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Saúde Pública

Crise COVID-19: Prefeito pede cumprimento de decreto até dia 05; Empresários se manifestam em carreata

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Durante o anúncio oficial de que Tangará da Serra conta com o primeiro caso confirmado de COVID-19, o prefeito de Tangará da Serra, Fábio Martins Junqueira (MDB), reforçou o pedido de atendimento ao decreto 128/2020, que estabelece medidas de prevenção e monitoramento do coronavírus em Tangará da Serra. (veja vídeo e ouça áudio neste matéria)

Prefeito falou sobre o primeiro caso confirmado no município e também sobre a importância de atendimento a decreto.

O gestor destacou a importância de se observar o disposto no decreto e esclareceu dúvidas a respeito das restrições das atividades no comércio, mencionando os setores que seguem funcionando, os que podem atender de forma parcial e os que devem permanecer fechados. “Peço a todos que se acalmem, vamos ter paciência (…). Continuem atendendo ao nosso decreto até o dia 05, e até lá a gente vê o que é possível. Vamos ver como vai ser, também, o comportamento do Ministério da Saúde. Temos notícias de que até a OMS, a Organização Mundial da Saúde, tem tomado algumas decisões diferentes, também está fazendo revisão. Aguardem até dia 05, por favor!”, apelou, em nota multimídia divulgada à imprensa na manhã desta quarta-feira.

(*) Clique abaixo para ouvir áudio do prefeito, na íntegra.

Manifestação

Hoje pela manhã um grupo de empresários realizou manifestação em protesto pelo fechamento parcial do comércio decretado pelo poder público local. A manifestação consistiu numa carreata realizada na Avenida Brasil até a prefeitura e foi pacífica, com buzinaço e acompanhamento pela Polícia Militar.

(*) Assista vídeo da carreata ao final da matéria

Os empresários alegam risco de ‘quebradeira’ de empresas e desemprego na cidade em razão da paralisação das atividades e reivindicam flexibilização para que os estabelecimentos voltem a atender, com a devida observância aos protocolos relacionados à prevenção da COVID-19.

No áudio divulgado na manhã de hoje, o prefeito Fábio Junqueira disse não concordar com a carreata, alegando que a manifestação representa riscos de propagação do coronavírus (ouça, no áudio acima).

Em contato com a redação do Enfoque Business, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Tangará d Serra – ACITS -, Junior Rocha, disse que a entidade não apoia o movimento. “Não apoiamos. Estamos tentando (flexibilização) junto ao Ministério Público e prefeitura”, disse, em resposta.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tangará da Serra, Alessandro Rodrigues Chaves, não respondeu ao contato da redação até a postagem desta matéria.

Assista, abaixo, vídeo da carreata da manhã desta quarta-feira.

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Saúde Pública

Arboviroses: País soma 6,8 milhões de casos em 2024. Casos graves preocupam

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O Brasil já registrou 6.864.131 casos de arboviroses em 2024. Esse número – relativo à somatória de casos de dengue, zika e chikungunya – representa um coeficiente de incidência de 3.230 casos a cada 100 mil habitantes.

Do total acima, 6.590.575 são casos prováveis de dengue, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Com isso, o coeficiente de incidência da doença é de 3.061,1 casos a cada 100 mil habitantes. Os óbitos por dengue no país já somam 5.867.

De acordo com o painel (com dados até 30 de novembro e atualizados em 2 de dezembro), o Distrito Federal aparece em primeiro lugar em relação ao coeficiente de incidência da doença, com 9.879,5 totalizando 278.311 casos prováveis de dengue.

Minas Gerais possui o segundo maior coeficiente de incidência de dengue, sendo 8.234,0, mas o número de casos prováveis já passa de um milhão, com um total de 1.691.160. O estado mineiro fica atrás apenas de São Paulo em relação aos casos prováveis, cujo total chega a 2.147.916.

MT e Tangará da Serra

Mato Grosso apresenta números bem menores no ano. São 57.645 casos confirmados de arboviroses, sendo 37,4 mil de dengue, 19,8 mil de chikungunya e apenas 305 casos de zika. Esses números perfazem um coeficiente de incidência de 1.575,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Em Tangará da Serra, a situação é pior neste ano de 2024. São nada menos que 10.182 casos de arboviroses, sendo 4.183 de dengue, 5.946 de chikungunya e 53 de zika.

Ou seja, a incidência da doença em Tangará da Serra é três vezes maior que a do país e seis vezes maior que a de Mato Grosso. O município é o primeiro no estado em número de casos de arboviroses.

Casos graves

Com relação às regiões que apresentam os casos de dengue graves e com sinais de alarme se destacam Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado de São Paulo lidera, com 26.577 casos. Já Minas Gerais aparece na segunda posição, com quase 60% dos casos registrados em SP, totalizando 15.810. Paraná aparece em terceiro lugar, com 13.733, e o Distrito Federal em seguida, com 10.721 casos graves da doença. Já Roraima aparece com apenas 7 casos graves da doença no estado.

O Painel do MS mostra, ainda, que os casos prováveis de dengue no país se concentram na faixa etária de 20 a 29 anos – em que foram registrados 647.638 casos em 2024.

Em relação às demais arboviroses, em 2024, foram notificados 264.082 casos prováveis e 210 óbitos confirmados por chikungunya; 6.415 casos prováveis e nenhuma morte por Zika; 9.563 casos confirmados e dois óbitos por oropouche.

Plano de combate 

O Ministério da Saúde avança na segunda etapa do plano de ação para combater o avanço das arboviroses com foco na conscientização sobre os sintomas de dengue, zika e chikungunya e o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A nova etapa de conscientização da iniciativa vai até 28 de dezembro e tem como slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. O objetivo é incentivar a população a procurar as UBS’S ao identificar sinais, como:

– Manchas vermelhas no corpo;

– Febre;

– Dores de cabeça;

– Dores atrás dos olhos.

A mobilização faz parte do plano de ações do governo federal, que tenta combater os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil. As ações são coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.

O documento foi elaborado por pesquisadores, gestores e técnicos estaduais e municipais, além de profissionais de saúde que atuam diretamente com as comunidades e conhecem os desafios regionais para o combate das arboviroses.

O investimento anunciado pelo Ministério da Saúde é de R$ 1,5 bilhão para aplicar em seis eixos de atuação, como prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; e comunicação e participação comunitária.

(Redação EB, com Brasil 61)

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