Não há gestão que não passe por momentos difíceis, seja no âmbito municipal, seja no estadual, seja federal. A administração de Vander Masson na prefeitura de Tangará da Serra passa por um momento que exige reflexão e, talvez, mudança de rumos. Para casos assim, os melhores remédios são atendimento de demandas importantes e diálogo.
Na sucessão presidencial, quem passa por crise (embora, obviamente, não admita) é o ex-presidente Luís Inácio ‘Lula’ da Silva, que quer voltar a exercer o cargo máximo da Nação. Lula já trocou de marketeiro e, ainda assim, sofre com a baixa adesão aos atos de pré-campanha organizados pela militância do seu partido, o PT.
A “Lupa” do EB faz algumas abordagens sobre estes e outros assuntos da política local.
Cirurgias no HM

O vice-governador, Otaviano Pivetta, disse semana passada que o Estado ajudará no financiamento para que Tangará da Serra possa fazer cirurgias gerais. A ‘promessa’ foi feita ao prefeito Vander Masson e ao deputado estadual Dr. João, em reunião na última quinta-feira (28/04), em Cuiabá, no Palácio Paiaguás.
A não realização de cirurgias – nem mesmo procedimentos de baixa complexidade – em Tangará da Serra gera incômodos, rende críticas e causa constrangimentos ao poder público local. Afinal, Tangará da Serra é um dos cinco municípios-polo do interior do estado, dispõe de uma ótima estrutura física no Hospital Municipal e, ainda assim, tem de remover pacientes da cidade a outros centros para cirurgias mais simples, como, por exemplo, as ortopédicas ou de apendicite.
“Inadmissível”
Dr. João, que intermediou a reunião com o vice-governador, acredita que após o contato Tangará da Serra poderá “em breve” contar com o serviço na área da Saúde. “´É inadmissível que o hospital municipal de Tangará da Serra não esteja apto a realizar uma cirurgia de apendicite ou ortopédica”, disse o deputado.
Pivetta declarou que conta com o aval do governador Mauro Mendes. Após reunião com a secretária de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira, deu sinal verde para que, tão logo terminado o processo burocrático, o hospital da cidade possa estar apto a realizar cirurgias gerais.
Otimismo e esperança
Por sua vez, o prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, demonstrou otimismo com o avanço nas tratativas. “Teremos a oferta de mais serviços para nossa população. Vamos ampliar os atendimentos ortopédicos e cirurgia geral. Muitas vezes, pessoas tinham que ir até Cuiabá e queremos que isto não mais seja necessário. Vamos reduzir com o que chamamos de ‘ambulancioterapia’.
Novo fôlego

A realização de cirurgias gerais no Hospital Municipal, a oferta suficiente de água nos 12 meses do ano e a restauração da malha viária urbana são três das principais demandas do município que, se atendidas, darão novo fôlego ao prefeito Vander Masson. O gestor tem enfrentado uma fase difícil, com críticas incisivas de setores da sociedade, principalmente na Câmara Municipal.
Demandas e desafios
Vander precisa contornar o cisma vivenciado atualmente com a Câmara Municipal. Para isso, nada melhor que o atendimento de grandes demandas, mas é fundamental afinar o diálogo com os vereadores e, principalmente, ouvi-los. As críticas tem sido intensas no Legislativo e isso pode resultar em sérios entraves .
O problema na malha viária urbana deverá ser resolvido com a aquisição da usina de asfalto CBUQ, mas será preciso confirmar a habilitação do HM para cirurgias. Outro desafio, talvez ainda mais sério, é o abastecimento de água durante a estiagem que, a exemplo do ano passado, terá grandes reflexos em setembro e outubro, talvez até com racionamento. É preciso planejar o enfrentamento à estiagem desde agora, já que o sistema de adução do Sepotuba não entrará em operação antes de dezembro. As opções são o rio Russo, os poços artesianos e os caminhões-pipa.
Dr. João

Deputado estadual Dr João, do MDB, é candidato natural à releição.
O deputado estadual Dr. João, único representante da região na Assembleia Legislativa, também precisa de fatos novos e positivos como a habilitação do centro cirúrgico do Hospital Municipal. Candidato natural à reeleição, o médico João de Matos enfrentará uma disputa acirrada pelos votos do eleitorado regional e precisa de mais visibilidade se quiser garantir a manutenção da sua cadeira na ALMT no próximo pleito.
O deputado se ressente da falta de uma boa assessoria de comunicação para divulgar os seus trabalhos. Nunca é demais lembrar das eleições de 2018, quando os dois representantes de Tangará da Serra – Saturnino Masson (in memorian) e Wagner Ramos – não conseguiram se reeleger ao parlamento estadual…
Lula ignorado

Por causa da falta de público expressivo no ato do Dia do Trabalho organizado ontem (domingo 01/05) pelas centrais sindicais, na Praça Charles Miller, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pré-candidato à presidência da República decidiu atrasar sua participação. Seu pronunciamento estava programado para acontecer às 13 horas, mas foi adiado para às 15h30 na tentativa de reunir mais gente. Ainda assim, o público ficou muito aquém do esperado pela organização.
O pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e o pré-candidato a deputado federal pelo Psol, Guilherme Boulos, também estiveram no local, mas o público foi igualmente ínfimo. A baixa adesão aos atos programados em torno de Lula e seus correligionários tem preocupado a esquerda. Tanto que já houve até substituição do marketeiro da pré-campanha do petista.
Vira-vira

Não bastasse a baixa adesão do público nos atos promovidos pelo PT e seus partidos parceiros, as últimas pesquisas indicam crescimento do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas sobre a preferência do eleitorado na corrida presidencial.
Segundo divulgado pela imprensa do centro do país, Bolsonaro (PL) aparece numericamente na frente do petista Lula no estado de São Paulo, de acordo com o levantamento do instituto Paraná Pesquisas realizado entre os dias 24 e 29 de abril e divulgado no último sábado (30). Em relação à última pesquisa, houve uma inversão de posições entre os dois principais postulantes ao Palácio do Planalto. No principal cenário, que inclui o nome do ex-governador de São Paulo João Dória (PSDB), Bolsonaro tem 35,8% das intenções de voto contra 34,9% do petista.