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Saúde Pública

Tangará da Serra: Risco de 116 óbitos e 74 mil infectados indica continuidade da quarentena e restrições ao comércio

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A previsão de 74 mil infectados e 116 óbitos no município de Tangará da Serra deverá motivar a continuidade do isolamento social e das restrições ao funcionamento do comércio na cidade. Por hora, ficam mantidas as medidas de contenção ao menos até 20 deste mês. As medidas, porém, ainda serão avaliadas pelo Comitê Interinstitucional de Prevenção e Monitoramento do coronavírus na cidade.

A possibilidade nefasta de contaminação e óbitos em escala consta em postagem em conta de aplicativo de rede social da coordenadora de Vigilância Sanitária do município, Juliana Herrero e tem como base o programa covid-calc.org, que considera como parâmetro a população estimada de 2019 do município, de 103 mil habitantes, sobre a qual se aplica três índices para estimativa de contaminação (71,95%), hospitalização (0,47%) e óbito (0,13%). Pelos parâmetros, os infectados chegariam do ápice da pandemia, em maio, até meados de setembro, a 74 mil infectados em Tangará da Serra, com 485 hospitalizados e 116 óbitos.

Estrutura

No post, Juliana Herrero detalha as atuais condições do município, especialmente quanto ao Hospital Municipal (foto). “Uma situação é a capacidade de estrutura física para montar 20 leitos de Uti exclusivos para covid, outra é estar montados”, escreveu.

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Ela acrescenta que, hoje, o município conta com apenas 1 leito completo pronto e 8 respiradores. “Porém não é só com respiradores que montamos o leito para estar apto a receber o paciente. Estamos trabalhando dia e noite, porém a escassez de materiais relacionados às necessidades de UTI é mundial”, destacou.

Por outro lado, Juliana informa que o município deverá receber 12 respiradores nos próximos dias. “Estamos em processo de compra de 12 respiradores para entrega nos próximos dias, estamos fazendo as compras dos outros equipamentos necessários para montar esses 20 leitos”, revelou e faz um apelo: “Precisamos de união, o que pedimos é um pouco mais de tempo para termos uma estrutura capaz de atender casos graves”.

A conclusão de Herrero, portanto, é lógica: “Nesse momento o isolamento social é recomendado, pois não temos 50% dos leitos de UTI prontos. A responsabilidade é de todos nós”.

Cloroquina, quadro mundial e disciplina

Ainda no post, uma internauta indaga sobre o uso de cloroquina no município para tratamento da COVID-19, ao que a coordenadora responde: “Sim, tudo que tiver evidências científicas será usado. Vamos proteger nossa população”.

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Juliana, destaca ainda que o quadro em Tangará da Serra e no estado ainda é tranquilo em comparação com a conjuntura mundial relacionada à pandemia. “Problemas são inevitáveis, países de primeiro mundo estão escolhendo quem deve morrer sem assistência. Não queremos isso no nosso município”, colocou.

Por fim, a coordenadora ressalta a importância da disciplina da população quanto à manutenção da quarentena. Há preocupação quanto ao descaso de parte da população quanto à própria segurança nesta fase de pandemia. “Precisamos de apoio, porque se os profissionais da saúde não tiverem apoio, não resolve ter estrutura. Máquinas não salvam vidas sozinhas”, finalizou.

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Saúde Pública

Governador diz que fechará a Santa Casa. Brunini cogita municipalização da estrutura

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“Nós alugamos um prédio, construímos uma casa nova 100 vezes melhor … e vamos mudar todo o serviço lá para dentro”. A afirmação é do governador Mauro Mendes, ao referir-se à Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, em entrevista à imprensa da capital, na última terça-feira (08).

Mendes afirmou que já falou mais de 10 vezes sobre esse assunto. Segundo ele, a decisão anunciada há meses segue inalterada, apesar de protestos recentes realizados por médicos, pacientes e representantes da comunidade.

Segundo o governador, o imóvel não pertence ao estado, mas ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT‑MT), que o aluga para o Estado por mais de R$ 400 mil/mês. Mendes argumenta que O novo Hospital Central, a ser entregue entre agosto e setembro de 2025, foi construído com infraestrutura moderna, mais leitos e melhores condições para absorver os atendimentos atuais.

Segundo o governador, todos os atendimentos da Santa Casa serão transferidos para o Hospital Central ou outras unidades estaduais já existentes (como o Hospital de Câncer e Hospital Geral).

O anúncio gerou reações. O deputado Dr. João (MDB) alertou que cerca de 500 pacientes, incluindo crianças em quimioterapia pediátrica e hemodiálise, dependem da Santa Casa de Misericórdia. Ele afirmou haver consenso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso de que o fechamento não pode ocorrer sem um plano.

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Para o parlamentar com base eleitoral em Tangará da Serra, o tema exige uma discussão ampliada, a começar pela Comissão de Saúde da ALMT, com a inclusão de, por exemplo, o Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça. “Tem quase 500 pessoas fazendo quimioterapia e radiotrerapia, tem quase 100 crianças fazendo quimioterapia pediátrica. Vão pra onde? No Hospital Central não tem, no Hospital Geral e no Hospital do Câncer não tem vaga… É isso que tem que pensar”, afirmou Dr. João.

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, afirmou que a Santa Casa de Misericórdia está sendo “deixada de lado” e criticou a falta de interesse dos demais em encontrar uma solução para o hospital, que é o mais antigo do estado.

Municipalização é alternativa

Em abril desse ano, o governo chegou a aventar a possibilidade de municipalização, transferindo a gestão da Santa Casa para a prefeitura de Cuiabá, mas o assunto não progrediu.

Um mês depois, em maio, durante audiência pública, foi proposta criação de uma parceria público-privada (PPP), venda ou doação do imóvel ao município, com quitação de dívidas trabalhistas e manutenção de serviços. Também não houve avanço.

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Além da prefeitura da capital, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tentam influenciar e defender que a Santa Casa se mantenha aberta, sob outra gestão.

Após a declaração de Mendes, Abilio Brunini disse que estuda assume a unidade, mesmo sem condições financeiras para custear a compra do imóvel. O prefeito revelou que estuda a possibilidade de a própria prefeitura assumir o compromisso de compra do prédio, com um acordo judicial que permita o parcelamento da dívida, a fim de preservação do hospital e sua função social.

Nesta quarta-feira, a Câmara Municipal de Cuiabá realiza uma audiência pública convocada pelo vereador Alex Rodrigues, do PV, para discutir sobre o fechamento definitivo da Santa Casa de Misericórdia. O encontro vai reunir autoridades, profissionais da saúde, representantes da sociedade civil e da comunidade em geral.

A Santa Casa, fundada há mais de um século, tem um histórico de importância no atendimento hospitalar da capital e sua desativação tem gerado preocupação em diversos setores.

Durante a audiência, também serão discutidas alternativas para o uso do prédio, a redistribuição de atendimentos e o impacto na rede de saúde pública de Cuiabá.

#santa casa; #cuiabá; #governo do estado

(Foto: Secom-MT)

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