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Esquema de sonegação no comércio de combustíveis renderá inquérito e multas de R$ 40 milhões

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Com o objetivo de combater e coibir a sonegação fiscal e tributária, reduzindo a concorrência desleal, a Secretaria de Fazenda (Sefaz) tem intensificado suas ações de fiscalização em todo território mato-grossense. Como resultado, mais um esquema de fraude foi identificado e desarticulado, dessa vez no setor de combustíveis.

O esquema envolvia transportadoras de cargas e postos de combustíveis que emitem notas fiscais frias, ou seja, que não correspondiam a determinada operação comercial. Com base na investigação feita pelos fiscais de tributos estaduais, da Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços (CFCS), da Sefaz, essas empresas teriam deixado de recolher cerca de R$ 6,5 milhões referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pela utilização de créditos “criados” de forma fraudulenta.

De acordo com a Superintendência de Fiscalização (Sufis), as empresas emitiam notas fiscais referente a vendas de combustível que nunca aconteceram. Com os documentos em mãos, algumas transportadoras inseriam as informações tributárias dentro da sua contabilidade diminuindo, de forma fraudulenta, o valor do ICMS a ser pago, assim como de outros impostos e contribuições federais.

Defaz-MT irá instaurar inquérito para apurar os crimes descobertos pela fiscalização.

No decorrer da ação fiscal, também foi identificado um posto de combustível “fantasma”, isto é, só existia no papel e era usado de maneira criminosa para emitir notas fiscais para documentar saídas de combustível. Na prática, não havia estoque ou compra da mercadoria, evidenciando que se tratavam de emissão de documento fiscal em vendas fictícias, com o único objetivo de gerar créditos de ICMS e custos para não pagar impostos.

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“A fraude ganhou proporções e acabou sendo identificada pelos indicadores de irregularidades fiscais da Sufis, sendo apontada como de alto risco de descumprimento. Os participantes do esquema, pela recorrência do esquema fraudulento, foram identificados pelos fiscais de tributos que, inclusive, desmascararam o modo de atuação e participação de cada um na fraude”, explica o superintendente de Fiscalização, Jose Carlos Bezerra Lima.

José Carlos ressalta, ainda, a importância do trabalho de combate à sonegação fiscal. “Cada imposto sonegado por essas empresas são recursos a menos no investimento público, além de gerar um desequilíbrio econômico pela concorrência desleal por parte dos que se utilizam da fraude como forma de enriquecer-se ilicitamente e a Sefaz não tem medido esforços no combate aos sonegadores para que os recursos sonegados sejam recuperados para o Estado”, disse o superintendente, afirmando que novas diligências deverão ser realizadas em outros postos e transportadoras que já apresentam o mesmo comportamento pelos indicadores de risco fiscal.

Penalidades

Diante das constatações de fraude, a Sefaz cassou a inscrição estadual do posto de combustível “fantasma” e suspendeu a inscrição estadual de outras empresas, evitando que continuem operando no estado. Além disso, foram lavrados autos de infração em decorrência da fraude, por emissão de documento inidôneo, tanto para os postos de combustíveis quanto para as transportadoras que se beneficiaram desse esquema para sonegar o ICMS.

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O total de autuações aplicadas às empresas envolvidas na fraude chegam a R$ 40 milhões, entre penalidades e impostos.

Para as transportadoras, além do aspecto fiscal, há também o criminal. Por isso, a Sefaz encaminhou à Delegacia Fazendária (Defaz) as informações para que se apure se houve ou não crimes contra a ordem tributária, por eventual participação das transportadoras para o esquema de fraude.

(*) Ascom/Sefaz-MT

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Tangará da Serra: Secretaria de Planejamento contará com departamento de Habitação

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A Câmara Municipal de Tangará da Serra aprovou esta quarta-feira, durante a 11ª sessão ordinária, o projeto de lei 089/2023, que cria o Departamento de Habitação de Interesse Social na estrutura da Secretaria Municipal de Coordenação, Planejamento Urbano e Inovação.

De autoria do Executivo Municipal, a matéria constou na Ordem do Dia, sendo apreciada em discussão única e aprovada por maioria pelos vereadores. Foram nove votos favoráveis contra os quatro contrários dos vereadores Ademir Anibale, Fábio Brito, Horácio Pereira e Sandra Ferracin, todos do Republicanos.

Um dos vereadores contrários – Ademir Anibale – questionou a livre nomeação para os cargos previstos na matéria.

Um dos vereadores contrários – Ademir Anibale – questionou a livre nomeação para os cargos previstos na matéria, atribuindo nesse particular uma possível intenção política por parte do Executivo num ano eleitoral. “Seis cargos de livre nomeação… às ‘bocas’ das eleições… cargos que, inclusive, não autorizaram a gente pedir que colocassem com nível superior em quatro deles, que seria contra a lei… Deixo, aqui, o meu protesto e meu voto contrário”, disse, na tribuna.

Rogério: “Temos um déficit muito grande, muitos cidadãos que ainda não tem a sua casa própria”.

O vereador Rogério Silva (União), líder do Executivo na Câmara, saiu em defesa do projeto, alegando ser necessário avançar na habitação popular no município e, também, por ser esta uma recomendação do Ministério Público. “Temos, aí, dois projetos de habitação popular que não conseguem avançar e há a possibilidade de convênios com governo federal, com governo estadual, então temos que ter uma equipe de retaguarda para fazer funcionar… Temos um déficit muito grande, muitos cidadãos que ainda não tem a sua casa própria… Então, não podemos nos apegar nessa questão de cargos e, sim, temos de avançar no sentido do propósito maior (…)”, defendeu.

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Interesse social

A criação do departamento preencherá uma lacuna na estrutura administrativa do município, que não possui uma estrutura dedicada exclusivamente à habitação de interesse social, sendo crescente a demanda por habitação e de empreendimentos voltados para pessoas com menor renda.

Diante disso, e em virtude do SIMP nº 005022-009/2023, que trata de Procedimento Administrativo instaurado para acompanhar e fiscalizar a formulação e a execução da política pública habitacional para implementação de programas habitacionais, o município deu início as ações para instrumentalizar o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social e garantir o desenvolvimento de programas para tornar acessível a aquisição ou construção de moradias populares.

O novo departamento criará cargos em comissão de chefia e coordenação para o Departamento de Geotecnologias e Estudos Estratégicos, Departamento de Habitação de Interesse Social e Departamento de Desenvolvimento Urbano, e outros.

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