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Para compensar alta, governo zera imposto de importação para o arroz até 31 de dezembro; Intervenção segue descartada

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O Gecex (Comitê-Executivo de Gestão) da Camex (Câmara de Comércio Exterior) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano. A redução temporária está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente nos produtos abarcados pelos códigos 1006.10.92 (arroz com casca não parboilizado) e 1006.30.21 (arroz semibranqueado ou branqueado, não parboibilizado) da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).

A decisão foi tomada ontem (quarta, 09), durante a 8ª Reunião Extraordinária do Gecex, por proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A intenção do governo federal é facilitar a entrada dos produtos estrangeiros de alguns itens da cesta básica. O arroz disparou nas últimas semanas, com o pacote de cinco quilos chegando a custar R$ 25,00 em Mato Grosso e R$ 40 em outros estados, como no Distrito Federal (normalmente, é vendido a cerca de R$ 15).

O aumento das importações de alimentos por parte da China e a desvalorização do real ante o dólar encareceram os produtos básicos no país – e levou também a uma queda de braço entre os supermercadistas e a indústria de alimentos sobre o repasse do aumento de custos para os consumidores.

Bolsonaro: Sem intervenção

Bolsonaro voltou a garantir que não haverá “de jeito nenhum” interferência do governo no mercado e repetiu que não existe ‘canetaço’ para resolver problemas da economia. “Conversei com duas autoridades dos supermercados. Na ponta da linha, o preço chega pra eles, e eles estão se empenhando para reduzir o preço da cesta básica, que dado o auxílio emergencial houve um aumento no consumo”, disse.

“Houve mais exportação por causa do dólar também, sabemos disso aí. Os rizicultores, os plantadores de arroz, estavam com prejuízo há mais de dez anos, mas está sendo normalizado isso aí”, completou ele, em fala transmitida pelas redes sociais.

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Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

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Mato Grosso deve colher 47 milhões de toneladas de soja na safra atual. Em meio a esse volume de grãos, o atraso na colheita em razão das chuvas reflete diretamente no fluxo do escoamento.

A colheita está acelerada, aproveitando as janelas de sol para o trabalho das máquinas nas lavouras. Aí é que vem o problema, na medida em que o estrangulamento da colheita encarece o frete em até 70% em algumas rotas a partir de Mato Grosso e esse ritmo de alta deve seguir nesse mês de fevereiro, segundo especialistas do setor.

Mato Grosso ainda depende muito do modal rodoviário e há poucas opções de ferrovias e praticamente nada de hidrovias. Para agravar o cenário, não há caminhões suficientes para atender a demanda, o que catapulta o preço do frete. Por exemplo, na rota Sorriso-Santos o preço do frete por tonelada subiu de R$ 330,00 para R$ 340,00 em janeiro e, agora, em fevereiro, se aproxima de R$ 500,00. Especialistas preveem que para essa rota o prelo do frete/tonelada chegue a R$ 600,00 ainda nesse mês.

Colheita apertada integra cenário de alta nos preços do frete em Mato Grosso.

Para transportar a soja de Sorriso a Rondonópolis, em 15 dias o frete subiu de R$ 118/tonelada para R$ 205/tonelada. Ou seja, um aumento de 73,7%. Outra opção para descarregamento da soja em trens, na rota Querência-Rio Verde(GO), o frete teve alta semelhante, de 73,9%, saltando de R$ 138/tonelada para R$ 240/tonelada.

Outro gargalo é a insuficiência do sistema de armazenagem, cuja capacidade é de 65% da safra, incluindo as próprias fazendas, as cerealistas, empresas e tradings. O governo, por sua vez, não contribui para uma solução, ainda que disponibilize linhas de crédito para a estocagem nas propriedades através do Plano de Construção de Armazéns (PCA).

Mesmo com disponibilização de R$ 3,3 bilhões pelo PCA a juros anuais de 7% e R$ 4,5 bilhões para armazéns maiores com juros de 8,5% ao ano, o prazo de apenas 10 anos para pagamento são muito curtos para o tamanho dos investimentos.

Por fim, o diesel subiu R$ 0,22/litro nas refinarias. Vale lembrar que o combustível responde por 50% do custo do frete.

As altas verificadas no frete recaem, também, no preço dos fertilizantes.

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