A bolsa paulista começava a sexta-feira com o Ibovespa em alta de 14%, acompanhando a recuperação de mercados acionários no exterior, em meio a ações de bancos centrais, após uma semana de fortes quedas, marcada pelo clima de pânico com a pandemia de coronavírus, além da guerra de preços do petróleo.
Às 10:24, o Ibovespa subia 14,09 %, a 82.807,03 pontos, com as ações da Vale liderando os ganhos, com valorização de 24,55%.
Na véspera, o Ibovespa caiu 15,15%, a 72.269,67 pontos, na pior performance desde 10 setembro de 1998, ano marcado pela crise financeira russa. O tombo só não foi maior porque o Federal Reserve de Nova York anunciou injeção de 1,5 trilhão de dólares no sistema financeiro.
Até a quinta-feira, o Ibovespa à vista acumulava queda de quase 26% na semana, ampliando a perda em 2020 para mais de 37%.
Nesta sexta-feira, vários BC anunciaram pacotes de estímulos e medidas para tentar com atenuar os efeitos da pandemia nas respectivas economias, bem como nos seus mercados, entre eles o Banco do Japão e o Banco do Povo da China.
Para a equipe da Guide Investimentos, investidores continuarão avaliando o novo nível de preços – agora muito mais atrativos – contra os riscos latentes da conjuntura atual, bem como a volatilidade seguirá extrema em razão da manutenção da incerteza sobre o Covid-19 e a guerra de preços do petróleo.
Na Europa, o FTSE 100 subia quase 7% em Londres, enquanto o alemão DAX tinha alta de mais de 6%. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P 500 avançava cerca de 5%.
No Brasil, as atenções também estão voltadas para Brasília, mais especificamente para o resultado do exame de coronavírus feito pelo presidente Jair Bolsonaro, após um após um integrante de sua comitiva presidencial em viagem aos Estados Unidos ter resultado positivo em teste para o novo vírus.
Dólar
O Banco Central do Brasil vai recorrer a uma terceira ferramenta de intervenção cambial na sexta-feira ao ofertar até 2 bilhões de dólares por meio de leilões de linhas — venda com compromisso de recompra.
Medida é justificada pelo salto na volatilidade e nas cotações do dólar, diante da intensificação dos temores do coronavírus.
Serão realizadas duas operações – “A” e “B” – entre 10h15 e 10h20. A venda será liquidada em 17 de março. A recompra dos dólares vendidos no leilão “A” será em 5 de maio, e o mercado terá de devolver ao BC os dólares da operação “B” em 2 de julho.
A medida é justificada pelo salto na volatilidade e nas cotações do dólar, diante da intensificação dos temores do coronavírus e, mais recentemente, da piora na avaliação do mercado sobre o cenário fiscal brasileiro.
Vírus nos negócios
A presença do covid-19 em muitos países tem paralisado cidades e é claro, afetado a economia. Por aqui, empresários temem a possibilidade de que uma possível pandemia afete os negócios. Afinal, temos uma forte relação comercial com a China e em alguns casos até dependência de alguns produtos. Assista, abaixo, reportagem da TV Brasil.
Levantamento feito pelo Sebrae, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso, aponta que o Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, vai muito além de uma data comemorativa para casais.
Em 2025, cerca de 46% da população no estado devem ir às compras na última grande data comercial do primeiro semestre e a estimativa de movimentação financeira é de R$ 137 milhões na economia mato-grossense.
Especialistas destacam que os setores de comércio varejista e serviços serão os mais impactados.
Dois terços dos consumidores indicaram que vão adquirir presentes. Perfumes, com 63%, chocolates, 35%, roupas e acessórios representam 27%, e flores, com 16%, estão no topo das preferências.
Outros 13% dos entrevistados vão investir em jantares, cinema e viagens com seus companheiros.
De acordo com a analista técnica do Sebrae Mato Grosso, Marielly Fonseca, o apelo emocional do Dia dos Namorados é fundamental para alavancar a captura de clientes e o faturamento.
Embora o ticket médio de gastos com produtos e serviços relacionados ao dia 12 de junho seja de R$ 430, mais da metade dos consumidores vai destinar cerca de R$ 350.
A pesquisa foi conduzida via entrevistas telefônicas, entre os dias 1º e 30 de abril de 2025, em todo o estado de Mato Grosso. Foram entrevistados 996 residentes, maiores de 18 anos.