desenvolvido por alunos da Escola Técnica Estadual (ETE/Secitec) de Tangará da Serra no ano de 2017, foi o vencedor da 14ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontece de 24 a 26 de outubro daquele ano, na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Projeto da ETE/Secitec foi premiado com o primeiro lugar em evento nacional realizado em 2017, na Arena Pantanal.
O projeto foi desenvolvido pelos alunos do curso de Manutenção e Suporte em Informática (MSI) da Escola Técnica Estadual. Numa primeira etapa, foi classificado em avaliação pela organização do evento, após apresentação na Semana da Ciência, Tecnologia e Inovação promovido pela ETE/Secitec, dois meses antes, em agosto.
Na capital, o projeto foi apresentado pelos então cursandos Luiz Fernando Carvalho e Sergio Roberto Reichert (que concluíram o curso e são, hoje, Técnicos em Manutenção e Suporte em Informática), sob supervisão e orientação dos professores Josenai Terra e José Cardoso.
Alunos desmontam e fazem a triagem de equipamentos eletrônicos em desuso.
O projeto prevê parceria entre a Escola Técnica Estadual e o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Pelo projeto, as escolas das redes públicas estadual e municipal recebem contêineres especiais para a população do bairro onde a escola está localizada fazer o descarte de equipamentos exclusivamente eletrônicos já em desuso, como computadores, impressoras, monitores, tablets, celulares, micro-ondas e outros. Empresas e órgãos públicos também poderão realizar o descarte nestes locais.
O objetivo do projeto é proporcionar destinação correta destes resíduos, que possuem grande potencial poluidor, já que contém elementos altamente tóxicos como arsênio, cádmio, chumbo e mercúrio, que contaminam o solo e o lençol freático, representando riscos à saúde humana e animal.
Entidades – como a Casa Criança – receberam computadores montados com componentes reaproveitados.
Há, também, a questão do aprendizado dos cursandos. O projeto inclui a desmontagem dos equipamentos descartados e sua triagem pelos alunos do MSI, que testam os componentes (fontes, hd’s, placas, processadores, etc.), identificando os que ainda podem ser recondicionados. Os componentes restaurados são aproveitados – seja por componente avulso ou por um computadores montados a partir deles – por instituições públicas e entidades assistenciais/beneficentes/filantrópicas e associativas, enquanto o material inservível seguirá, através do Projeto Tangará Recicla, à Cooperativa de Reciclagem de Tangará da Serra (Coopertan) para o devido encaminhamento.
Todo trabalho consta, segundo o projeto, em relatórios e estatísticas sobre o material recepcionado, as peças recondicionadas e as entidades/instituições beneficiadas.
Segundo o ex-aluno e hoje Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, Luiz Fernando Carvalho, caso seja aproveitado pelo poder público, o projeto significará menos volume no aterro sanitário, com redução da poluição no meio ambiente e também dos riscos à saúde pública. “Além destes benefícios, o projeto representará aprendizado prático aos alunos das novas turmas de cursos técnicos de Informática que vierem a ocorrer nas instituições de ensino”, destacou.
Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.
Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.
Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.
Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.
“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.
Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.
(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:
Irresponsabilidade
A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.
Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.
Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.
No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.
Punição
Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.
Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.