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Saúde Pública

Ministério da Saúde não divulga casos de cura do COVID-19; Tamanho da pandemia é incógnita

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O Ministério da Saúde está deixando de fora dos seus boletins diários sobre a pandemia coronavírus os casos de cura clínica da moléstia. Os números de curas são divulgados apenas pelas secretarias estaduais de Saúde, mas não incluem a contabilização geral pela pasta federal, ao menos quando das divulgações.

As informações divulgadas na imprensa em todo o país ocorrem através de matérias isoladas, ao passo que deveria conter um dado geral com a taxa de cura/recuperação (trata-se de dado positivo), assim como é divulgada a taxa de letalidade (dado negativo).

Esta semana, o Enfoque Business publicou sobre a ocorrência de 20% de cura clínica em relação ao total de casos confirmados em Mato Grosso. (link: https://enfoquebusiness.com.br/covid-19-indice-de-cura-e-perto-de-20-no-mt-lucas-do-rio-verde-informa-primeiro-obito-no-estado/)

Na matéria, veiculada pelo portal no dia 03/04, consta que em Mato Grosso, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 09 pacientes acometidos pela COVID-19 tiveram cura clínica. Destes, seis são de Cuiabá e três de Rondonópolis). “Acrescentando estes pacientes curados aos 41 casos infectados, as recuperações representam 18%. Já o óbito registrado representa uma taxa de letalidade de 2,43% ante o número de infestados”, consta no texto.

Em outros estados também há registros na imprensa sobre pacientes que alcançaram a cura da COVID-19. Há registros, por exemplo, da cura de uma paciente de 97 anos, no estado de Pernambuco. No Rio Grande do Sul, o Correio do Povo divulgou neste domingo matéria onde consta a cura de 50 pacientes, o que representa uma taxa de recuperação de 20% sobre o número de infectados (240) na capital gaúcha.

Curva ascendente

Por outro lado, o diretor do Instituto Butantan e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, disse na última sexta-feira (03) que o tamanho da epidemia de covid-19 no país será percebido já nas próximas semanas.

“Nas duas ou três semanas vamos conhecer exatamente o tamanho dessa epidemia. Estamos no começo dela e vamos saber nessas próximas semanas se vamos encontrar um ‘Everest’ ou um monte mais suave”, disse ele.

Amostras paradas

Mandetta: “Vamos ter megamáquinas automatizadas e estes números vão crescer muito”.

A crescimento mais intenso dos números da pandemia se dará, principalmente pelas testagens que até então estão represadas nos laboratórios de todo o país. Segundo afirmou semana passada o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ele disse (segundo matéria publicada pelo Enfoque Business na última quarta-feira (01/04) que a testagem que está represada passará a ser feita com máquinas em automático. “Vai chegar uma hora que vamos ter megamáquinas automatizadas e estes números vão crescer muito”, adiantou o ministro.

Mandetta destacou, na ocasião, que o aumento de casos confirmados levará a um resultado matemático que será a queda na taxa de letalidade da pandemia. (Link da matéria: https://enfoquebusiness.com.br/mandetta-agilidade-na-testagem-fara-subir-numeros-de-casos-confirmados-de-covid-19/)

Entre quinta e sexta-feira passadas, São Paulo (epicentro da pandemia no país) conseguiu analisar mais 87 amostras de pessoas que morreram no estado com suspeita de coronavírus e cujo exame estava parado, aguardando resultado. Do total de analises, 26 deram diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Ontem já haviam sido analisadas 93 do total de 201 amostras que estavam paradas. Com isso, até este momento, São Paulo conseguiu analisar 180 dessas amostras.

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Saúde Pública

País se mobiliza para combater arboviroses. Vigilância monitora casos em Tangará da Serra

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Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) está de olho em mais um vírus respiratório originado na China, as autoridades médicas brasileiras têm outra preocupação: as doenças causadas pelo Aedes aegypti — como dengue e chikungunya. O cuidado não é em vão. Em 2024, o país bateu recorde de casos e de mortes por dengue.

Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de dezembro passado foram 6,6 milhões de casos prováveis da doença e 6.022 mortes confirmadas. Outras 1.179 estão sendo investigadas.

Em Mato Grosso, os números das arboviroses mostraram 103,834 notificações, sendo 77.096 de dengue, 24.638 de chikungunya e 2,100 de zika. Estas doenças causaram 51 mortes no estado, 39 por dengue e 12 por chikungunya.

Mutirões foram uma constante ano passado no município, em razão da alta incidência das arboviroses.

Em Tangará da Serra, o quadro foi o mais preocupante em Mato Grosso. Foram 9.964 casos de arboviroses, a maioria (5.729) de chikungunya. Outros 4.182 casos foram de dengue e 53 de zika. Os óbitos somaram 10, sendo sete de chikungunya e 3 de dengue.

Em 2025

Neste ano de 2025, segundo boletim da Vigilância Epidemiológica, Tangará da Serra registra 03 notificações de dengue e 01 de chikungunya. O município, através da Vigilância, vem monitorando as ocorrências, com ações que incluíram, em dezembro, aplicação de inseticida nos bairros.

No país, porém, os dados são mais preocupantes. Só este ano, já são mais de 10 mil casos prováveis e 10 mortes em investigação. Segundo o médico sanitarista e professor da Universidade de Brasília, Jonas Brant, Estados Unidos, Europa e China vivem momentos diferentes do Brasil por conta da sazonalidade, por isso a preocupação maior deles neste momento é com as doenças respiratórias.

“No caso do Hemisfério Sul, onde o Brasil está inserido, a gente tem nessa época do ano, o aumento de outras doenças, como as doenças transmitidas por vetores, as diarreias. Então é importante a gente entender que, nesse contexto, eles estão num cenário preocupante, tá aumentando lá e tem que se organizar para enfrentar um surto de doença respiratória. No nosso caso, o risco maior agora do Brasil é a preocupação com dengue e Chikungunya”, destaca o médico.

Tangará da Serra sofreu uma epidemia de arboviroses em 2024. Só de chikungunya foram 5,7 mil casos.

O que esperar nesse ano

Diante do surto recorde de 2024, o Ministério da Saúde se antecipou nas ações de prevenção. Além da vacinação contra a doença, que cobriu jovens entre 10 e 14 anos, para o período sazonal 2024-2025, o Ministério anunciou o investimento de mais de R$ 1,5 bilhão na compra de mais doses da vacina. Valor que também será usado para a compra de insumos laboratoriais para ampliar a testagem, medicamentos para controlar a proliferação do mosquito e ainda mobilização e conscientização da população, além de suporte aos municípios para custeio assistencial.

10 minutos contra a dengue

O Ministério da Saúde aposta no apoio da sociedade para o combate ao mosquito — já que a participação de todos é fundamental para a eliminação dos focos — que continua sendo a forma mais efetiva de evitar a doença.

A campanha nacional de conscientização, lançada no ano passado, incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para fazer uma busca em casa e controlar os focos do Aedes aegypti.

Usar repelentes e telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas que ajudam a reduzir o número de infecções pela doença.

(Redação EB, com Brasil 61)

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