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Política Nacional

Eleições 2018: DEM se divide entre apoiar Alckmin ou Ciro Gomes

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Deputados do partido querem manter coligação com PSDB, que vem desde 1994; lideranças do nordeste, como prefeito de Salvador ACM Neto, ‘namoram’ pedestista

A disputa dos presidenciáveis por apoio eleitoral deixou o DEM dividido entre um bloco que defende o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e outro que prega uma aliança com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). De um lado está a bancada de 43 deputados, que é majoritariamente pró-Alckmin, e do outro, a executiva do DEM e lideranças regionais do Nordeste, que apoiam Ciro.

Enquanto a bancada tem um perfil mais ideológico, conservador e abriga parlamentares ligados a igrejas evangélicas, agronegócio e segurança pública, os caciques nordestinos fazem um cálculo pragmático sobre a dificuldade de Alckmin conseguir votos na região.

A corrente pró-Ciro tem hoje o favoritismo na disputa. O prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, tem sinalizado internamente que prefere apoiar o pedetista. Ele desembarcou nesta terça-feira, 3, em Brasília para buscar consenso entre as duas correntes.

O impasse do DEM contaminou os demais partidos do bloco liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que reúne Solidariedade, PP e PRB – apesar, de, em público, Maia se dizer pré-candidato, essa hipótese não tem sido mais considerada. O grupo, que já esteve com Ciro Gomes, se reúne nesta quarta-feira, 4, à noite com Alckmin em um jantar na residência do presidente do PRB, Marcos Pereira (SP).

“Enquanto subsistir a pré-candidatura de Rodrigo, ela tem unanimidade de apoio do partido. Caso o partido decida por outro caminho, é inegável que existem diferentes pensamentos internos. Vou procurar conduzir o partido para o caminho desejado pela maioria”, disse ACM Neto.

Mal-estar

Dois dirigentes partidários relataram um mal-estar gerado em recente conversa entre os presidentes dos partidos, em Brasília. Após jantarem com Ciro Gomes, os dois nomes mais influentes no DEM, ACM Neto e Rodrigo Maia, debateram abertamente se conseguiriam aprovar no voto uma aliança com o pedetista em diretórios como Bahia e Rio de Janeiro e falaram sobre resistências pontuais.

Dirigentes dos demais partidos, entre eles Paulinho da Força (SD), falaram até sobre o nome do empresário Josué Alencar (PR) para vice. O rumo da conversa irritou o ex-ministro Marcos Pereira, que indicou que abandonaria o grupo se a discussão se precipitasse. Do bloco, o PRB de Pereira é o partido que mais resiste a apoiar a candidatura de Ciro Gomes. O pedetista teria hoje preferência no Solidariedade de Paulinho e no PP do senador Ciro Nogueira (PI), presente à discussão.

Para tentar reverter esse quadro, Alckmin lançou uma ofensiva junto ao Centrão. Em uma reunião com investidores na segunda-feira, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), coordenador político da pré-campanha de Alckmin, apresentou três nomes como potenciais candidatos a vice: Flávio Rocha, do PRB, Aldo Rebelo, do SD, e Mendonça Filho, do DEM.

Já Ciro tem modulado o discurso para atrair o DEM. Na semana passada ofereceu pedidos de desculpas a integrantes do partido que se sentiram ofendidos por declarações suas. Conselheiro do pedetista, o ex-ministro Mangabeira Unger declarou que não vê DEM como ‘um partido de direita’.

 

 

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Política Nacional

Tentativa de “esquema” em leilão de arroz falha e Neri Geller deixa cargo no MAPA

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O ex-deputado federal por Mato Grosso Neri Geller (foto do topo) entregou o cargo de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), depois de se envolver em tentativa de esquema de favorecimento no leilão de arroz realizado pelo governo federal. Diante da polêmica e do constrangimento, o governo federal cancelou o leilão.

A situação ganhou contornos depreciativos para Mato Grosso. Geller tentou esconder a informação de que ainda tem relação profissional com o socio-administrador da Foco Corretora de Grãos, intermediadora do leilão, Robson Luiz Almeida de França, que é seu advogado em ações na Justiça Eleitoral de Mato Grosso.

Para aumentar a desconfiança em torno da “operação” do governo do PT, no leilão realizado na quinta-feira da semana passada (06.06), o governo federal aceitou que mais da metade do valor negociado ficasse sob responsabilidade de um pequeno supermercado de Macapá (AC), de nome “Queijo Minas”. Caberia a esse estabelecimento entregar 147 mil toneladas do arroz comprado no leilão, no valor de R$ 736 milhões de reais, numerário totalmente descabido em relação ao porte do estabelecimento.

O esquema previa que caberia a um pequeno estabelecimento entregar 147 mil toneladas do arroz comprado no leilão, no valor de R$ 736 milhões de reais.

Não sobrou alternativa ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que anunciou nesta terça- feira a demissão de Neri Geller.

Diante da polêmica, o Governo Federal decidiu anular o leilão para compra de 300 mil toneladas de arroz importado realizado na semana passada. A confirmação partiu do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, juntamente com Fávaro e o ministro petista do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.

Pretto se apressou em afirmar que “nenhum centavo” do dinheiro público foi gasto até agora. “A segurança jurídica e o zelo com o dinheiro público são princípios inegociáveis. É isso que justifica a decisão tomada”, afirmou o presidente da Conab.

No entanto, o governo federal, através do presidente Lula, disse que haverá uma nova tentativa de realizar a operação, através de um novo leilão.

Tentativa

A previsão era de importação de 300 mil toneladas de arroz, com a entrega a ser realizada em três etapas, sendo 100 mil toneladas entre 10 de junho e 8 de setembro; 100 mil toneladas entre 9 de setembro e 9 de outubro; e outras 100 mil toneladas entre 10 de outubro e 8 de novembro.

Intervencionismo

Entidades ligadas a produtores rurais alegam que a iniciativa é intervencionista e desestimula a produção nacional de arroz. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chegou a ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 7664) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, pedindo a suspensão do leilão.

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