O Partido Liberal (PL) protocola nesta terça-feira (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relatório de auditoria com pedido de cancelamento de cerca de 250 mil urnas eletrônicas que apresentaram anomalias encontradas em auditoria promovida pelo Instituto Voto Legal.

A informação é do jornalista Alan Fardin, do OpinãoES, noticioso eletrônico de linha conservadora com base no Espírito Santo.

Segundo a publicação, o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto (foto topo), diz que o relatório aponta que cerca de 250 mil urnas estariam com mesmo número de identificação. “São as urnas de 2020 [ano] para baixo. São as urnas antigas. Todas elas têm o mesmo número. Não têm patrimônio. Não tem como controlar a urna. Você vai checar a urna antes da eleição, são todas com o mesmo número”, afirmou.

O relatório vai, ainda, apresentar problemas técnicos encontrados nas urnas de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015 pelo Instituto Voto Legal (IVL), responsável pelo estudo. Conforme o texto preliminar da auditoria, as versões anteriores aos modelos de 2020 apresentam logs inválidos em testes. “Apresentam valor espúrio, no lugar do valor correto do código de identificação, tornando impossível vincular arquivo log de urna com a respectiva urna física”, ou seja, impossibilitando a transparência na apuração dos votos.

Sem pedido de anulação

A ação do PL não pedirá anulação das eleições, e, sim, apenas que as urnas apontadas sejam retiradas da totalização dos votos do segundo turno. Caso o pedido seja acatado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria, segundo a sigla requerente, a maioria dos votos.

Ainda segundo a publicação, parlamentares consultados pela reportagem acreditam em uma reação negativa do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Para os políticos, Moraes deve arquivar o requerimento, sem, ao menos, apresentar contestação. A previsível postura do ministro deverá agravar a crise política no Brasil.

(Com informações de OpiniãoES)