Com o tema “Do Diagnóstico à Ação: A necessidade de intervenções integradas”, o estudo mapeará vulnerabilidades e potencialidades para otimizar a gestão pública.
A busca por políticas públicas assertivas está mobilizando Tangará da Serra na elaboração de um amplo Diagnóstico Situacional e Social. O objetivo é identificar a realidade dos segmentos mais vulneráveis da população, garantindo que as futuras intervenções sejam baseadas em evidências e dados concretos.
Os trabalhos são conduzidos pela equipe técnica da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão do Norte de Mato Grosso (FAEPEN-MT), entidade vinculada à Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Sinop.
A contratação, realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, conta com o apoio do Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres (GPPM) e a anuência dos conselhos municipais. A coordenação está sob a responsabilidade da Dra. Aparecida de Fátima Alves de Lima, com o Dr. Raimundo Nonato da Cunha França como responsável técnico. O grupo de especialistas (foto do topo) inclui ainda os professores Ms. Cláudia Pezzini, Ms. Carolina Tito Camarço e o Dr. Josué Souza Gleriano.
Escopo e Público-Alvo
O levantamento será minucioso, abrangendo as realidades de pessoas idosas, pessoas com deficiência, população em situação de rua, crianças e adolescentes (incluindo o combate ao trabalho infantil) e realidade de gênero (meninas, mulheres e idosas).

Diagnóstico é uma “fotografia” detalhada e analítica da realidade para guiar ações transformadoras e mais conectadas às pessoas.
Para a secretária de Assistência Social, Márcia Kiss, a base científica é o que diferencia as políticas públicas eficientes. “Não se pode definir políticas públicas pelo ‘achismo’. O diagnóstico é o que nos tira da suposição e nos traz a segurança de investir onde é realmente necessário”, pontuou.
Investimento e Cronograma
Com um investimento de R$ 385 mil – custeado pelos fundos municipais do Idoso (FUMID), da Criança e do Adolescente, e da Mulher e, ainda, pela Secretaria Municipal de Assistência Social – o projeto será executado num período estimado de 15 meses.

Na última segunda-feira (15), o Comitê Gestor e a rede de proteção social reuniram-se no auditório do CME Profa. Tânia Arantes Junqueira para a apresentação das metodologias e cronogramas (foto acima). O Comitê terá o papel de articular, mobilizar e fiscalizar o andamento das ações da FAEPEN.
O que é o Diagnóstico Situacional?
O Diagnóstico Situacional e Social é uma ferramenta de pesquisa e análise que investiga profundamente a realidade de uma comunidade ou território, coletando dados sobre suas condições de vida, problemas (saúde, educação, saneamento, vulnerabilidades), potencialidades e necessidades sociais para subsidiar o planejamento de políticas públicas, ações e intervenções mais eficazes e humanizadas.
Ou seja, será uma “fotografia” detalhada e analítica da realidade para guiar ações transformadoras e mais conectadas às pessoas, com dados de diversas áreas (demográfica, econômica, cultural, ambiental) para criar um retrato fiel da situação, permitindo que gestores e equipes compreendam o contexto e priorizem soluções.
Com foco exclusivo na realidade, os trabalhos seguirão uma agenda de coleta de dados para avaliação do contexto socioeconômico, cultural, epidemiológico e ambiental. As fases seguintes incluem a identificação de necessidades (desafios como doenças crônicas, falta de acesso a serviços, riscos e vulnerabilidades) e o mapeamento de potenciais, com o apontamento de pontos fortes e recursos da comunidade e dos serviços existentes.