Há 10 meses com atividades suspensas em razão da pandemia do novo coronavírus, a classe de produtores de eventos, proprietários de casas de shows, cantores, músicos, seguranças e outros profissionais que atuam no setor deflagraram uma mobilização, com abaixo assinado (imagem acima), para retornarem ao trabalho.
Cerca de 400 pessoas já assinaram o pedido petição e declararam apoio ao movimento, principalmente nas redes sociais. (Ao final do texto, link para participar do abaixo assinado)
Os eventos não são autorizados desde abril do ano passado (à exceção do mês de dezembro, quando houve flexibilização) e os empresários e profissionais que atuam nesse segmento sentem fortemente a crise, já que estão há quase um ano sem trabalho e, por consequência, sem rendimento.
Para tentar reverter o quadro, representantes da categoria terão uma reunião ao final da tarde (18hs) da próxima segunda-feira (15) com o prefeito Vander Masson e as autoridades sanitárias do município.
O objetivo é sensibilizar o poder público e pleitear o retorno às atividades, obedecendo as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o contágio. “Somente nosso setor não voltou a trabalhar e precisamos retomar nosso trabalho. O setor sofre com esta paralisação e os prejuízos já são grandes. Há demissões, uma situação muito difícil”, disse o representante da categoria, Maurício Escobar, em áudio enviado a uma emissora de rádio da cidade.
Segmento
Segundo a organização do movimento, o setor reúne mais de 1.000 profissionais, entre trabalhadores diretos e indiretos. Além dos proprietários dos estabelecimentos, o setor congrega músicos, garçons, seguranças, atendentes de copa e bilheteria, profissionais de sonorização e iluminação, decoração, limpeza, jardinagem e serviços em geral, contadores, além de engenheiros para projetos.
A atividade gera impostos e outros tributos nas esferas municipal e estadual e, também, gera renda no setor de comércio e serviços e até mesmo na mídia, com anúncios e propaganda. “A pessoa que vai na balada gasta com roupas, calçados, barbearia, salão de beleza, combustíveis, transporte… Quando tem shows nacionais, atrai pessoas de outras cidades, e aí tem renda para hotéis, restaurantes, enfim…”, observa Dj Djalma, que também está à frente da mobilização.
Comparações

Movimento numa noite de sexta-feira em Tangará da Serra: Com locais de eventos fechados, avenida passou a ser opção.
No áudio veiculado ontem (sexta, 12) na imprensa, Maurício Escobar faz uma comparação com outros segmentos, como a Feira do Produtor e os supermercados. “Não podemos realizar nossos eventos, mas a Feira do Produtor está sempre cheia, com aglomerações. Nada contra a feira, que é uma tradição na cidade, mas é algo a ser pensado. E nos supermercados? Aos sábados estão sempre lotados…”, disse, questionando se há fiscalização quanto ao cumprimento da norma que estabelece apenas metade da capacidade de lotação nestes estabelecimentos.
Sobre as aglomerações, Escobar destacou no mesmo áudio que as pessoas acabam procurando outros locais – como a Avenida Brasil – porque os estabelecimentos de eventos não podem funcionar.
O Executivo não se manifestou sobre a reunião, que está confirmada pela assessoria e acontecerá no auditório da prefeitura, às 18hs de segunda-feira.
Link para participar do abaixo-assinado: http://chng.it/76RvjtDGqq