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Infraestrutura & Logística

Conselho atesta conclusão da ZPE de Cáceres; Lentidão na logística e comunicação preocupam

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A Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (AZPEC) recebeu, no último dia 09, ofício informando o reconhecimento da conclusão das obras da estrutura física da ZPE. O ofício foi encaminhado exclusivamente ao presidente da AZPEC, Adílson Domingos dos Reis, que ao lado da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT)  conduziu os processos de instalação da estrutura física e da formalização legal do complexo.

No documento encaminhado à AZPEC pelo Conselho Nacional de ZPEs, a secretária executiva do órgão, Rosângela de Melo Ponte, consta o seguinte teor: “Nos termos do art. 30 da Resolução CZPE nº 29/2021, comunico que, após análise da documentação pertinente e vistoria in loco, realizada no dia 03 de julho de 2024, a Secretaria-Executiva do CZPE verificou a conclusão das obras de implantação da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres-MT, servindo o presente documento como competente ateste de conclusão do projeto de engenharia, conforme relatado na Nota Técnica SEI nº 1435/2024/MDIC (43240753), que segue em anexo para conhecimento (…) Congratulo a equipe envolvida no empreendimento e registro votos de que essa ZPE se consolide como força motriz do desenvolvimento econômico do Estado do Mato Grosso e, em especial, da região de Cáceres”.

Antes disso, em 20 de março último, o trabalho realizado pela AZPEC fez com que a ZPE de Cáceres tivesse referendado seu alfandegamento pela Receita Federal do Brasil, através de Ato Declaratório Executivo (ADE).

Presidente da Azpec, Adílson Reis (dir), juntamente com a Sedec-MT, esteve à frente do processo de instalação da estrutura física e da formalização legal da ZPE.

Assim, a Zona de Processamento de Exportação está apta a iniciar suas operações, restando, agora, a aprovação dos pedidos encaminhados ao CZPE pelas empresas com intenção de se instalarem no complexo. Até o momento, são quatro as empresas com pedidos em análise no conselho, sendo uma delas com reunião para decisão final programada para o mês de agosto.

Logística e comunicação

Para que a Zona de Processamento de Exportação de Cáceres seja atrativa e cumpra seu papel de agente de desenvolvimento regional e estadual, é indispensável que os governos federal e estadual agilizem a resolução do gargalo logístico hoje existente na área de influência da ZPE.

Para a ZPE é imprescindível a pavimentação da antiga extensão da MT-343, federalizada como BR-174 até Santo Antônio das Lendas, para facilitar o acesso aos terminais portuários.

Investidores consideram fundamentais as questões de acessibilidade e logística. Uma situação observada é a Hidrovia do Rio Paraguai, ainda por operar, e suas estações de transbordo de cargas APH, Paratudal e Barranco Vermelho, sendo as duas últimas ainda aguardando licença de instalação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

Por outro lado, para que a hidrovia seja uma realidade, é preciso que o governo federal libere a navegação no tramo norte do rio Paraguai, viabilizando um aparato logístico fundamental para escoamento da produção, agregando em competitividade com menor custo de frete, numa ligação com Corumbá e, dali para o tramo sul e para o exterior.

Terminais portuários aguardam licença de instalação, enquanto hidrovia aguarda liberação do tramo norte para começar a operar.

A acessibilidade na região de Cáceres também é outro quesito observado pelos empreendedores. Nesse aspecto, é imprescindível a pavimentação da antiga extensão da MT-343, federalizada como BR-174 até Santo Antônio das Lendas, para facilitar o acesso aos terminais portuários.

Outro ponto que preocupa é o pouco esforço do governo estadual, através das assessorias da Sedec-MT, em manter uma boa comunicação com a Administradora da ZPE de Cáceres (AZPEC). O que tem sido publicado simplesmente ignora a AZPEC e, ao que faz transparecer, tenta impor um viés político no complexo que vai além do papel institucional do governo do Estado.

Isso impõe dificuldades na interação entre governo e ZPE, o que pode ser percebido por pretensos investidores. Num ambiente de negócios, uma pretensa politização da estrutura da ZPE pode comprometer a atração de investimentos, uma vez que tal postura poderá significar, mais adiante, instabilidades nos mais diversos aspectos.

Indagada a respeito, a direção da AZPEC preferiu não se manifestar. Quanto à Sedec-MT, a redação tentou contato por telefone e por e-mail via Assessoria de Comunicação, mas não houve retorno até a publicação desse texto.

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Infraestrutura & Logística

Tangará da Serra pode integrar rota de expansão de rede ferroviária em Mato Grosso

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Tangará da Serra pode ser parte, em futuro próximo, de trajetos de ferrovias. A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira (17) pelo secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio José Sommavilla, durante comentário no programa Primeira Hora, na rádio Serra FM.

Segundo Sommavilla, a possibilidade foi externada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres e pelo Ministério dos Transportes, cujos representantes estiveram em Cuiabá na última sexta-feira (14), em audiência pública sobre o tema.

Segundo os órgãos federais, Tangará da Serra poderá estar na rota tanto para o trecho entre Lucas do Rio Verde e Vilhena, como no trecho desde Cuiabá até a já citada cidade rondoniense, dentro do contexto das ferrovias de Integração do Centro-Oeste (FICO) e de Integração Oeste-Leste (FIOL). “Nos deram essa esperança, na expansão da rede de ferrovias”, disse o secretário.

Representando o prefeito Vander Masson, Sommavilla fez uso da palavra, na última sexta-feira, na audiência pública (foto acima), em Cuiabá, defendendo a inclusão de Tangará da Serra nos projetos de expansão ferroviária.

Sommavilla: “Vai depender da nossa articulação política (…), de ficarmos atentos e participar das audiências públicas sobre as expansões e colocar esse pleito nas concessões”.

Os trilhos passariam pelo Chapadão dos Parecis, na área de domínio da BR-364, a cerca de 60 quilômetros do perímetro urbano de Tangará da Serra.

Porém, para viabilizar a conquista dessa logística, seria necessário mobilização especial. “Vai depender da nossa articulação política (…), de ficarmos atentos e participar das audiências públicas sobre as expansões e colocar esse pleito nas concessões”, observou Sommavilla.

Ele informa que uma audiência envolvendo essa expansão acontecerá em Cuiabá, no final de maio, possivelmente nos dias 26 e 27.

Por ser um projeto de execução a longo prazo, a chegada dos trilhos ainda é um sonho distante, mas realizável. “Pode demorar, mas vamos deixar um legado para as próximas gerações”, acrescentou o secretário.

Multimodalidade

A multimodalidade consiste na integração dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário.

A chegada dos trilhos representaria um grande avanço para a região no que se refere a logística de transportes. Com ferrovias passando pelo Chapadão dos Parecis, a região alcançaria a multimodalidade, já que a hidrovia do rio Paraguai, a partir de Cáceres, já é um pleito regional, já com unidades portuárias prontas para operar (caso do Terminal da APH) e licenciadas para construção (Paratudal e Barranco Vermelho), todas em Cáceres.

Outro aspecto a ser considerado e o porto seco que deverá ser implantado em Tangará da Serra, provavelmente na região próxima ao Jardim Industriário e bairro Alto da Boa Vista, às margens do Anel Viário.

Além da competividade proporcionada pela redução do custo do frete, a multimodalidade seria fundamental para reduzir o engargalamento sistêmico hoje verificado nas proximidades do porto de Miritituba, no Pará, em decorrência da grande produção de grãos e colheitas de enormes volumes na mesma época. Também será uma solução para outro problema sério enfrentado pela produção de grãos, que é a limitação da capacidade de armazenamento.

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