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Saúde Pública

Aedes Aegypti: 98 municípios sob alerta e risco. Em epidemia, Tangará confirma um óbito

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O primeiro Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa/LIA) de 2024, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), aponta que 59 municípios de Mato Grosso estão em situação de alerta de infestação do mosquito transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Outros 39 municípios têm índices considerados de risco.

Ao todo, 129 municípios do Estado realizaram o levantamento que utiliza uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti, seguindo as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue.

Destes municípios, 30 tiveram a classificação elencada como satisfatória, conforme levantamento em anexo. A divulgação do documento tem o objetivo de contribuir para o diagnóstico e subsidiar os municípios nas ações de combate às endemias.

Tangará em epidemia

Em situação de epidemia, Tangará da Serra está fora da lista a pedido da Secretaria Municipal de Saúde. O município somava, até ontem (quarta, 06), 4.401 notificações de arboviroses, sendo 2.154 de dengue e 2.247 de chikungunya. Um óbito causado por esta última enfermidade foi confirmado pelo município, sendo a vítima um homem entre 50 e 60 anos. Um novo boletim será divulgado hoje.

Informativo

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-MT, Alessandra Moraes, o informativo é uma ferramenta primordial na vigilância e precisa ser intensificada para ampliar os resultados.

“Essa é uma ferramenta que o gestor municipal pode utilizar para todas as medidas necessárias, principalmente nesse momento que vivenciamos uma alta nos números de dengue no Estado. Com isso, ampliar essas medidas de prevenção e controle dentro do seu território”, enfatizou.

Além do levantamento do Índice Rápido para o Aedes aegypti, a Secretaria também elencou as medidas e estratégias para intensificar o controle de endemias através dos coordenadores, supervisores de campo e agentes comunitários de saúde.

As diretrizes reforçam a necessidade de informar aos moradores sobre o aumento das arboviroses, seus sintomas e riscos por meio do mosquito transmissor, orientando-os a procurar uma Unidade de Saúde em casos suspeitos, evitando assim a automedicação.

Alessandra destacou que as ações também orientam a população sobre seus deveres no combate à dengue dentro e fora de casa. “São ações que vão muito além de não acumular água parada, elas se estendem a conscientização coletiva, através de medidas que abrangem do pequeno em sala de aula até seus avós, aumentando o núcleo de atuação no combate à dengue por todo o estado e reduzindo o risco de uma epidemia em Mato Grosso”, afirmou.

Veja abaixo os municípios em situação de alerta:

Água Boa
Alta Floresta
Alto Araguaia
Alto Boa Vista
Apiacás
Araguaiana
Araguainha
Araputanga
Arenápolis
Barra do Garças
Bom Jesus do Araguaia
Canabrava do Norte
Chapada dos Guimarães
Colíder
Cotriguaçu
Curvelândia
Denise
Dom Aquino
Figueirópolis D’Oeste
Gaúcha do Norte
Guiratinga
Itaúba
Itiquira
Jaciara
Juara
Juscimeira
Matupá
Nossa Senhora do Livramento
Nova Bandeirantes
Nova Brasilândia
Nova Monte Verde
Nova Mutum
Nova Nazaré
Nova Santa Helena
Novo Mundo
Paranatinga
Pedra Preta
Peixoto de Azevedo
Planalto da Serra
Poconé
Ponte Branca
Porto dos Gaúchos
Porto Estrela
Primavera do Leste
Reserva do Cabaçal
Rio Branco
Rondonópolis
Santa Carmem
Santa Cruz do Xingu
Santo Antônio do Leste
São José do Povo
São José do Xingu
São José dos Quatro Marcos
São Pedro da Cipa
Serra Nova Dourada
Tabaporã
Torixoréu
Vila Bela da Santíssima Trindade
Vila Rica

Abaixo a lista dos 39 municípios com índices considerados de risco:

Aripuanã,
Barra do Bugres
Brasnorte
Cáceres
Campinápolis
Campo Novo do Parecis
Campo Verde
Campos de Júlio
Canarana
Cláudia
Confresa
Cuiabá
Feliz Natal
Guarantã do Norte
Ipiranga do Norte
Itanhangá
Juína
Juruena
Lambari D’Oeste
Lucas do Rio Verde
Marcelândia
Mirassol d’Oeste
Nova Guarita
Nova Ubiratã
Nova Xavantina
Pontes e Lacerda
Porto Esperidião
Querência
Ribeirãozinho
Santa Rita do Trivelato
Santo Antônio do Leverger
Sapezal
Sinop
Sorriso
Tapurah
Tesouro
União do Sul
Várzea Grande
Vera

(Redação EB, com Assessoria SES-MT)

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Saúde Pública

País se mobiliza para combater arboviroses. Vigilância monitora casos em Tangará da Serra

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Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) está de olho em mais um vírus respiratório originado na China, as autoridades médicas brasileiras têm outra preocupação: as doenças causadas pelo Aedes aegypti — como dengue e chikungunya. O cuidado não é em vão. Em 2024, o país bateu recorde de casos e de mortes por dengue.

Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de dezembro passado foram 6,6 milhões de casos prováveis da doença e 6.022 mortes confirmadas. Outras 1.179 estão sendo investigadas.

Em Mato Grosso, os números das arboviroses mostraram 103,834 notificações, sendo 77.096 de dengue, 24.638 de chikungunya e 2,100 de zika. Estas doenças causaram 51 mortes no estado, 39 por dengue e 12 por chikungunya.

Mutirões foram uma constante ano passado no município, em razão da alta incidência das arboviroses.

Em Tangará da Serra, o quadro foi o mais preocupante em Mato Grosso. Foram 9.964 casos de arboviroses, a maioria (5.729) de chikungunya. Outros 4.182 casos foram de dengue e 53 de zika. Os óbitos somaram 10, sendo sete de chikungunya e 3 de dengue.

Em 2025

Neste ano de 2025, segundo boletim da Vigilância Epidemiológica, Tangará da Serra registra 03 notificações de dengue e 01 de chikungunya. O município, através da Vigilância, vem monitorando as ocorrências, com ações que incluíram, em dezembro, aplicação de inseticida nos bairros.

No país, porém, os dados são mais preocupantes. Só este ano, já são mais de 10 mil casos prováveis e 10 mortes em investigação. Segundo o médico sanitarista e professor da Universidade de Brasília, Jonas Brant, Estados Unidos, Europa e China vivem momentos diferentes do Brasil por conta da sazonalidade, por isso a preocupação maior deles neste momento é com as doenças respiratórias.

“No caso do Hemisfério Sul, onde o Brasil está inserido, a gente tem nessa época do ano, o aumento de outras doenças, como as doenças transmitidas por vetores, as diarreias. Então é importante a gente entender que, nesse contexto, eles estão num cenário preocupante, tá aumentando lá e tem que se organizar para enfrentar um surto de doença respiratória. No nosso caso, o risco maior agora do Brasil é a preocupação com dengue e Chikungunya”, destaca o médico.

Tangará da Serra sofreu uma epidemia de arboviroses em 2024. Só de chikungunya foram 5,7 mil casos.

O que esperar nesse ano

Diante do surto recorde de 2024, o Ministério da Saúde se antecipou nas ações de prevenção. Além da vacinação contra a doença, que cobriu jovens entre 10 e 14 anos, para o período sazonal 2024-2025, o Ministério anunciou o investimento de mais de R$ 1,5 bilhão na compra de mais doses da vacina. Valor que também será usado para a compra de insumos laboratoriais para ampliar a testagem, medicamentos para controlar a proliferação do mosquito e ainda mobilização e conscientização da população, além de suporte aos municípios para custeio assistencial.

10 minutos contra a dengue

O Ministério da Saúde aposta no apoio da sociedade para o combate ao mosquito — já que a participação de todos é fundamental para a eliminação dos focos — que continua sendo a forma mais efetiva de evitar a doença.

A campanha nacional de conscientização, lançada no ano passado, incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para fazer uma busca em casa e controlar os focos do Aedes aegypti.

Usar repelentes e telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas que ajudam a reduzir o número de infecções pela doença.

(Redação EB, com Brasil 61)

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