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Saúde Pública

Com aval do governo do MT, Hospital Central será administrado pelo Albert Einstein

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O governador Mauro Mendes sancionou, nesta quarta-feira (16), a lei que autoriza o Hospital Israelita Albert Einstein a administrar o Hospital Central em Cuiabá.

A medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa e, com isso, a unidade passa a ter o mesmo padrão de qualidade de atendimento e de procedimentos do Einstein, considerado o melhor hospital do país e o 22º melhor do planeta.

De acordo com o governador, na próxima semana o Governo de Mato Grosso vai assinar o contrato e, a partir de maio, deve começar os procedimentos para recrutamento, seleção, compra de insumos, equipamentos, instalações finais e acabamento.

Medida foi aprovada pela ALMT e, com isso, a unidade passa a ter o mesmo padrão de qualidade de atendimento e de procedimentos do Einstein.

Mendes acredita que ainda em setembro o maior e o melhor hospital de Mato Grosso já estará funcionando, e deve figurar entre os melhores do Brasil.

Mauro lembrou que a obra do Hospital Central ficou parada por 34 anos e, de um prédio abandonado há décadas, a unidade passará a ser uma referência em Saúde, atendendo os mato-grossenses com excelência.

Já o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, destacou a importância de ter na capital de Mato Grosso um hospital desse porte e com essa excelência no atendimento e na prestação de serviços.

Russi destacou que a Assembleia é parceira do Governo do Estado em todos os projetos que beneficiam a população.

O Hospital Central vai oferecer 100% dos serviços pelo SUS, Sistema Único de Saúde.

(Fonte: Sapicuá RN; Foto: Luciano Campbell)

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Saúde Pública

Solução para atraso de laudos de câncer está ao alcance do poder público

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  • Arlindo Aburad e Carlos Aburad

Enquanto o câncer avança silenciosamente, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) seguem aguardando por laudos que demoram semanas — e, em muitos casos, até meses — para serem liberados em Mato Grosso. Em um cenário onde cada dia conta, o tempo perdido entre a biópsia, o diagnóstico e o tratamento podem significar a diferença entre a cura e a morte. A solução? Já existe e depende apenas de vontade política e boa gestão para o poder público – Estado e Municípios – realizar parcerias com laboratórios particulares com custos totalmente viáveis.

A Lei nº 13.896, de outubro de 2019, garante aos pacientes do SUS com suspeita de câncer o direito à realização de biópsia no prazo máximo de 30 dias a partir da solicitação médica. No entanto, embora a coleta muitas vezes seja feita dentro do prazo, os laudos demoram muito além do razoável. É óbvio que apenas fazer a biópsia rapidamente não adianta. O tempo perdido com a longa espera do resultado pode atrasar muito o tratamento e levar o paciente à morte.

Arlindo Aburad e Carlos Aburad

Enquanto aguardam pelo resultado de um exame que pode definir o rumo de suas vidas, os pacientes vivem dias angustiantes. O medo do desconhecido, a incerteza quanto ao futuro e a impotência diante da espera prolongada afetam não só o doente, mas também seus familiares. Cada dia de atraso gera sofrimento emocional, ansiedade, insônia e, em muitos casos, depressão. A espera se torna um tormento, que consome a energia de quem já está vulnerável física e psicologicamente.

O tempo ideal para liberação de um laudo oncológico é imediato. A rapidez no diagnóstico é crucial para o início precoce do tratamento, com impactos diretos na sobrevida e na qualidade de vida do paciente. No entanto, a realidade da rede pública está muito distante disso. Pacientes têm relatado esperas superiores a 30 dias. Em laboratórios privados, se for feita a técnica de biópsia por congelação, o resultado é imediato. Em outros casos, que correspondem à maioria, os resultados saem em até cinco dias úteis. A disparidade entre a rede pública e privada é gritante e injustificável.

Os fatores que contribuem para esse cenário na saúde pública são muitos: ineficiência, falta de médicos patologistas e, principalmente, critérios de avaliação nas contratações públicas. Para se ter uma ideia de como o assunto é preocupante na região Centro-Oeste, em julho de 2024, o Hospital Universitário de Brasília precisou recorrer a outros hospitais federais por ter mais de 1.000 exames de câncer represados, com laudos atrasando entre 60 e 90 dias. A justificativa: falta de profissionais.

Em Campo Grande (MS), a situação também chegou a ser alarmante. Em fevereiro de 2025, 741 pacientes aguardavam exames de cintilografia, essenciais para detectar doenças como o câncer. O Ministério Público instaurou inquérito para investigar o caso.

Diante disso, é urgente que o poder público de Mato Grosso adote critérios técnicos para a contratação de serviços de diagnóstico. O tempo de liberação do laudo deveria ser considerado na contratação dos laboratórios, sejam públicos ou privados. O poder público deve buscar alternativas mais eficientes para resolver esse problema da demora da entrega de laudos de câncer. Uma das soluções mais viáveis a curto prazo é a formalização de parcerias com laboratórios particulares. O que importa é a eficiência na entrega do resultado. Não se pode ignorar a importância do diagnóstico rápido na vida das pessoas.

Além de parcerias, é essencial que os órgãos de controle, como o Ministério Público, fiscalizem ativamente o tempo de entrega dos laudos de câncer em laboratórios e hospitais que têm contrato com o poder público. A população não pode ficar à mercê do problema estrutural da saúde pública quando há alternativas perfeitamente viáveis.

O poder público precisa agir com responsabilidade e senso de urgência. A detecção precoce do câncer salva vidas — mas isso só é possível com agilidade, gestão eficiente, políticas públicas voltadas para contratações adequadas e priorização da dignidade humana. Não é apenas o corpo que adoece quando o diagnóstico atrasa. É a alma do paciente, é a esperança da família e é o tempo que escorre pelas mãos. A demora em um laudo de câncer pode custar a chance de cura, mas também destrói, dia após dia, a estabilidade emocional de quem espera por um fio de esperança. A solução não é apenas técnica. Ela é também humana, urgente e está ao alcance do poder público.

*Arlindo Aburad é dentista, doutor em Patologia Bucal pela USP     

*Carlos Aburad é médico patologista

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