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Números da população e do eleitorado mostram contrastes políticos e econômicos no MT

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Os últimos números da população e do eleitorado evidenciam contrastes políticos e econômicos em Mato Grosso. Dados do IBGE mostram que, enquanto muitos municípios apresentaram crescimento populacional significativo, dezenas de cidades do estado registraram perda de habitantes na estimativa de 2025 em comparação ao Censo de 2022.

Paralelamente, informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) revelam que, em diversos municípios, o número de eleitores supera a população estimada. Isso ocorre devido à manutenção de domicílios eleitorais em cidades de origem por pessoas que migraram para outros centros urbanos.

O cenário traça um retrato contraditório: enquanto alguns municípios encolhem e enfrentam risco de perda de representatividade, polos regionais e áreas do agronegócio seguem em expansão, consolidando novas dinâmicas políticas e eleitorais. As variações podem afetar receitas municipais, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e até a composição das câmaras de vereadores.

(*) Veja tabela com os municípios de Mato Grosso, suas populações e suas variáveis: MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO

Cidades em retração

Municípios pequenos registram retração populacional, refletindo-se em estatísticas socioeconômicas e na arrecadação via FPM, cujo cálculo considera o tamanho da população. A diminuição populacional também indica êxodo rural e migração de jovens e adultos em busca de emprego, saúde e educação, enfraquecendo a economia local e reduzindo o poder político dessas cidades. (Veja quadro a seguir)

Municípios de Mato Grosso, quanto à expansão e retração populacional. (fonte: Enfoque Business)

Levantamento do Enfoque Business mostra que, dos 142 municípios do estado, 46 (quase um terço) perderam população desde o último censo, em 2022. Entre eles, Vera registrou a maior perda absoluta (-2.042 habitantes), enquanto Boa Esperança do Norte apresentou a maior retração proporcional.

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Na região polarizada por Tangará da Serra, municípios como Alto Paraguai, Denise e Santo Afonso tiveram decréscimos de 484, 339 e 103 habitantes, respectivamente, representando perdas entre -4,8% e -6%.

Eleitorado maior que a população

Quanto aos municípios onde o número de eleitores é maior que a população estimada pelo IBGE, o fenômeno está ligado ao fato de que muitos ex-moradores continuam mantendo seus domicílios eleitorais em suas cidades de origem, mesmo residindo em outras localidades.

Em Santo Afonso, população é menor que eleitorado. São 2.416 habitantes e 2.670 eleitores. (Foto: Divulgação)

Na região polarizada por Tangará da Serra, os municípios de Porto Estrela (3.141 habitantes e 3.328 eleitores) e Santo Afonso (2.416 habitantes e 2.670 eleitores) são dois casos de eleitorado maior que a população.

Esse movimento pode distorcer a representação local e, apesar da perda real de habitantes, influenciar diretamente o resultado das urnas nas disputas municipais.

Além da evasão de jovens e adultos, essa movimentação pode indicar, também, apego ao município de origem, visto que há um traço cultural forte em Mato Grosso. Ou seja, mesmo quem mora fora, mantém o título na cidade natal, tanto por identidade afetiva quanto por interesse político.

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Há, ainda, o envelhecimento da população (com a evasão de jovens e adultos) e, ainda, a possibilidade de desatualização no cadastro do TRE-MT. Pessoas que já faleceram ou mudaram de domicílio ainda podem constar na base até haver revisão.

Do ponto de vista demográfico, a cidade perde população residente, mas mantém eleitorado inflado. Politicamente, prefeitos e vereadores podem ser eleitos também pelos “filhos ausentes”, que influenciam decisões locais sem residir na cidade.

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(Foto topo: Arquivo/divulgação)

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Tangará da Serra e Cáceres aguardam melhorias logísticas para maior desenvolvimento

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Tangará da Serra e Cáceres, polos da macrorregião Oeste-Sudoeste, concentram, ao lado de outros 37 municípios, mais de 700 mil habitantes (18% do total do estado) e quase 500 mil eleitores, cerca de um quinto do colégio eleitoral.

Embora se destaquem em comércio, serviços, produção agropecuária, turismo e, mais recentemente, a Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (ZPE), as cidades podem expandir ainda mais, mas dependem de políticas públicas voltadas à definição das vocações econômicas, atração de investimentos privados, logística eficiente e qualificação de mão de obra.

Veja quadro com as populações e variações da região polarizada por Tangará da Serra: MUNICÍPIOS REGIÃO – POPULAÇÃO ESTIMATIVA IBGE 2025 001

Veja gráfico demonstrativo:

Tangará da Serra, Avenida Brasil: Polo da região Sudoeste.

Segundo o engenheiro e economista Sílvio Tupinambá, é essencial integrar modais rodoviário, hidroviário e ferroviário para conectar a região à Hidrovia do Rio Paraguai. Rodovias como MT-339 (Tangará-Panorama), MT-343 (Barra do Bugres-Cáceres) e BR-174 (Cáceres-Noroeste), além da reativação do Tramo Norte e terminais portuários de Paratudal e Barranco Vermelho, são fundamentais para viabilizar o desenvolvimento regional.

Cáceres será o ponto de partida da Hidrovia do Rio Paraguai.

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(Foto do topo capa: Arquivo e Assessorias)

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