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Saúde Pública

Coronavírus: Novo balanço aponta para 2.201 contaminações e 46 óbitos no Brasil, mas casos podem passar dos 15 mil

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O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) chegou a 46, conforme atualização do Ministério da Saúde publicada hoje (24). Até ontem (23), o número de pessoas que vieram a óbito estava em 34. No domingo (22), era de 25, um aumento de quase 20 casos em apenas dois dias.

Os números foram apresentados na tarde desta terça-feira (24) em coletiva coordenada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis. O total de casos confirmados saiu de 1.891 ontem para 2.201 hoje, um acréscimo proporcional de 16% e de 310 em números absolutos.

O resultado de hoje marcou um aumento de 42% nos casos em relação a domingo, quando foram registradas 1.546 pessoas infectadas. Os casos de contaminação, porém, podem chegar passar dos 15 mil (ver abaixo em “Casos Omissos”).

As mortes continuam restritas a São Paulo, com 40 óbitos, e Rio de Janeiro, com 6 falecimentos. A taxa de letalidade saiu de 1,8% ontem (23) para 2,1% hoje.

Como local de maior circulação do vírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 810 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro (305), Ceará (182), Distrito Federal (160), Minas Gerais (130) e Santa Catarina (107).

Também registram casos confirmados Rio Grande do Sul (98), Bahia (76), Paraná (65), Amazonas (47), Pernambuco (42), Espírito Santo (33), Goiás (27), Mato Grosso do Sul (23), Acre (17), Sergipe (15), Rio Grande do Norte (13), Maranhão (oito), Alagoas, Tocantins e Mato Grosso (sete), Piauí (seis), Pará (cinco), Rondônia e Paraíba (três), Roraima (dois) e Amapá (um).

Casos omissos

O Brasil pode ter bem mais que os 2.201 casos de contágio pelo COVD-19. Foi o que confirmou na tarde desta terça-feira (24) o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, em entrevista coletiva concedida à imprensa nacional.

Gabbardo confirmou que apenas 14% dos casos de contaminação são detectados, restando 86% dos contágios sem o devido registro. Esta seria uma média mundial, segundo Gabbardo. Isso significa, portanto, que somente o Brasil teria algo entre 15 mil e 16 mil casos de contaminação pelo coronavírus, ao invés de apenas 2.201. Com estes números, o índice de casos de contágio seria de 7,44 por cada grupo de 100 mil pessoas.

Considerando o percentual de 86%, os casos no mundo inteiro saltariam dos atuais 350 mil para mais de 2,5 milhões, elevando para além de 32 o índice de contágio por cada grupo de 100 mil pessoas.

Segundo uma pesquisa do jornal Science e apoiada pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, os casos não detectados e não informados de coronavírus são os responsáveis pela maior parte das transmissões da doença.

Seis entre sete casos (86%) não foram reportados na China antes das restrições de viagens impostas na província de Hubei, epicentro da doença. Os pesquisadores seguiram os doentes.

O isolamento social é indicado pela Organização Mundial da Saúde como uma forma de conter a transmissão e o aumento do número de casos.

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Saúde Pública

Arboviroses: País soma 6,8 milhões de casos em 2024. Casos graves preocupam

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O Brasil já registrou 6.864.131 casos de arboviroses em 2024. Esse número – relativo à somatória de casos de dengue, zika e chikungunya – representa um coeficiente de incidência de 3.230 casos a cada 100 mil habitantes.

Do total acima, 6.590.575 são casos prováveis de dengue, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Com isso, o coeficiente de incidência da doença é de 3.061,1 casos a cada 100 mil habitantes. Os óbitos por dengue no país já somam 5.867.

De acordo com o painel (com dados até 30 de novembro e atualizados em 2 de dezembro), o Distrito Federal aparece em primeiro lugar em relação ao coeficiente de incidência da doença, com 9.879,5 totalizando 278.311 casos prováveis de dengue.

Minas Gerais possui o segundo maior coeficiente de incidência de dengue, sendo 8.234,0, mas o número de casos prováveis já passa de um milhão, com um total de 1.691.160. O estado mineiro fica atrás apenas de São Paulo em relação aos casos prováveis, cujo total chega a 2.147.916.

MT e Tangará da Serra

Mato Grosso apresenta números bem menores no ano. São 57.645 casos confirmados de arboviroses, sendo 37,4 mil de dengue, 19,8 mil de chikungunya e apenas 305 casos de zika. Esses números perfazem um coeficiente de incidência de 1.575,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Em Tangará da Serra, a situação é pior neste ano de 2024. São nada menos que 10.182 casos de arboviroses, sendo 4.183 de dengue, 5.946 de chikungunya e 53 de zika.

Ou seja, a incidência da doença em Tangará da Serra é três vezes maior que a do país e seis vezes maior que a de Mato Grosso. O município é o primeiro no estado em número de casos de arboviroses.

Casos graves

Com relação às regiões que apresentam os casos de dengue graves e com sinais de alarme se destacam Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado de São Paulo lidera, com 26.577 casos. Já Minas Gerais aparece na segunda posição, com quase 60% dos casos registrados em SP, totalizando 15.810. Paraná aparece em terceiro lugar, com 13.733, e o Distrito Federal em seguida, com 10.721 casos graves da doença. Já Roraima aparece com apenas 7 casos graves da doença no estado.

O Painel do MS mostra, ainda, que os casos prováveis de dengue no país se concentram na faixa etária de 20 a 29 anos – em que foram registrados 647.638 casos em 2024.

Em relação às demais arboviroses, em 2024, foram notificados 264.082 casos prováveis e 210 óbitos confirmados por chikungunya; 6.415 casos prováveis e nenhuma morte por Zika; 9.563 casos confirmados e dois óbitos por oropouche.

Plano de combate 

O Ministério da Saúde avança na segunda etapa do plano de ação para combater o avanço das arboviroses com foco na conscientização sobre os sintomas de dengue, zika e chikungunya e o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A nova etapa de conscientização da iniciativa vai até 28 de dezembro e tem como slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. O objetivo é incentivar a população a procurar as UBS’S ao identificar sinais, como:

– Manchas vermelhas no corpo;

– Febre;

– Dores de cabeça;

– Dores atrás dos olhos.

A mobilização faz parte do plano de ações do governo federal, que tenta combater os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil. As ações são coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.

O documento foi elaborado por pesquisadores, gestores e técnicos estaduais e municipais, além de profissionais de saúde que atuam diretamente com as comunidades e conhecem os desafios regionais para o combate das arboviroses.

O investimento anunciado pelo Ministério da Saúde é de R$ 1,5 bilhão para aplicar em seis eixos de atuação, como prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; e comunicação e participação comunitária.

(Redação EB, com Brasil 61)

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