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Pecuaristas da região oeste de MT amargam prejuízos com morte de dezenas de cabeças de gado em razão do frio

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A onda de frio que atingiu o Brasil nesta semana avançou pelo Centro-Oeste e provocou estragos em fazendas de Mato Grosso. Segundo relatos de pecuaristas das cidades de Reserva do Cabaçal e Salto do Céu, no sudoeste do estado, o frio que fez na madrugada de sábado para domingo, 23, vitimou diversos bovinos da raça nelore.

“Essas duas cidades, que ficam em uma região mais alta, há relato de sensação térmica na casa do 0 °C, algo extremamente incomum aqui em Mato Grosso. Pelo que eu soube, foram vários casos registrados nessas duas localidades”, disse o presidente do Sindicato Rural de São José dos Quatro Marcos (MT), Alessandro Casado.

Para o criador de gado nelore P.O (Puro de Origem), Amauri Nazário Pinheiro, a manhã foi de choque na Fazenda Iruama, em Reserva Do Cabaçal. Ao sair para ver os animais, encontrou 12 já sem vida e outros oito deitados. “Nós encontramos esses animais mortos por causa do frio. Os que ainda estão vivos, estamos aplicando remédio para ver se levanta, mas é certo que desses oito, pelo menos quatro ou cinco devem morrer”, disse.

Segundo o criador, o prejuízo até agora registrado é de R$ 150 mil.

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Segundo ele, os casos foram generalizados na cidade. “No meu vizinho de frente, 27 bovinos morreram de frio. No outro vizinho, contaram até agora 21, em outra propriedade foram cinco e, em uma fazenda mais perto da estrada, mais dois. Acredito que apenas por esses casos próximos, tivemos pelo menos 100 animais que morreram de frio na cidade, já que tem muita gente nem sabe que perdeu gado, pois nunca houve isso aqui”, comentou.

O pecuarista diz que os animais que morreram foram os mais novos e que estavam em campo aberto. “Nessa propriedade, não temos mata junto ao pasto, a não ser na beira do córrego, onde é ainda mais frio. Os animais que morreram, certamente ficaram expostos ao vento e ao frio, algo que nunca ocorreu aqui. Tanto é, que em outra propriedade que temos, os animais conseguiram se abrigar na mata e não houve nenhum caso.”

Caso a previsão do tempo indique mais frio como esse, Amauri informou que pretende levar o gado para a propriedade que tem mais proteção dos ventos. No entanto, a previsão é de aumento na temperatura e outra friagem como essa não deve acontecer tão cedo. “O sol já está saindo e está esquentando bem aqui. Mas se voltar a ter um frio como esse, pretendo levar os animais para a outra propriedade ou fechar em um curral, com lona para proteger durante a noite”, finalizou.

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“Nunca vimos isso antes”

O criador José Ginevaldo Vitório, da fazenda Recanto das Águas, também foi surpreendido pela morte de cinco animais da raça nelore. Em sua fazenda, o rebanho de 350 bovinos sofreu com a queda brusca de temperatura. “Nunca vimos isso antes. Perdemos cinco vacas da raça nelore, mas tivemos vizinhos que foram muito mais impactados. Tivemos relatos de produtor que tem de 50 a 60 animais em confinamento, e que perderam até 20 animais”, contou.

Segundo o pecuarista, em um raio de 20 quilômetros de sua propriedade, pelo menos 200 animais morreram com o frio, sobretudo bezerros de dois anos e meio a três anos. Além dos animais de rebanho, foram encontrados animais silvestres sem vida no campo. “O frio foi tão intenso, que eu encontrei um porco espinho, conhecido como Luis Caxeiro, sem vida no campo. Também morreram garças, passarinhos e até morcegos”, finalizou.

(Fonte: Canal Rural)

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Homicídios aumentaram em 53 cidades de Mato Grosso, segundo levantamento

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Mato Grosso tem taxa de homicídio de 22,31 a cada 100 mil habitantes, maior que a nacional, que ficou em 17,91%.

Foram 856 mortes em 2024, redução de 1,95% em comparação com 2023, quando foram 873 mortes.

Mesmo com essa redução, um dado chama a atenção: 53 cidades do Estado, correspondente a 37% dos municípios, registraram aumento de crimes desta natureza.

Crescimentos que variam de 100% a 400%, como é o caso de Ribeirão Cascalheira.

Os dados são do painel do Ministério da Justiça, alimentados pelas secretarias de Segurança dos estados.

No Estado, por dia morrem duas pessoas vítimas de homicídios, do total de registros em 2024, 793 das vítimas eram homens.

De acordo com o levantamento, entre as cidades que mais registraram aumentos nos dois últimos anos está Alto Garças, que foi de três para oito mortes, variação de 166,67%.

Com o mesmo percentual aparece Campo Novo do Parecis, saindo de seis registros em 2023 para 16 em 2024.

Confresa aumentou em 125%, saindo de quatro para nove mortes.

Vila Bela aumentou 118,75%, de 16 para 35 mortes, Aripuanã foi de oito para 17 mortes, aumento de 112,50%, Pontes e Lacerda saiu de 18 para 38 homicídios, 111,11%.

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Os maiores crescimentos foram registrados em Canarana, que saiu de três para nove homicídios, crescendo em 200%.

Lambari D’Oeste aumentou em 300% os registros, saindo de um para quatro.  Terra Nova do Norte também aumentou na mesma proporção e quantidade de mortes. Por fim, Ribeirão Cascalheira, que saiu de uma para cinco mortes, aumento de 400%.

(Sapicuá RN)

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