O ex-prefeito de Nortelândia e atual presidente da Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PL), confirmou na manhã desta quinta-feira (23), em Tangará da Serra, que é pré-candidato pelo seu partido à vaga aberta no Senado Federal pela cassação de Selma Arruda (PODE-MT).
Fraga diz contar com apoio de “mais da metade” dos prefeitos mato-grossenses. Com discurso municipalista, ele disse que não pretende representar segmentos econômicos, e sim os municípios. “Estou credenciado e preparado para esta disputa. Não defendo interesses de grupos econômicos, sou mais ‘povo’ e quero defender os interesses dos municípios no Senado Federal, pois é nos municípios que as coisas acontecem, onde se produz alimentos, onde as empresas funcionam, onde os empregos são gerados e onde as necessidades existem”, disse, em reunião na Câmara Municipal de Tangará da Serra, na manhã desta quinta-feira.
Neurilan: Bandeira municipalista e filiação ao PL em 18 de outubro do ano passado.
O presidente da AMM tem o apoio declarado do senador Wellington Fagundes (também do PL). Na reunião política da manhã desta quinta, Fraga contou com as presenças de nove prefeitos (Tangará da Serra, Arenápolis, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Olímpia, Nova Marilândia, Porto Estrela e Santo Afonso), além de vereadores e outras lideranças políticas.
Para ser candidato, Fraga precisa ter seu nome referendado nas convenções partidárias, que ocorrerão entre 10 e 12 de março. Os registros das candidaturas precisam ser feitas até 17 de março para o pleito que acontece dia 26 de abril. A diplomação do vencedor das eleições suplementares acontece em maio.
Filiação
Durante a reunião, Neurilan foi questionado sobre a sua filiação ao PL. A lei eleitoral exige que filiações ocorram pelo menos seis meses antes dos pleitos. O ex-prefeito de Nortelândia disse que sua filiação na sigla liberal ocorreu dia 18 de outubro do ano passado. “Dia 18 de abril completo seis meses de filiação no partido. A eleição acontece em 26 de abril, portanto estou plenamente em condições de ser candidato”, assegurou.
O questionamento foi motivado pela informação – já veiculada na imprensa da capital – de que sua desfiliação do seu antigo partido, o PSD, fora realizada em 06 de dezembro, conforme requerimento de baixa de filiação protocolado pelo próprio Neurilan no cartório da 17ª Zona Eleitoral de Nortelândia (imagem do documento abaixo).
Concorrência
Atual presidente da AMM conta com apoio de Wellington Fagundes e, segundo ele, com maioria dos prefeitos de Mato Grosso.
Ao que tudo indica, a disputa pela vaga remanescente do estado no Senado Federal será um páreo duro. O Partido Progressista (PP) atua em duas frentes para definir um nome para o pleito, com o deputado federal Neri Geller e a empresária Margareth Buzetti, esta última com apoio do ex-senador Blairo Maggi.
O MDB se articula com o cacique Carlos Bezerra par definir um nome na disputa, e o DEM, do governador Mauro Mendes, poderá ter nas convenções o nome do ex-senador Júlio Campos. Porém, há possibilidade de apoio de Mauro à possível candidatura da progressista Margareth Buzetti (influenciado por Blairo Maggi) ou do produtor rural Carlos Fávaro (PSD).
Por fim, entre as principais cogitações, figura o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), que cogita ter como suplente o empresário e também ex-senador Cidinho Santos, de Nova Marilândia.
(*) Abaixo, o requerimento de baixa de filiação de Nurilan Fraga do PSD.