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Economia & Mercado

Causas e consequências: Dólar supera R$ 4,20 na maior alta desde criação do real

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Em um dia de oscilações no mercado financeiro, a moeda norte-americana teve uma pequena alta e fechou no maior valor da história. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 4,206, com alta de R$ 0,013 (0,3%).

Esse foi o maior valor nominal, sem considerar a inflação, desde a criação do real, em julho de 1994. É, também, a quarta alta sucessiva nos últimos dias da moeda, que operou todo o dia próximo da estabilidade.

Apesar de estar em baixa ao longo de quase toda a sessão, a cotação reverteu a tendência na hora final de negociação, até fechar próxima da máxima. A moeda acumula valorização de 4,91% no mês. O euro comercial fechou em R$ 4,66, com alta de 0,46%, também no maior nível da história.

Nas casas de câmbio a moeda norte-americana vendida para turistas já alcança os R$ 4,68.

A alta preocupa os brasileiros com viagem marcada para o exterior. Nas casas de câmbio a moeda norte-americana vendida para turistas já alcança os R$ 4,68. As cotações mais altas são encontradas pelos viajantes que optam pela compra do dólar no cartão pré-pago. O preço cobrado pela moeda norte-americana nesse tipo de operação varia de R$ 4,62 a R$ 4,68 nas casas de câmbio.

Bolsa

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia em baixa de 0,27%, aos 106.269 pontos. O indicador operou em alta durante quase toda a sessão, mas, assim como o dólar, reverteu a tendência na última hora de negociação e passou a cair.

Instabilidade

Nos últimos dias, o mercado financeiro tem sido afetado pelas turbulências em países da América Latina. Diversos países da região enfrentam problemas políticos, que pressionam investidores estrangeiros. As incertezas em relação ao fechamento de um acordo entre Estados Unidos e China, que enfrentam tensões comerciais, também têm contribuído para a instabilidade nos mercados globais. Principalmente depois de declarações de autoridades chinesas de que um acordo está cada vez mais difícil.

Consequências

Com o dólar em alta, o setor de commodities no Brasil deve ver melhora da rentabilidade, muito mais do que um ganho de competitividade, uma vez que já vem trabalhando com preços altos no mercado internacional, avaliou presidente de associação que reúne exportadores. “O dólar subindo não tem nenhum impacto hoje, porque a cotação das commodities hoje está tão elevada que a taxa de câmbio é apenas um fator de rentabilidade…”, disse José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Alta da moeda americana favorece exportação de commodities.

No setor turístico, a alta do dólar e a consequente desvalorização do Real, atrai turistas estrangeiros, que podem consumir e injetar dinheiro na economia. Isso irá melhorar a economia local e poderá melhorar a vida dos habitantes das regiões em que o turismo estrangeiro é maior, como a grandes capitais e cidades turísticas brasileiras.

Turista brasileiro nos Estados Unidos é um dos mais prejudicados com a alta do dólar.

Por outro lado, o turista brasileiro nos Estados Unidos é um dos mais prejudicados com a alta do dólar, pois consumir está ficando mais caro. O salário em real continua o mesmo, mas o câmbio para a moeda americana está aumentando o valor em moeda brasileira. Assim, está mais caro comprar dólar e comprar em dólar.

Para o turista, também há o preço das passagens aéreas que são quantificadas em dólar e, que, portanto, estão ficando mais caras. Isso pode gerar mais viagens para dentro do Brasil, em vez de viagens para o exterior.

Outra consequência que poderá ser vista em pouco tempo é o aumento de alguns preços, já que muitos componentes são importados e a moeda mais utilizada é o dólar americano. Assim, mesmo o consumidor comum começará a perceber aumento de preços em alguns setores da economia. E, dependendo de quanto o dólar subir, esse aumento de preços poderá se tornar generalizado, aumentando a inflação por aqui.

Produtos importados ficam mais caros com a disparada do dólar.

Essa inflação, que sempre começa afetando os produtos internacionais, importados, acaba também contaminando os produtos que, teoricamente não precisariam estar com seus valores baseados na moeda dos Estados Unidos. Isso é devido a muitos dos produtos serem comercializados em dólar para exportação, e, se eles são vendidos lá fora por um preço maior, o comerciante brasileiro acabará aumentando o preço aqui para não ter desvantagem na venda. Desse modo, há um círculo vicioso que empurra todos os preços para cima, independente de ter peças ou componentes dolarizados.

Nesse cenário, alguns importadores poderão fazer a escolha de comprar da indústria brasileira para não pagar mais caro, ou seja, vão movimentar mais o consumo dos produtos fabricados no Brasil, ocasionando um aumento de geração de empregos por aqui e, consequentemente, um aquecimento da economia para a indústria nacional. Esse movimento beneficia os empresários brasileiros que produzem por aqui, mas também motiva esses mesmos empresários a exportarem para ter um lucro maior.

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Economia & Mercado

Mato Grosso recebeu mais de 27 mil novas indústrias em 2024, aponta Jucemat

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Políticas públicas e ações estratégicas de atração de investimentos resultaram na abertura de 27.594 novas indústrias no Estado em 2024. Dados da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) apontam que o segmento com mais indústrias abertas foi o de transformação, com 13.776 unidades, seguidos do setor de construção, com 12.906.

Os programas de incentivos fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec) têm sido o principal chamariz para novas indústrias, conforme explica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Um exemplo é a indústria de refino de óleo vegetal de algodão, Icofort. A empresa é a primeira do estado com essa atividade e foi inaugurada no mês de setembro, em Nova Mutum. A Icofort inaugurou como beneficiária do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), a partir do início do seu funcionamento. Ao todo, a empresa gerou 156 empregos diretos e 600 indiretos.

Segundo a SEDEC-MT, incentivos fiscais têm sido o principal chamariz para novas indústrias.

César Miranda ressalta que essa crescente é fruto de um trabalho que vem sendo realizado há alguns anos.  “Mato Grosso é o Brasil que dá certo e a gestão do governador Mauro Mendes tem trabalhado para atrair investimentos que mudam a vida dos mato-grossenses. A Icofort exemplifica esse trabalho. Começamos as tratativas em 2021, até que a indústria se instalasse e começasse a operar este ano, gerando empregos e renda. Nós temos a segunda menor taxa de desemprego do país, sendo um reflexo de tantas oportunidades que apresentamos e construímos no Estado”, afirma o secretário.

O secretário ainda destaca que Mato Grosso detém o maior rebanho bovino e o maior produtor de grãos. “Desta forma, a Sedec tem atuado para estimular a industrialização no Estado, para que as commodities tenham seus produtos transformados no Estado”, diz.

O último dado divulgado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou Mato Grosso entre os cinco estados do país com maior avanço na produção industrial, com 0,8% de crescimento.

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