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Alternativa: Entidades articulam maior geração de energia a partir de resíduos

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Uma frente formada por quatro associações setoriais será lançada hoje (2) para buscar soluções destinadas à ampliação do aproveitamento energético dos resíduos sólidos no Brasil. Assinarão remotamente o Acordo de Cooperação para Recuperação Energética de Resíduos a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a Associação Brasileira de Empresas Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

O avanço da geração de energia a partir dos resíduos depende da erradicação dos lixões e sua substituição por aterros sanitários, o que já deveria ter acontecido segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Cerca de 41% dos resíduos coletados no país ainda são destinados a instalações inadequadas, onde não é possível o aproveitamento para geração de energia. A frente defende o fechamento de 3 mil lixões e o investimento público e privado em aterros sanitários regionais, que atendam a municípios vizinhos.

Avanço da geração de energia a partir dos resíduos depende da erradicação dos lixões e sua substituição por aterros sanitários.

Segundo a frente empresarial, os 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos anualmente pelo Brasil têm potencial para gerar energia elétrica suficiente para abastecer o estado de Pernambuco, o que representa 3% do consumo nacional de eletricidade. Grande parte desse potencial não é aproveitado porque 7 milhões de toneladas sequer são coletadas, e quase 30 milhões vão parar em lixões. Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019, publicado pela Abrelpe. O diretor-presidente da associação, Carlos Silva Filho, explica que a frente vai buscar a superação de questões regulatórias e de compartilhamento de tecnologia, para aumentar a segurança jurídica e econômica do setor e permitir que ele cresça no pós-pandemia.

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“É uma tendência que tem sido observada nos demais países, em que justamente os setores ambientais, de infraestrutura e saneamento serão os que vão puxar a retomada dos investimentos pós-pandemia”.

Para o presidente da Abetre, Luiz Gonzaga, as dificuldades econômicas trazidas pela pandemia vão exigir maior participação do setor privado nos cerca de R$ 15 bilhões em investimentos que o setor vai requerer nos próximos 10 anos para promover a recuperação energética dos resíduos. Ele destaca que, além desse esforço, é preciso aprimorar a parte operacional dos aterros. “Aterros são equipamentos que duram 20 a 25 anos e, para isso, precisam de boa operação. Temos casos no Brasil em que o Poder Público construiu aterros, que, por falta de priorização de recursos, retornaram para a condição de lixões”.

Cerca de metade desses resíduos sólidos urbanos é de lixo orgânico, o que também pode ser aproveitado para a produção de biogás. Segundo a ABiogás, 80% desse combustível no país já são produzidos em estações de tratamento de esgoto e aterros sanitários, apesar de apenas metade dos resíduos orgânicos terem esses aterros regulares como destino final.

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O presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, avalia que o Brasil é o país do mundo com maior potencial para a produção do combustível, uma vez que, além dos resíduos urbanos, há os gerados pela agroindústria. No caso do biogás, ele vê o cenário regulatório já bem encaminhado para o momento posterior à crise. “Temos modelagem econômica comprovada,viabilidade financeira, financiamento disponível e a parte regulatória está pronta. A gente está maduro para colher esses frutos”.

Signatária do acordo, a indústria do cimento busca aumentar a utilização dos resíduos para a geração da energia que alimenta os fornos de suas unidades. Com a ampliação, o consumo de coque, combustível fóssil, deve cair de 85% para 45%, reduzindo o custo e a emissão de CO2. Presidente da ABCP, Paulo Camillo Penna afirma que o setor já enfrenta um cenário de crise desde 2014 e acredita que investimentos em tecnologia  podem atenuar os impactos das dificuldades econômicas.

“Não se trata de vantagens específicas de um ou outro setor, mas de uma geração de valor que vai beneficiar a sociedade”, afirma ele, que prevê R$ 2 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos para consumir o equivalente a 300 mil caminhões compactadores de lixo.

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INMET emite alerta para início de período de baixa umidade do ar em Mato Grosso

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Após um período chuvoso farto, bem acima dos 2.000 milímetros em Mato Grosso e com chuvas até junho, o estado ingressa neste sétimo mês do ano num período de baixa umidade do ar.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a baixa umidade deixa o estado, nesse momento, em grau de severidade moderada, com índices variando entre 30% e 20%. A partir de agora, já há baixo risco de incêndios florestais, enquanto a saúde começa a exigir maiores cuidados em relação à secura.

Dados históricos apontam que a umidade média é de cerca de 56% no mês de julho, sendo agosto o pico de secura (média 47%). Porém, nesta semana, o INMET emitiu um alerta com índices de umidade variando entre 12% e 30%, especialmente nas regiões norte, nordeste, noroeste e sul de MT.

Em Tangará da Serra, a umidade relativa do ar poderá descer aos 29% essa semana, na próxima sexta-feira (11.07), nas horas mais quentes do dia. À noite, os índices ainda ficam acima dos 70%. (Veja quadro acima)

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A Defesa Civil já orientou que, em ambientes com umidade abaixo de 30%, surgem sintomas como ressecamento da pele e mucosas, irritação nos olhos e sangramento nasal.

Temperaturas

O frio que açoitou grande parte de Mato Grosso na semana passada, deu lugar a temperaturas mais elevadas, com máximas previstas acima dos 30°C para esta semana. As mínimas não baixam dos 15°C nas madrugadas, numa amplitude térmica que pode chegar aos 16°C do dia para a noite.

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