O ex-deputado estadual Wagner Ramos entrou em contato com o Enfoque Business e negou que tenha participado do “jogo sujo” conhecido como ‘Mensalinho’, que consta em proposta de delação do também ex-deputado José Geraldo Riva.
“Na realidade, é uma tentativa de delação do Riva e o que eu tenho pra falar é que é uma estratégia de defesa que ele apresenta desde que saiu da política pra tentar se livrar da prisão, pois já tem muitos anos de condenação. E quanto mais pessoas ele citar, mais tempo a justiça terá que ouvir a todos até a conclusão de tudo, o que levará muito tempo”, expôs.
O ex-deputado e atual assessor da Casa Civil, no governo do Estado, disse que se tivesse ganho tanto dinheiro (mais de R$ 4 milhões, segundo documento entregue por José Riva ao Ministério Público Estadual), não teria de trabalhar por um salário de R$ 7 mil (líquido), nem sua esposa teria que trabalhar como professora em três turnos. “Estaria tranquilo se tivesse ganho esta dinheirama toda. Mas não tenho patrimônio, a não ser minha casa e dois carros financiados”, defendeu-se.
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Wagner: “Não mereço isso. Querem me colocar como bandido. Não sou bandido, nem corrupto!”.
Wagner também diz que a exposição do seu nome em supostos escândalos faz parte de uma ação orquestrada por opositores e parte da mídia. “Não mereço isso. Querem me colocar como bandido. Não sou bandido, nem corrupto! Quando deputado, fiz muita coisa por Tangará da Serra e a região que representava”, disse.
Ele cita que, como deputado, conquistou para Tangará da Serra quatro escolas novas (29 de Novembro, João Batista, Jonas Lopes e Antônio Hortolani, esta última no distrito de São Joaquim), pavimentação de parte do anel viário da cidade, UTI para o hospital municipal, o Centro de Hemodiálise, e as reformas dos prédios do Centro de Formação de Professores (CEFAPRO) e da Assessoria Pedagógica.
Outras conquistas elencadas por Wagner enquanto atuou como deputado foram núcleos habitacionais populares, como o Jardim Barcelona, e a conversão da então 2ª Companhia da Polícia Militar, em Tangará da Serra, no 19ª Batalhão e a implantação do VII Comando Regional da PM, cuja sede era em Rosário Oeste, além da implantação da Escola Técnica Estadual. “Consegui uma verba de R$ 2 milhões para que o município pudesse transferir o hospital municipal, que ficava no prédio do antigo Materdei, para as novas instalações. Consegui muita coisa. Lutei Por Tangará da Serra e região”, completou.
Candidatura
Ramos nega que esteja cogitando uma candidatura a prefeito em Tangará da Serra e reitera que está buscando provas da sua inocência. “Já disse isso e repito: Enquanto não conseguir algum documento provando que nada tenho a ver com tudo isso, não concorro a mais nenhum cargo público”, finalizou.