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Agronegócio & Produção

Armazenamento em nuvens melhora gerenciamento de propriedades rurais durante pandemia

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Mais de dois mil quilômetros separam o produtor rural Eduardo Godoi da Agropecuária Reunidas do Papagaio (onde é sócio). A distância foi minimizada graças à tecnologia. Atualmente morando em São Paulo, Godoi acompanha a rotina diária da propriedade localizada em Sapezal-MT, por meio de um processo que foi acelerado com a chegada da pandemia.

“Esta nova situação trouxe a digitalização de documentos e contratos e compartilhamento de arquivos em nuvem, que já estávamos planejando há tempos”, afirma.

Devido às restrições para prevenção e combate à Covid-19, as viagens à propriedade se tornaram menos frequentes e, segundo o produtor, é possível manter uma boa gestão, mesmo estando longe, apesar da tecnologia não substituir as visitas presenciais. “Não sou a favor de resolver tudo de forma online, mas têm coisas que se adaptam e ajudam a controlar a ansiedade por conta da distância e da circunstância”.

Em Rondonópolis, o compartilhamento em nuvens tem auxiliado o gerenciamento do grupo Petrovina Sementes, desde janeiro.  A propriedade conta com um projeto consolidado de conectividade em 12 máquinas (entre tratores e autopropelidos). A ideia consistiu em instalar antenas, roteadores wifi e internet via rádio, em cada equipamento, para captar informações exatas do plantio. Os dados são enviados via internet para a nuvem da empresa e são acessados em tempo real no escritório da propriedade.

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“Antes pegávamos os dados diretamente nas máquinas somente no fim da operação, entre 17h30 e 19h. Geralmente gastávamos 30 minutos em cada máquina, ou seja, uma hora em cada fazenda”, explica o coordenador de agricultura digital e analista de sistemas, Pedro Mokfa.

Desafios – Ambas as propriedades, de Rondonópolis e Sapezal, são acompanhadas pelo Agrihub, um programa do Sistema Famato responsável por fazer a interligação entre produtores rurais e o desenvolvimento tecnológico. As inovações são uma forma dos produtores se adaptarem à nova realidade, porém, há grandes desafios a serem vencidos, como a conectividade no campo.

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 71 municípios de Mato Grosso possuem cobertura de internet abaixo de 20% na zona rural. Em pesquisa feita pelo Agrihub com sete propriedades acompanhadas pelo Projeto Rede de Fazendas Alfa, apenas 18% possuem a tecnologia 4G e 66,67% consideram a internet instável.

Apesar dos índices ruins, para o head do Agrihub, Otávio Celidônio, a pandemia mudou a relação entre produtores rurais e inovações tecnológicas. “Hoje os produtores estão mais abertos para o uso de tecnologia por conta da pandemia, porque a internet que era uma alternativa para ganhar mais, em alguns casos passou a ser uma única opção”.

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Segundo Celidônio, a tecnologia tem ajudado os produtores até em compras de insumos e vendas de produtos. “Existem diversas plataformas online para comprar defensivos e fertilizantes. Alguns aplicativos permitem um pool de compras, em que produtores se unem para comprar mais barato”.

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Dr. João quer linha de crédito para elevar padrão genético do gado de pequenos produtores

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O deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Doutor João, do MDB, apresentou, recentemente, um projeto de lei que cria uma linha de crédito específica para impulsionar a melhoria genética da bovinocultura no estado.

A proposta, resultado dos debates da Câmara Setorial Temática dos Zebuínos, instalada na Casa de Leis por iniciativa do próprio parlamentar em 31 de março último, altera a Lei que define as diretrizes para o orçamento de 2025, incluindo um inciso que prevê recursos para aquisição de touros de seleção, custeio de insumos, treinamentos e assistência técnica.

A medida visa modernizar a pecuária mato-grossense, com foco nos pequenos e médios produtores, e reforça o compromisso do parlamentar com o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário.

Dr. João: “Cerca de 56% das propriedades rurais de Mato Grosso tem até 100 cabeças de gado”.

O projeto estabelece que os touros adquiridos com a linha de crédito devem ser avaliados por entidades ou associações de melhoramento genético oficialmente reconhecidas, com certificação de desempenho e conformação genética.

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A iniciativa busca garantir que os reprodutores utilizados elevem a qualidade do rebanho, promovendo maior produtividade e rentabilidade.

De acordo com o deputado, cerca de 56% das propriedades rurais de Mato Grosso tem até 100 cabeças de gado.

Ele lembrou que esses pequenos e médios produtores muitas vezes utilizam touros sem avaliação genética, o que limita o potencial econômico do rebanho.

A proposta nasceu de discussões técnicas que reuniram representantes de entidades de classe, órgãos públicos e especialistas na Câmara Setorial.

Durante os debates, foi apontado que aproximadamente cinco milhões de fêmeas no estado são cobertas por touros sem procedência genética, resultando em perdas de oportunidade produtiva.

Doutor João disse ainda que a utilização de touros melhoradores pode gerar um ganho de até 400 reais por animal, além de elevar o padrão de qualidade do rebanho.

(Redação EB, com Sapicuá RN)

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