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Saúde Pública

Tangará da Serra: CHM concentrará a maior parte dos R$ 33 milhões em recursos federais para combate à pandemia

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Grande parte dos R$ 33 milhões que o município de Tangará da Serra irá receber do governo federal para combate ao novo coronavírus será aplicada no Centro Hospitalar Municipal, na manutenção de equipamentos e recursos humanos (pessoal). Outra parcela dos recursos será investida em assistência social e outras atividades voltadas ao enfrentamento da pandemia.

Os recursos deverão ser depositados ainda nesta primeira quinzena do mês de maio na conta do governo do Estado, que por sua vez efetuará os repasses aos municípios.

O Complexo Hospitalar Municipal (CHM) de Tangará da Serra precisa custear suas despesas com manutenção de 17 leitos de UTI para internação de pacientes acometidos pelo COVID-19 (coronavírus). Pacientes com outras enfermidades (sem coronavírus) que precisam de internação vão para o hospital Clínica da Criança, alugado pelo município para o período de pandemia.

A estrutura do CHM prevê 13 unidades de tratamento intensivo instaladas na ala própria para este fim e outros quatro leitos exclusivos para crianças acometidas pelo coronavírus na ala correspondente ao centro cirúrgico. Porém, o município dispõe no momento oito leitos com respiradores destinados exclusivamente a pacientes do município. O município aguarda a disponibilização dos valores para a entrada em operação da estrutura completa.

O CHM ainda conta com 80 leitos para pacientes com coronavírus em situação moderada. Estes leitos poderão chegar a 102, conforme a necessidade. As atividades no CHM serão realizadas com profissionais médicos intensivistas, profissionais de enfermagem e técnicos que se revezarão ao longo de 180 plantões/mês.

R$ 1 bi para o MT

Cuiabá dever receber do Governo Federal mais de R$ 200 milhões que serão destinados para o combate ao Covid-19.  Ao total, 141 cidades de Mato Grosso serão agraciadas com R$ 1,139 bilhão. Veja a divisão dos valores na galeria ao final do texto.

Recurso faz parte da divisão de R$ 25 bilhões para os municípios realizada pelo Governo Federal, nos termos do Programa Federativo de Enfrentamento ao novo coronavírus.

Entre as maiores cidades de MT, Várzea Grande receberá pouco mais de R$ 92 milhões, Rondonópolis R$ 76 milhões, Sinop R$ 46 milhões, Tangará da Serra R$ 33 milhões, Cáceres R$ 30 milhões, Lucas do Rio Verde R$ 21 milhões, Primavera do Leste R$ 20 milhões, Barra do Garças R$ 19 milhões, Pontes e Lacerda R$ 14 milhões e Alta Floresta R$ 16 milhões.

De acordo com a Agência Senado, Parte desses recursos também serão utilizados para o pagamento de profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). As verbas serão transferidas de acordo com a população de cada ente federado, calculada a partir dos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Totais

A União repassará R$ 60 bilhões a estados, Distrito Federal e municípios em quatro parcelas mensais e iguais, durante o exercício de 2020. A divisão é a seguinte: R$ 10 bilhões para ações de saúde e assistência social, divididos entre estados e Distrito Federal (R$ 7 bilhões), e municípios (R$ 3 bilhões) e os outros R$ 50 bilhões, sendo a metade (R$ 25 bilhões) para estados e Distrito Federal, e a outra metade (R$ 25 bilhões) para municípios.

Essa verba deverá ser aplicada pelos poderes executivos locais em ações de enfrentamento à covid-19 e na mitigação dos efeitos financeiros da pandemia.

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Saúde Pública

Arboviroses: País soma 6,8 milhões de casos em 2024. Casos graves preocupam

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O Brasil já registrou 6.864.131 casos de arboviroses em 2024. Esse número – relativo à somatória de casos de dengue, zika e chikungunya – representa um coeficiente de incidência de 3.230 casos a cada 100 mil habitantes.

Do total acima, 6.590.575 são casos prováveis de dengue, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Com isso, o coeficiente de incidência da doença é de 3.061,1 casos a cada 100 mil habitantes. Os óbitos por dengue no país já somam 5.867.

De acordo com o painel (com dados até 30 de novembro e atualizados em 2 de dezembro), o Distrito Federal aparece em primeiro lugar em relação ao coeficiente de incidência da doença, com 9.879,5 totalizando 278.311 casos prováveis de dengue.

Minas Gerais possui o segundo maior coeficiente de incidência de dengue, sendo 8.234,0, mas o número de casos prováveis já passa de um milhão, com um total de 1.691.160. O estado mineiro fica atrás apenas de São Paulo em relação aos casos prováveis, cujo total chega a 2.147.916.

MT e Tangará da Serra

Mato Grosso apresenta números bem menores no ano. São 57.645 casos confirmados de arboviroses, sendo 37,4 mil de dengue, 19,8 mil de chikungunya e apenas 305 casos de zika. Esses números perfazem um coeficiente de incidência de 1.575,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Em Tangará da Serra, a situação é pior neste ano de 2024. São nada menos que 10.182 casos de arboviroses, sendo 4.183 de dengue, 5.946 de chikungunya e 53 de zika.

Ou seja, a incidência da doença em Tangará da Serra é três vezes maior que a do país e seis vezes maior que a de Mato Grosso. O município é o primeiro no estado em número de casos de arboviroses.

Casos graves

Com relação às regiões que apresentam os casos de dengue graves e com sinais de alarme se destacam Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O estado de São Paulo lidera, com 26.577 casos. Já Minas Gerais aparece na segunda posição, com quase 60% dos casos registrados em SP, totalizando 15.810. Paraná aparece em terceiro lugar, com 13.733, e o Distrito Federal em seguida, com 10.721 casos graves da doença. Já Roraima aparece com apenas 7 casos graves da doença no estado.

O Painel do MS mostra, ainda, que os casos prováveis de dengue no país se concentram na faixa etária de 20 a 29 anos – em que foram registrados 647.638 casos em 2024.

Em relação às demais arboviroses, em 2024, foram notificados 264.082 casos prováveis e 210 óbitos confirmados por chikungunya; 6.415 casos prováveis e nenhuma morte por Zika; 9.563 casos confirmados e dois óbitos por oropouche.

Plano de combate 

O Ministério da Saúde avança na segunda etapa do plano de ação para combater o avanço das arboviroses com foco na conscientização sobre os sintomas de dengue, zika e chikungunya e o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A nova etapa de conscientização da iniciativa vai até 28 de dezembro e tem como slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. O objetivo é incentivar a população a procurar as UBS’S ao identificar sinais, como:

– Manchas vermelhas no corpo;

– Febre;

– Dores de cabeça;

– Dores atrás dos olhos.

A mobilização faz parte do plano de ações do governo federal, que tenta combater os casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil. As ações são coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados, municípios, instituições públicas e privadas, além de organizações sociais.

O documento foi elaborado por pesquisadores, gestores e técnicos estaduais e municipais, além de profissionais de saúde que atuam diretamente com as comunidades e conhecem os desafios regionais para o combate das arboviroses.

O investimento anunciado pelo Ministério da Saúde é de R$ 1,5 bilhão para aplicar em seis eixos de atuação, como prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; e comunicação e participação comunitária.

(Redação EB, com Brasil 61)

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