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Agronegócio & Produção

Protocolo de monitoramento de fornecedores de gado da Amazônia vigora desde dia 1º

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O Protocolo Unificado de Monitoramento de Fornecedores de Gado da Amazônia, desenvolvido pelo Ministério Público Federal (MPF) em conjunto com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e Frigoríficos, começou a valer em 1º de julho. O objetivo é unificar as regras de verificação das compras e implantação de boas práticas na cadeia de fornecedores de gado aos frigoríficos. Com isso, todas as empresas signatárias do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Carne Legal, assinado junto ao MPF com o compromisso de que comprem gado apenas de propriedades rurais legalizadas ambientalmente, deverão implementar as diretrizes contidas no protocolo.

A implantação do protocolo unificado é a continuação de um processo iniciado em 2009, quando o Ministério Público Federal estabeleceu o Termo de Ajustamento de Conduta da Carne Legal, que vem sendo firmado com os frigoríficos que operam nos estados da Amazônia Legal. No termo, as empresas se comprometeram a adquirir gado apenas de áreas que não tenham desmatamento ilegal, que não sejam áreas com alguma indicação de trabalho escravo, que não tenham conflito agrário, e nem estejam sobrepostas a terras indígenas.

“Essa verificação se dá pela lista de áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) ou que tenham o desmatamento detectado pelo projeto Prodes, do Inpe, que verifica as áreas desmatadas por imagens de satélite, bem como de áreas em que tenham ocorrido conflitos agrários, ou estejam sobrepostas a terras indígenas, seja qual for o estágio de demarcação, e trabalho escravo”, enfatizou o procurador da República, titular do Ofício Ambiental em Mato Grosso, Erich Masson.

O movimento realizado pelo MPF e por organizações sociais para melhorar a forma como o gado na Amazônia Legal é criado, reduzindo impactos ambientais e sociais, trouxe resultados a partir do estabelecimento de critérios para a compra dessa carne produzida. É importante ressaltar que desde que foi estabelecido o TAC houve redução no desmatamento da Amazônia, especialmente no início. “Hoje tem-se uma curva de acentuação do desmatamento, mas não chega ao ponto de ser como era antes do TAC do Carne Legal. Então, é notável que o TAC foi um dos grandes instrumentos para a diminuição do desmatamento, mas nós precisamos sempre melhorar”, ressaltou Masson.

Nesse sentido, em 2020, foi desenvolvido o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado, para que fossem unificadas as regras de verificação das compras e implantação de boas práticas na cadeia de fornecedores de gado aos frigoríficos. “Esse protocolo unificado já foi encaminhado a todos os frigoríficos signatários dos TACs com o MPF e, em Mato Grosso, inclusive para os frigoríficos que não são signatários dos compromissos, para que todo o mercado se adapte à realidade de sustentabilidade na cadeia de fornecimento de gado, diminuindo a pressão por novos desmatamentos ilegais, o que melhora, consideravelmente, a imagem do Brasil aos compradores internacionais de carne”, explicou o procurador.

Somente em Mato Grosso, 21 frigoríficos assinaram o TAC, sendo que, para aqueles que têm mais de uma unidade, como JBS e Marfrig, o termo vale para todas as unidades. “Mais de 90% do abate bovino no estado está abrangido pelo TAC”, completou Masson.

Monitoramento Ambiental em Mato Grosso

Outro movimento que vem sendo realizado, especificamente em Mato Grosso, pelo MPF junto com o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), prevê a possibilidade de o produtor que promoveu o desmatamento ilegal ser reinserido na cadeia de fornecimento dos frigoríficos, desde que ele se comprometa a cercar a área desmatada ilegalmente e não utilizá-la no processo produtivo, possibilitando a recuperação ambiental, conforme a interpretação do artigo 51, parágrafo 1º do Código Florestal. “O que mais pretendemos com esse projeto é a possibilidade daquela área cercada se regenerar e voltar a ser mata”, lembrou o procurador.

O projeto já está bem avançado, tanto que em janeiro foi assinado um termo de cooperação técnica entre o MPF, governo do estado e Imac para o desenvolvimento do sistema de monitoramento das áreas recuperadas. Com a implantação do projeto, a estimativa é de que aproximadamente 8 mil pecuaristas mato-grossenses possam ser reintegrados ao mercado formal da carne, inclusive com frigoríficos signatários de termos de ajuste de conduta com o MPF no âmbito do projeto Carne Legal.

Veja vídeo a seguir:

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Agronegócio & Produção

O dólar e o pacote de cortes, as RJs, os dramas de empresas e entrevistas são destaques

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A alta do dólar – que passa dos R$ 6,00 – como resposta ao desagrado em relação ao pacote de corte de gastos do governo e os reflexos sobre a economia, especialmente no agro. As recuperações judiciais e os seus efeitos. As oito mil demissões da Cargill justificadas pelos preços das commodities. Os cortes da Syngenta e o fechamento da unidade de sementes de Ituiutaba-MG motivado pelos altos custos de produção, pela limitação do crédito e volatilidade do câmbio.

Estas são algumas das notícias comentadas no primeiro bloco do Momento Agrícola, na edição deste sábado, 07 de dezembro.

De autoria do produtor rural, agrônomo e consultor Ricardo Arioli, o Momento Agrícola é um programa veiculado aos sábados pela rede de rádios do Agro e repercutido em forma de notícias e com podcast Soundcloud pelo Enfoque Business, também aos finais de semana.

O programa traz, ainda, os blocos de entrevistas, com os temas “Os detalhes da Pecuária na Integração”, com Nelcino de Paula, da UFMT, e “O Mercado do Milho”, com Jeferson Souza, da Agrinvest.

Para ouvir o Momento Agrícola deste sábado na íntegra, clique no podcast abaixo.

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