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Fake Paper

Esquema de crimes fiscais teria participação de servidores e uso de três CPFs por líder

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As investigações realizadas pela Operação ‘Fake Paper’, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (DEFAZ-MT) e da Polícia Judiciária Civil levantaram indícios de participação de servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ-MT) nos esquemas de fraude e sonegação fiscal.

Segundo publicado por um site da capital (FolhaMax), interceptações telefônicas realizadas pela DEFAZ reforçam a suspeita da participação de servidores no esquema. Interceptação no do dia 17/04/2019 de telefonema entre o contador e advogado Anilton Gomes Rodrigues (preso pela operação em 09 de outubro) e membros da quadrilha revela conversação onde são discutidos valores a serem pagos possivelmente a servidores da SEFAZ. A propina seria para dar provimento ao processo de um produtor de Campo Novo do Parecis identificado como Celso Minozzo, que também seria dono de uma empresa envolvida no esquema, mas que estaria em nome de um ‘tal de Adesio’.

Ainda segundo o FolhaMax, outras investigações da Fake Paper apuraram o uso de três CPFs pelo advogado e contador Anilton Gomes Rodrigues, preso em 09 de outubro e apontado como líder da organização criminosa que teria desviado R$ 337 milhões em sonegação e outros crimes.

Operação Fake Paper foi deflagrada no último dia 09 e já prendeu vários envolvidos.

De acordo com informações levantadas pela imprensa da capital junto aos investigadores, além dos três CPFs, Anilton Gomes Rodrigues utilizava números de telefones celulares que não tinham registros em operadoras de telefonia para se comunicar com outras pessoas que também fariam parte da fraude de sonegação de impostos.

Alguns dos empresários que estariam envolvidos no esquema – que utilizavam notas fiscais frias para a sonegação dos impostos -, já teriam devolvido cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos estaduais. As notas fiscais seriam ainda utilizadas para fraudes em licitações, além de “esquentar” mercadorias roubadas.

Em outro trecho, o advogado conversa com uma pessoa identificada como “Bruno”, que seria Bruno da Silva Guimarães, proprietário de um mercado na Baixada Cuiabana e da B. da S. Guimarães Eireli, empresa envolvida no esquema de emissão de notas frias. Na ligação, Anilton indaga se Bruno “quer fazer dinheiro hoje”. Na mesma interceptação, com data de 17 de abril, Bruno solicita para ‘rodar pelo menos um documento…’. No dia 22/04 Anilton prossegue no mesmo assunto e diz: “…Bora fazer dinheiro hoje”?

O inquérito aponta ainda a suspeita de participação de outras empresas no esquema, apontadas pelo advogado Anilton Gomes Rodrigues num diálogo com uma pessoa identificada como “Edno”. “Edno diz que já fizeram isso para tantas empresas que não se recorda, se é esta empresa ou não? ‘… Vou… tem que olhar, que eu não me lembro é tanta empresa que nós fizemos aquele negócio lá, eu não sei se essa é a mesma se não, não era …’”.

Numa outra interceptações telefônica, o advogado estaria conversando com o contador Welton Borges, primo do vereador de Várzea Grande, Joaquim Antunes (PSDB). Uma empresa registrada em seu nome (Joaquim Antunes de Souza-ME) também teria sido utilizada no esquema de sonegação de impostos.

“Numeral interceptado no diálogo do dia 19/04/2019 com Anilton Gomes Rodrigues, e que Welton diz que: Oh! O negócio lá aprovou tá!! E Completa dizendo: Tem que fazer o certificado já! Já para você começar a trabalhar tá!”.

De acordo com as investigações da DEFAZ-MT, a esposa de Anilton Gomes Rodrigues também faria parte das fraudes. “Diálogo sobre processo da empresa da sua esposa Mariane, e de uma outra empresa que precisa recorrer … Anilton diz sobre o processo em nome de Mariane “..tá na mão de uma pessoa que eu sei que nós vamos ganhar!”, apontou a interceptação telefônica.

As investigações apontam ainda a utilização indevida do nome de pelo menos uma pessoa para a constituição de uma empresa fantasma em Tangará da Serra (245 KM de Cuiabá), no ano de 2017. A pessoa só descobriu que era “empresária” após não conseguir sacar seu seguro desemprego.

(*) Com informações de Folha Max e VG Notícias

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