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Saúde Pública

Pandemia e logística: Municípios situados em rotas de rodovias federais apresentam maior incidência de Covid-19

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A logística de transporte é um dos fatores que mais influenciam nos números da pandemia do novo coronavírus. Reforçando esta tese, os municípios de Mato Grosso com maior incidência de Covid-19 são os servidos por rodovias federais.

Segundo levantamento do Enfoque Business com base nos últimos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e das prefeituras, dos 15 principais municípios do estado, apenas Tangará da Serra e Alta Floresta não estão nas rotas das BR’s, sendo servidas apenas pelas estaduais (MTs).

Dos 10 municípios com incidência acima de 80 pacientes por cada grupo de 10 mil habitantes, somente Tangará da Serra (incidência de 86,63) não figura na rota das estradas federais, mas sua condição de polo regional acaba tornando a cidade mais suscetível em razão da circulação de pessoas e cargas que vem de outras cidades e outros estados.

As outras nove cidades deste grupo possuem entre 89 e 163 casos positivos para cada grupo de 10 mil habitantes e figuram nas rotas das BR’s 070, 163, 174 e 364. Lucas do Rio Verde (foto acima) é o município com maior incidência. (Veja quadro ao final da matéria)

Como exemplo da influência das BR’s (ou seja, da logística) nas incidências por Covid-19, cidades menores –  como Rosário Oeste, na rota da BR-364, e Jangada, cortada pela BR-163 – possuem índices altos de incidência. Rosário tem 15 mil habitantes e 167 casos confirmados, o que lhe rende um índice de incidência da Covid-19 na ordem de 111,3 casos em cada grupo de 10 mil. Jangada, por sua vez, tem 7,9 mil habitantes e 59 casos confirmados, o que representa um índice correspondente a 76 caso tivesse 10 mil habitantes.

Subnotificações

Embora figure no boletim epidemiológico da SES-MT com 629 casos confirmados e no site da prefeitura com 719, Sinop tem, na realidade, 1.488 casos confirmados de covid-19. Ocorre que o município separa os casos confirmados dos casos com testagem rápida positiva, que são em número de 769.

Polo regional e município ícone do eixo da BR -163 em Mato Grosso, a ‘Capital do Nortão’ figura, com seus 1.488 casos ‘confirmados e positivos’, na quarta colocação no número de infectados e um índice de 104 pacientes em cada grupo de 10 mil habitantes. O município contabilizava ontem (teça, 07) 546 recuperados e 33 óbitos.

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Saúde Pública

País se mobiliza para combater arboviroses. Vigilância monitora casos em Tangará da Serra

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Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) está de olho em mais um vírus respiratório originado na China, as autoridades médicas brasileiras têm outra preocupação: as doenças causadas pelo Aedes aegypti — como dengue e chikungunya. O cuidado não é em vão. Em 2024, o país bateu recorde de casos e de mortes por dengue.

Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de dezembro passado foram 6,6 milhões de casos prováveis da doença e 6.022 mortes confirmadas. Outras 1.179 estão sendo investigadas.

Em Mato Grosso, os números das arboviroses mostraram 103,834 notificações, sendo 77.096 de dengue, 24.638 de chikungunya e 2,100 de zika. Estas doenças causaram 51 mortes no estado, 39 por dengue e 12 por chikungunya.

Mutirões foram uma constante ano passado no município, em razão da alta incidência das arboviroses.

Em Tangará da Serra, o quadro foi o mais preocupante em Mato Grosso. Foram 9.964 casos de arboviroses, a maioria (5.729) de chikungunya. Outros 4.182 casos foram de dengue e 53 de zika. Os óbitos somaram 10, sendo sete de chikungunya e 3 de dengue.

Em 2025

Neste ano de 2025, segundo boletim da Vigilância Epidemiológica, Tangará da Serra registra 03 notificações de dengue e 01 de chikungunya. O município, através da Vigilância, vem monitorando as ocorrências, com ações que incluíram, em dezembro, aplicação de inseticida nos bairros.

No país, porém, os dados são mais preocupantes. Só este ano, já são mais de 10 mil casos prováveis e 10 mortes em investigação. Segundo o médico sanitarista e professor da Universidade de Brasília, Jonas Brant, Estados Unidos, Europa e China vivem momentos diferentes do Brasil por conta da sazonalidade, por isso a preocupação maior deles neste momento é com as doenças respiratórias.

“No caso do Hemisfério Sul, onde o Brasil está inserido, a gente tem nessa época do ano, o aumento de outras doenças, como as doenças transmitidas por vetores, as diarreias. Então é importante a gente entender que, nesse contexto, eles estão num cenário preocupante, tá aumentando lá e tem que se organizar para enfrentar um surto de doença respiratória. No nosso caso, o risco maior agora do Brasil é a preocupação com dengue e Chikungunya”, destaca o médico.

Tangará da Serra sofreu uma epidemia de arboviroses em 2024. Só de chikungunya foram 5,7 mil casos.

O que esperar nesse ano

Diante do surto recorde de 2024, o Ministério da Saúde se antecipou nas ações de prevenção. Além da vacinação contra a doença, que cobriu jovens entre 10 e 14 anos, para o período sazonal 2024-2025, o Ministério anunciou o investimento de mais de R$ 1,5 bilhão na compra de mais doses da vacina. Valor que também será usado para a compra de insumos laboratoriais para ampliar a testagem, medicamentos para controlar a proliferação do mosquito e ainda mobilização e conscientização da população, além de suporte aos municípios para custeio assistencial.

10 minutos contra a dengue

O Ministério da Saúde aposta no apoio da sociedade para o combate ao mosquito — já que a participação de todos é fundamental para a eliminação dos focos — que continua sendo a forma mais efetiva de evitar a doença.

A campanha nacional de conscientização, lançada no ano passado, incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para fazer uma busca em casa e controlar os focos do Aedes aegypti.

Usar repelentes e telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas que ajudam a reduzir o número de infecções pela doença.

(Redação EB, com Brasil 61)

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