TANGARÁ DA SERRA
Pesquisar
Close this search box.

Economia & Mercado

Município poderá sofrer perdas de R$ 12 milhões no trimestre com retração da atividade econômica

Publicado em

As perdas financeiras que Tangará da Serra certamente sofrerá com a crise do coronavírus poderão chegar a R$ 12 milhões no trimestre abril-junho. A previsão considera a estimativa de receita do município no período de acordo com a Lei do Orçamento Anual (LOA) deste ano, frente à previsão de perdas de 42% informada esta semana pela Secretaria de Estado de Fazenda.

Segundo levantamento do Enfoque Business com base no orçamento do município para este ano, as principais fontes de receitas advindas da atividade econômica são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, R$ 50,5 milhões), Fundo de Participação dos Municípios (FPM, R$ 38,1 milhões), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN R$ 21,2 milhões) e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF, R$ 10,8 milhões).

Entres estes se inclui o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cuja estimativa de receita – R$ 12,5 milhões – não deverá sofrer perdas, já que foi apenas postergada por 60 dias pelo Estado em razão da crise. Outros dois tributos importantes são o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU, R$ 8,4 milhões, já lançado e, portanto, consolidado) e o Imposto sobre Transferências de Bens Imóveis (ITBI, R$ 6 milhões). Estas receitas, em especial o IPVA e o IPTU, também poderão sofrer redução em caso de possível inadimplência ocasionada pela crise.

Do montante anual de R$ 120,6 milhões correspondente a ICMS, FPM, ISSQN e IRRF, considera-se uma quarta parte – o trimestre abril-junho -, de aproximadamente R$ 30 milhões. Aplicando-se sobre este valor o percentual de 42% de retração prevista pelo Estado, o valor das perdas para o município ficaria, então, na casa dos R$ 12 milhões. Este valor corresponde a 10% da receita estimada pelo município com a atividade econômica para 2020.

Setores mais atingidos pela crise são comércio e serviços.

Porém, de acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, as perdas ainda não foram estimadas oficialmente, o que ocorrerá após a virada do mês.

Já o prefeito Fábio Martins Junqueira acredita na manutenção do equilíbrio das contas do município ao final do ano, apesar das perdas. Ele considera que haverá entrada de recursos para a Saúde que não estavam previstos, o aumento da alíquota do FPM que cabe ao município de 3% para 3.2% e o fator de recomposição estabelecido pelo governo federal para garantir um complemento em virtude da queda de receita. “Também temos a expectativa de que o Estado contribuirá alguma coisa na saúde. Acredito que teremos ao final do ano uma situação equilibrada”, disse à redação.

Previsão do governo

O governo do Estado divulgou esta semana (ver matérias publicadas pelo Enfoque Business ontem, dia 09) relatório que prevê para o trimestre abril-junho queda de 42% na receita do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo arrecadado pelo Estado.

A previsão inicial seria de arrecadar no período R$ 2,6 bilhões, mas não deverá passar de R$ 1,5 bi. Somente para este mês de abril, a queda na receita do ICMS chegará a 32%. A previsão no mês era uma arrecadação de R$ 896 milhões, mas deve chegar a R$ 610 milhões, ou seja, R$ 286 milhões a menos que a receita estimada.

Dos R$ 1,1 bilhão previstos de perda na arrecadação do estado de Mato Grosso no trimestre, a queda maior é a do setor do comércio e serviços, que deverá somar uma arrecadação de R$ 372 milhões, ou R$ 163 milhões a menos que a previsão inicial, que era de R$ 535 milhões de reais.

Comentários Facebook
Advertisement

Economia & Mercado

Mato Grosso recebeu mais de 27 mil novas indústrias em 2024, aponta Jucemat

Published

on

Políticas públicas e ações estratégicas de atração de investimentos resultaram na abertura de 27.594 novas indústrias no Estado em 2024. Dados da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) apontam que o segmento com mais indústrias abertas foi o de transformação, com 13.776 unidades, seguidos do setor de construção, com 12.906.

Os programas de incentivos fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec) têm sido o principal chamariz para novas indústrias, conforme explica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Um exemplo é a indústria de refino de óleo vegetal de algodão, Icofort. A empresa é a primeira do estado com essa atividade e foi inaugurada no mês de setembro, em Nova Mutum. A Icofort inaugurou como beneficiária do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), a partir do início do seu funcionamento. Ao todo, a empresa gerou 156 empregos diretos e 600 indiretos.

Segundo a SEDEC-MT, incentivos fiscais têm sido o principal chamariz para novas indústrias.

César Miranda ressalta que essa crescente é fruto de um trabalho que vem sendo realizado há alguns anos.  “Mato Grosso é o Brasil que dá certo e a gestão do governador Mauro Mendes tem trabalhado para atrair investimentos que mudam a vida dos mato-grossenses. A Icofort exemplifica esse trabalho. Começamos as tratativas em 2021, até que a indústria se instalasse e começasse a operar este ano, gerando empregos e renda. Nós temos a segunda menor taxa de desemprego do país, sendo um reflexo de tantas oportunidades que apresentamos e construímos no Estado”, afirma o secretário.

O secretário ainda destaca que Mato Grosso detém o maior rebanho bovino e o maior produtor de grãos. “Desta forma, a Sedec tem atuado para estimular a industrialização no Estado, para que as commodities tenham seus produtos transformados no Estado”, diz.

O último dado divulgado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou Mato Grosso entre os cinco estados do país com maior avanço na produção industrial, com 0,8% de crescimento.

Comentários Facebook
Continue Reading

Envie sua sugestão

Clique no botão abaixo e envie sua sugestão para nossa equipe de redação
SUGESTÃO

Empresas & Produtos

Economia & Mercado

Contábil & Tributário

Governo & Legislação

Profissionais & Tecnologias

Mais Lidas da Semana