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Acordo entre Mercosul e União Europeia quebra barreiras e abre nova perspectiva econômica

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O acordo firmado entre Mercosul e União Europeia elimina tarifas em 91% dos produtos negociados entre os blocos, estabelecendo um dos marcos comerciais mais relevantes das últimas décadas.

Para o Brasil, o impacto é imediato: o país amplia a presença como fornecedor de alimentos à Europa e passa a ter maior inserção em um mercado competitivo e regulado. Carne, soja, açúcar e café estão entre os produtos diretamente beneficiados.

Segundo analistas, a medida altera a dinâmica do comércio global. A União Europeia busca reduzir dependência dos Estados Unidos e da China, enquanto o Mercosul assegura maior estabilidade para suas exportações.

As negociações se arrastaram por mais de 20 anos e enfrentaram resistência, principalmente da França, em razão de preocupações ambientais e da competição agrícola. A decisão de Bruxelas de reduzir barreiras tarifárias amplia o acesso a fornecedores sul-americanos em um cenário de crise energética e tensões comerciais.

Porto de Antuérpia, na Bélgica: Redução de barreiras tarifárias amplia o acesso a fornecedores sul-americanos em um cenário de crise e tensões comerciais.

Acordo também prevê redução de tarifas para carros, peças automotivas, máquinas industriais e produtos químicos, setores em que a Europa busca recuperar espaço perdido para a China. Para a indústria automotiva alemã, a medida é estratégica diante da expansão de fabricantes chineses no Brasil.

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O entendimento, contudo, gera reação entre agricultores europeus, que denunciam concorrência desleal e diferenças nos custos de produção. Ainda assim, prevaleceu em Bruxelas a avaliação de que a diversificação de parceiros é prioridade.

Mais que ganhos comerciais, o tratado reposiciona o Brasil como fornecedor central da segurança alimentar europeia e reforça a interdependência entre os blocos. Para a União Europeia, o acordo reduz vulnerabilidades externas e abre um novo eixo de cooperação com a América do Sul.

A parceria tende a redefinir fluxos comerciais nos próximos anos. Para o Brasil, significa consolidar a posição de potência agrícola e ampliar relevância estratégica. Para a Europa, cria alternativas diante da instabilidade nas relações com Washington e Pequim.

Mercosul e EFTA

Semana passada, dia 16, o Mercosul assinou um tratado com quatro países europeus de fora da União Europeia: Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Essas nações integram a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês).

Porto de Oslo, na Noruega: Acordo com Efta cria mercado de 290 milhões de consumidores, em economias que somam PIB de US$ 4,39 trilhões.

O acordo cria um mercado de 290 milhões de consumidores, em economias que somam Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 4,39 trilhões — o equivalente a mais de R$ 23 trilhões em 2024.

Leia mais:  ApexBrasil terá escritório em Cuiabá e aproxima Mato Grosso do mercado internacional

As negociações começaram em 2017 e avançaram por 14 rodadas. Os termos finais foram definidos em junho de 2025, em Buenos Aires, durante a presidência rotativa da Argentina no Mercosul.

A assinatura ocorreu no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. O Brasil exerce atualmente a presidência pro tempore do bloco, que reúne como membros plenos Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela (suspensa). São estados associados Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Peru e Suriname.

(Da redação, com informações de Agência Brasil, Clickpetroleoegas e outros)

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ApexBrasil terá escritório em Cuiabá e aproxima Mato Grosso do mercado internacional

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ApexBrasil instalará um escritório regional em Cuiabá, no edifício da Famato, aproximando produtores mato-grossenses do mercado internacional. O termo de cooperação foi assinado nesta terça-feira (23) em Brasília pelo presidente da Famato, Vilmondes Tomain, ao lado do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

Proposta pela Famato, a iniciativa garante aos produtores acesso direto a serviços de internacionalização, certificações e atração de investidores, antes centralizados em Brasília. Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, milho, algodão e carne bovina, passa a contar com estrutura própria para ampliar sua competitividade global.

Para Tomain, a medida coloca o produtor rural no centro do processo. “Nosso compromisso é abrir mercados e levar o nome de Mato Grosso para o mundo. Esse escritório dará suporte técnico e acesso a certificações que consolidam nossa posição como referência global em alimentos”, disse.

Termo de cooperação foi assinado na última terça-feira (23) em Brasília.

Fávaro destacou que a nova unidade fortalece o agro mato-grossense: “Ter a ApexBrasil em Cuiabá significa aproximar ainda mais o estado das oportunidades globais. É um passo que projeta o Brasil no cenário mundial”, afirmou.

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Já Viana ressaltou o caráter estratégico da iniciativa: “A missão da ApexBrasil é abrir portas e apoiar quem busca mercados internacionais. Estar em Cuiabá, coração do agronegócio, permitirá ampliar o alcance da produção mato-grossense no mundo”, disse.

Também participaram do ato dirigentes da Famato, representantes da ApexBrasil e do Ministério da Agricultura.

Segundo Tomain, a instalação do escritório simboliza um avanço decisivo: transformar o potencial produtivo em resultados concretos, consolidando Mato Grosso como motor do desenvolvimento nacional e fornecedor estratégico de alimentos ao planeta.

(Redação EB, com Assessoria Famato)

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