TANGARÁ DA SERRA
Pesquisar
Close this search box.

Saúde Pública

Com 6.397 notificações, Tangará registra 20 casos de Zika; SES-MT com números confusos

Publicado em

Boletim epidemiológico divulgado na tarde desta segunda-feira (25.03) pela Secretaria Municipal de Saúde mostra Tangará da Serra com 6.397 notificações de arboviroses. Nas estatísticas, uma novidade: a ocorrência de casos de zika.

Das 6.397 notificações, 3.083 são de dengue e 3.294 de chikungunya. Os casos de zika somam 20.

Também transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a zika é semelhante à dengue e chikungunya. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Com os números desse último boletim, as arboviroses mostram um avanço de 141% – 3.746 novas notificações) em março, numa comparação com o mês anterior, fevereiro, quando ainda não havia registros de zika no município. Nesse período de 25 dias, a dengue somou 2.282 novos casos (avanço de 284%), enquanto a chikungunya tem 1.444 novos registros (aumento de 78% nas notificações).

(*) Na sequência, quadro comparativo entre os dias 29/02 e 35/03:

Estado

As evidências de subnotificações no restante do estado seguem de forma gritante. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) estão desatualizados, sendo o último informe com totalizações do último dia 20.

Porém, diante do alvoroço causado pelas arboviroses em todo o Estado – considerando a Semana “D” de combate à Dengue e o Tribunal de Contas do Estado alertando para que os prefeitos se empenhem no combate à doença – os números apresentados da pasta estadual mostram um total de 16.860 casos somados de dengue, zika e chikungunya.

As diferenças nos números são notáveis, pois enquanto em Tangará da Serra as notificações somam praticamente 6.400, município maiores mostram bem menos casos notificados. Os exemplos são Cuiabá, a capital, com ‘apenas’ 528 casos; Rondonópolis, com 239, e Sinop, com 396 notificações.

Para se ter uma ideia da confusão promovida pela pasta estadual em seus informes, os números informados nas regiões da Baixada Cuiabana e de Cáceres são idênticos. As duas regiões mostram os mesmos números em sequência, porém em municípios diferentes, mas com o mesmo total: 1.169 notificações. (Veja o quadro abaixo, do informe da SES-MT)

Comentários Facebook
Advertisement

Saúde Pública

País se mobiliza para combater arboviroses. Vigilância monitora casos em Tangará da Serra

Published

on

Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) está de olho em mais um vírus respiratório originado na China, as autoridades médicas brasileiras têm outra preocupação: as doenças causadas pelo Aedes aegypti — como dengue e chikungunya. O cuidado não é em vão. Em 2024, o país bateu recorde de casos e de mortes por dengue.

Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de dezembro passado foram 6,6 milhões de casos prováveis da doença e 6.022 mortes confirmadas. Outras 1.179 estão sendo investigadas.

Em Mato Grosso, os números das arboviroses mostraram 103,834 notificações, sendo 77.096 de dengue, 24.638 de chikungunya e 2,100 de zika. Estas doenças causaram 51 mortes no estado, 39 por dengue e 12 por chikungunya.

Mutirões foram uma constante ano passado no município, em razão da alta incidência das arboviroses.

Em Tangará da Serra, o quadro foi o mais preocupante em Mato Grosso. Foram 9.964 casos de arboviroses, a maioria (5.729) de chikungunya. Outros 4.182 casos foram de dengue e 53 de zika. Os óbitos somaram 10, sendo sete de chikungunya e 3 de dengue.

Em 2025

Neste ano de 2025, segundo boletim da Vigilância Epidemiológica, Tangará da Serra registra 03 notificações de dengue e 01 de chikungunya. O município, através da Vigilância, vem monitorando as ocorrências, com ações que incluíram, em dezembro, aplicação de inseticida nos bairros.

No país, porém, os dados são mais preocupantes. Só este ano, já são mais de 10 mil casos prováveis e 10 mortes em investigação. Segundo o médico sanitarista e professor da Universidade de Brasília, Jonas Brant, Estados Unidos, Europa e China vivem momentos diferentes do Brasil por conta da sazonalidade, por isso a preocupação maior deles neste momento é com as doenças respiratórias.

“No caso do Hemisfério Sul, onde o Brasil está inserido, a gente tem nessa época do ano, o aumento de outras doenças, como as doenças transmitidas por vetores, as diarreias. Então é importante a gente entender que, nesse contexto, eles estão num cenário preocupante, tá aumentando lá e tem que se organizar para enfrentar um surto de doença respiratória. No nosso caso, o risco maior agora do Brasil é a preocupação com dengue e Chikungunya”, destaca o médico.

Tangará da Serra sofreu uma epidemia de arboviroses em 2024. Só de chikungunya foram 5,7 mil casos.

O que esperar nesse ano

Diante do surto recorde de 2024, o Ministério da Saúde se antecipou nas ações de prevenção. Além da vacinação contra a doença, que cobriu jovens entre 10 e 14 anos, para o período sazonal 2024-2025, o Ministério anunciou o investimento de mais de R$ 1,5 bilhão na compra de mais doses da vacina. Valor que também será usado para a compra de insumos laboratoriais para ampliar a testagem, medicamentos para controlar a proliferação do mosquito e ainda mobilização e conscientização da população, além de suporte aos municípios para custeio assistencial.

10 minutos contra a dengue

O Ministério da Saúde aposta no apoio da sociedade para o combate ao mosquito — já que a participação de todos é fundamental para a eliminação dos focos — que continua sendo a forma mais efetiva de evitar a doença.

A campanha nacional de conscientização, lançada no ano passado, incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para fazer uma busca em casa e controlar os focos do Aedes aegypti.

Usar repelentes e telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas que ajudam a reduzir o número de infecções pela doença.

(Redação EB, com Brasil 61)

Comentários Facebook
Continue Reading

Envie sua sugestão

Clique no botão abaixo e envie sua sugestão para nossa equipe de redação
SUGESTÃO

Empresas & Produtos

Economia & Mercado

Contábil & Tributário

Governo & Legislação

Profissionais & Tecnologias

Mais Lidas da Semana