O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) promove desde a última sexta-feira (24) um trabalho de limpeza e retirada de vegetação submersa de uma das suas represas. O trabalho, realizado de forma programada, visa melhorar as condições e ampliar o armazenamento de água bruta para tratamento e abastecimento da área urbana de Tangará da Serra.
(*) Ao final do texto, assista vídeo da represa principal da ETA
Segundo Samae, em até 60 dias a represa voltará ao nível normal.
A ‘Sitna’ (foto acima) é a represa que recebe água diretamente do rio Queima Pé e é uma das três do sistema da Estação de Captação, Tratamento e Distribuição de Água – ETA Queima-pé. Ela teve suas comportas abertas na sexta-feira. “Estamos na época apropriada para realizar este serviço, que é entre o final de abril e o mês de maio. Não há como fazer no período das chuvas, nem no período da estiagem, então, a janela que temos é agora, nesta época”, explicou o diretor do Samae, Wesley Lopes Torres.
Segundo Torres, o trabalho é programado e consta no cronograma da autarquia e que, após este processo, em até 60 dias a represa voltará ao seu nível normal.
Wesley reconhece que o último período chuvoso foi insuficiente e ressalta que isso poderá resultar em período de racionamento, mas descarta a possibilidade de falta de água no município. “Estamos enfrentando dois anos seguidos de chuvas abaixo da média, mas estamos adotando medidas” disse, citando como exemplos o trabalho de limpeza na represa Sitna e o uso de poços artesianos, como na Vila Nazaré, no Tarumã e no São Luiz.
Divulgação equivocada
Wesley: “Estamos na época apropriada para realizar este serviço”.
Torres lamentou a interpretação errônea que resultou em matérias equivocadas em pelo menos dois órgãos da imprensa local, dando conta que a represa estaria praticamente seca por força do período de estiagem e que o rio Queima-pé já estaria com vazão insuficiente. “Não é verdade. Não há falta de água, a represa não está secando, e sim, sendo esvaziada para a realização de um trabalho programado”, assegurou.
“É preciso ter responsabilidade ao veicular notícias, em especial sobre serviços essenciais, como é o caso do abastecimento de água. Notícias equivocadas, com situações e informações sem a devida checagem é um desserviço à municipalidade e, principalmente, à população, que se preocupa à toa”, completou.
O processo licitatório para as obras de captação e adução de água do rio Sepotuba deverá ter início ainda esta semana com a publicação de edital para as licitações em lotes para aquisição de material, equipamentos e execução.
Os recursos da suplementação somam R$ 41.034.033,29, levantados a partir de superávit financeiro nas contas do município (R$ 32.334.201,69), superávit nas contas do SAMAE (4.561.579,32), recursos do rateio do Pré-sal pela União (R$ 1.831.313,53) e restos não processados (R$ 2.306.938,75). Nos R$ 32,3 milhões referentes ao superávit do município consta a devolução de sobra do duodécimo de 2019 da Câmara Municipal no valor de R$ 2.082.360,02.
A obra consistirá em adutora de 14,5 quilômetros percorrendo um trajeto com aclive de 125 metros do rio Sepotuba até a ETA Queima-pé, onde ocorrerá o tratamento da água. O prazo de conclusão deverá ficar entre três e quatro anos.
(*) Abaixo, assista vídeo da represa principal da ETA
Mato Grosso tem taxa de homicídio de 22,31 a cada 100 mil habitantes, maior que a nacional, que ficou em 17,91%.
Foram 856 mortes em 2024, redução de 1,95% em comparação com 2023, quando foram 873 mortes.
Mesmo com essa redução, um dado chama a atenção: 53 cidades do Estado, correspondente a 37% dos municípios, registraram aumento de crimes desta natureza.
Crescimentos que variam de 100% a 400%, como é o caso de Ribeirão Cascalheira.
Os dados são do painel do Ministério da Justiça, alimentados pelas secretarias de Segurança dos estados.
No Estado, por dia morrem duas pessoas vítimas de homicídios, do total de registros em 2024, 793 das vítimas eram homens.
De acordo com o levantamento, entre as cidades que mais registraram aumentos nos dois últimos anos está Alto Garças, que foi de três para oito mortes, variação de 166,67%.
Com o mesmo percentual aparece Campo Novo do Parecis, saindo de seis registros em 2023 para 16 em 2024.
Confresa aumentou em 125%, saindo de quatro para nove mortes.
Vila Bela aumentou 118,75%, de 16 para 35 mortes, Aripuanã foi de oito para 17 mortes, aumento de 112,50%, Pontes e Lacerda saiu de 18 para 38 homicídios, 111,11%.
Os maiores crescimentos foram registrados em Canarana, que saiu de três para nove homicídios, crescendo em 200%.
Lambari D’Oeste aumentou em 300% os registros, saindo de um para quatro. Terra Nova do Norte também aumentou na mesma proporção e quantidade de mortes. Por fim, Ribeirão Cascalheira, que saiu de uma para cinco mortes, aumento de 400%.