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Política Nacional

Bolsonaro pede apoio a nomes de peso do PIB

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O pré-candidato a presidente da República falou para um grupo seleto do PIB brasileiro

Rio e São Paulo – O deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL à Presidência, se reuniu nesta terça-feira, 3, em São Paulo, com grandes empresários do País numa investida para se apresentar como nome comprometido com o ideário liberal na economia. A convite de Abilio Diniz, Bolsonaro falou durante uma hora e meia para um grupo seleto do PIB brasileiro. Após o encontro, parte dos convidados manifestou, sob reserva, preocupação com a falta de uma agenda econômica consistente do pré-candidato.

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto na disputa presidencial nos cenários em que o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato – é excluído.

O encontro ocorreu pela manhã na sede da Península, empresa de investimentos da família de Abilio, e teve a presença de nomes como Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, David Feffer, presidente do conselho de administração da Suzano, José Roberto Ermírio de Moraes, membro do conselho do grupo Votorantim, Pedro Wongtschowski, presidente do conselho do Grupo Ultra, e Marcelo Martins, vice-presidente da Cosan. Procurados, eles não quiseram conceder entrevista.

Um dia antes do evento, Bolsonaro se encontrou com o economista Paulo Guedes, no Rio, para falar do programa e se preparar. A conversa durou cerca de três horas e teve a participação dos também economistas Abraham Weintraub, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Arthur Weintraub, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que fazem parte do grupo montado por Guedes para apoiar o presidenciável do PSL. Política:Após encontro, Bolsonaro diz que aproximação com empresários é ‘natural’ 

“Não vou aprender em um curso intensivo de economia, mas sei falar em um nível macro com o Paulo Guedes, assim como converso de Forças Armadas com o general Augusto Heleno”, disse.

Informal

Segundo relatos, Bolsonaro iniciou o encontro com um pequeno discurso. Sem seguir um roteiro fechado, fez uma apresentação informal, mas talhada para o público presente: falou em formar um governo que ajude a descomplicar o ambiente de negócios do País e de um Estado que não atrapalhe os empreendedores, segundo relatos de presentes, que falaram sob reserva.

Não recebeu críticas sobre o conteúdo de sua explanação, mas foi alvo de muitas perguntas sobre como, uma vez no Palácio do Planalto, pretende entregar a plataforma prometida. Sem detalhar, Bolsonaro afirmou que não vai negociar cargos em troca de votos. Mesmo assim, se disse confiante em sua capacidade de montar uma coalizão no Congresso.

O deputado se posicionou a favor de reformas e voltou a falar na redução do número de pastas na Esplanada. Disse que vai montar um Ministério de “notáveis”, mas limitou-se a citar o nome de Paulo Guedes para a equipe. O economista liberal, sócio da Bozano Investimentos, se tornou guru de Bolsonaro e é apontado por ele como seu ministro da Fazenda.

‘Simplista’

Uma fonte que esteve presente, mas que preferiu não se identificar, afirmou que Bolsonaro falou com fluidez de segurança pública, sua principal bandeira, mas de maneira “simplista” sobre outros temas. Ao dizer que não precisa entender de economia para ser presidente, por exemplo, não deixou boa impressão.

Ao fim do encontro, porém, alguns perguntaram como poderiam ajudar o deputado ao longo da campanha. Ouviram que ideias são bem-vindas.

Bolsonaro tem participado de eventos setoriais e chegou a dar uma palestra para investidores a convite do banco BTG, mas vinha relutando em participar de reuniões fechadas com grandes empresários.

O pré-candidato foi à reunião acompanhado do filho Eduardo, que é deputado pelo PSL, e de Frederico d’Avila, diretor da Sociedade Rural Brasileira e um de seus colaboradores no programa de governo. Segundo relatos, manteve o tom informal até o fim. Disse que quase todos ali deviam ter mais preparo intelectual que ele para estar na Presidência, mas que ele tinha algo que nenhum dos presentes possuía: condição de chegar lá.

O encontro foi iniciativa de Abilio, um dos maiores acionistas do Carrefour, e de Rubens Ometto, dono da Cosan – que não compareceu, mas já havia tido encontro com Bolsonaro. Outras reuniões serão feitas. Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) já foram convidados.

 

Fonte: em.com.br

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Política Nacional

Tentativa de “esquema” em leilão de arroz falha e Neri Geller deixa cargo no MAPA

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O ex-deputado federal por Mato Grosso Neri Geller (foto do topo) entregou o cargo de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), depois de se envolver em tentativa de esquema de favorecimento no leilão de arroz realizado pelo governo federal. Diante da polêmica e do constrangimento, o governo federal cancelou o leilão.

A situação ganhou contornos depreciativos para Mato Grosso. Geller tentou esconder a informação de que ainda tem relação profissional com o socio-administrador da Foco Corretora de Grãos, intermediadora do leilão, Robson Luiz Almeida de França, que é seu advogado em ações na Justiça Eleitoral de Mato Grosso.

Para aumentar a desconfiança em torno da “operação” do governo do PT, no leilão realizado na quinta-feira da semana passada (06.06), o governo federal aceitou que mais da metade do valor negociado ficasse sob responsabilidade de um pequeno supermercado de Macapá (AC), de nome “Queijo Minas”. Caberia a esse estabelecimento entregar 147 mil toneladas do arroz comprado no leilão, no valor de R$ 736 milhões de reais, numerário totalmente descabido em relação ao porte do estabelecimento.

O esquema previa que caberia a um pequeno estabelecimento entregar 147 mil toneladas do arroz comprado no leilão, no valor de R$ 736 milhões de reais.

Não sobrou alternativa ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que anunciou nesta terça- feira a demissão de Neri Geller.

Diante da polêmica, o Governo Federal decidiu anular o leilão para compra de 300 mil toneladas de arroz importado realizado na semana passada. A confirmação partiu do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, juntamente com Fávaro e o ministro petista do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.

Pretto se apressou em afirmar que “nenhum centavo” do dinheiro público foi gasto até agora. “A segurança jurídica e o zelo com o dinheiro público são princípios inegociáveis. É isso que justifica a decisão tomada”, afirmou o presidente da Conab.

No entanto, o governo federal, através do presidente Lula, disse que haverá uma nova tentativa de realizar a operação, através de um novo leilão.

Tentativa

A previsão era de importação de 300 mil toneladas de arroz, com a entrega a ser realizada em três etapas, sendo 100 mil toneladas entre 10 de junho e 8 de setembro; 100 mil toneladas entre 9 de setembro e 9 de outubro; e outras 100 mil toneladas entre 10 de outubro e 8 de novembro.

Intervencionismo

Entidades ligadas a produtores rurais alegam que a iniciativa é intervencionista e desestimula a produção nacional de arroz. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chegou a ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 7664) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, pedindo a suspensão do leilão.

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