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Impulso Econômico: ZPE de Cáceres poderá gerar 18 mil empregos diretos e indiretos

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A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres terá potencial para gerar 18 mil empregos diretos e indiretos. O número é apontado pela Administradora da ZPE de Cáceres (AZPEC S/A) responsável pela operacionalização do complexo, cujas obras físicas estão 90% concluídas, na primeira etapa.

Segundo o presidente da AZPEC, engenheiro Adilson Reis, a expectativa é de uma média de 300 empregos gerados por empresa que venha se instalar no Distrito Industrial. “Estão previstos 62 lotes industriais em 5 quadras, sendo cada lote com área mínima de 5.200 m², com toda infraestrutura”, disse Reis.

A área total é de mais de 240 hectares incluindo a área administrativa em acabamento. A ocupação prevista deverá ser gradual. “Existe consulta prévia em que a empresa necessitará de área bem maior que os módulos iniciais, dessa forma, no primeiro momento não dá para cravar o número de empregos a ser gerado, apenas estimar e, além disso, pode haver uma maior ou menor busca, influenciando diretamente nas projeções”, observou.

Impulso econômico

Adilson Reis destacou que a ZPE responderá por uma fase de impulso econômico na região Oeste de Mato Grosso. “O fato inexorável é que a região toda está ganhando uma grande alavanca para impulsionar seu desenvolvimento, sendo a ZPE um instrumento que trará novos contornos à política industrial de Mato Grosso”, avaliou.

ZPE de Cáceres e a movimentação econômica projetada a partir da entrada em operação do complexo.

A expectativa do presidente da AZPEC vai ao encontro de uma declaração do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, em matéria publicada ontem (segunda, 28) pelo Enfoque Business. “A Zona de Processamento impulsionará o desenvolvimento econômico na região de Cáceres, atraindo novos investidores. Vai gerar empregos e reativará economicamente toda aquela região, que tem uma demanda por emprego muito grande, ou seja, a ZPE vai permitir que essa região volte a ser protagonista dentro do desenvolvimento econômico do Estado”, disse o representante do governo estadual.

14ª do País

A ZPE de Cáceres é a 14ª estrutura do gênero projetada no País. Atualmente, o Brasil conta com duas ZPEs em operação, a de Pecém, no Ceará, e a de Parnaíba, no Piauí.

As outras onze ZPEs estão em implantação nos estados do Acre (Senador Guiomard), Roraima (Boa Vista), Mato Grosso do Sul (Bataguassu), Tocantins (Araguaína), Rio Grande do Norte (Macaíba), Pernambuco (Suape), Bahia (Ilhéus), Minas Gerais (Teófilo Otoni e Uberaba), Rio de Janeiro (Porto do Açú) e Santa Catarina (Imbituba).

ZPEs em implantação no Brasil: Destaque em verde são as que já estão em operação.

As ZPEs correspondem ao instrumento mais utilizado no mundo para atrair investimentos estrangeiros voltados às exportações. Além disso, tende a colocar as empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes localizados em outros países (que dispõem de mecanismos semelhantes). Também criam empregos, aumentam o valor agregado das exportações e fortalecem o balanço de pagamentos. Difundem novas tecnologias e práticas mais modernas de gestão, e, ainda, corrigem desequilíbrios regionais.

Para se ter uma ideia, a ZPE de Pecém, no Ceará, movimentou em 2021 um total de 22,4 milhões de toneladas de mercadorias. Somente o Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CIPP S/A), empresa que administra a ZPE e o Porto de Pecém, obteve, em 2021, uma receita operacional bruta na ordem de R$ 265 milhões. Entre as indústrias presentes na ZPE cearense figura a Companhia Siderúrgica do Pecém, que representou investimentos de US$5,4 bilhões.

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CNI: Tabela mínima de frete é inconstitucional e eleva preços para consumidores

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) voltou a defender a inconstitucionalidade da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Segundo a entidade, a cadeia produtiva é muito complexa para que uma metodologia seja capaz de contemplar todas as especificidades do transporte rodoviário de cargas.

“Cada indústria tem suas particularidades, seu tipo de operação de transporte rodoviário. Então, quando você tem um valor que não condiz com a realidade de mercado, que obedece às dinâmicas de demanda e oferta desse serviço de transporte, acaba que isso se reflete no aumento de custos para o consumidor”, alerta a analista de infraestrutura da CNI, Paula Bogossian.

Enquanto a norma seguir vigente, a entidade sugere melhorias e revisão nos principais parâmetros a partir de consultas realizadas à base industrial sobre o assunto. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é responsável por definir e atualizar a tabela, que varia de acordo com a distância, o tipo de carga e o tamanho do veículo utilizado.

“O impacto do tabelamento é diferente de setor para setor, mas o que a gente recebe de relato do setor industrial é que, muitas vezes, o custo do tabelamento chega a ser superior ao próprio valor que está sendo comercializado, que é o caso da indústria do sal, por exemplo”, destaca Bogossian. A indústria salineira, cujo produto é de baixo valor agregado, calcula que o frete mínimo foi responsável pela elevação em mais de 100% do preço do item desde a implantação da política, em 2018.

Fiscalização

O aperfeiçoamento do tabelamento de frete foi discutido em audiência na sede da ANTT para revisar a prática com base em estudos técnicos e com finalidade de aproximar à realidade do transporte de cargas.

Na ocasião, os representantes do setor industrial propuseram também a suspensão temporária da ampliação da fiscalização eletrônica dos valores do frete. A avaliação da instituição é que a legalidade do tema está sendo debatida no Supremo Tribunal Federal (STF) e que a defasagem do modelo atual impede assegurar que cada segmento tenha suas peculiaridades observadas.

Em outubro deste ano, a ANTT passou a fazer o cruzamento de dados em tempo real para identificar irregularidades no transporte de cargas pelas estradas brasileiras. O intuito é garantir o respeito à tabela de frete, com multas que vão de R$ 550 a R$ 10,5 mil para embarcadores e transportadores, sem penalização dos caminhoneiros.

Histórico

A tabela mínima de frete foi instituída em 2018, após a paralisação nacional de caminhoneiros naquele ano. Desde então, entidades ligadas aos setores produtivos questionam a constitucionalidade da lei no STF. O caso está na relatoria do ministro Luiz Fux, sem previsão de ser julgado.

(Fonte: Brasil 61)

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