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Agronegócio & Produção

Momento Agrícola: Os negócios com a China e com os árabes e a energia solar estão entre os temas abordados

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No programa Momento Agrícola deste final de semana, o engenheiro agrônomo, consultor e comunicador Ricardo Arioli traz um conjunto de informações de grande importância no setor produtivo.

O primeiro assunto abordado é o programa lançado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que abre um canal para os produtores denunciarem a venda casada de produtos do banco quando da contratação de financiamentos. O programa chama-se ‘Nada além do que preciso’, criado com apoio dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Justiça.

Arioli também aborda a alta dos preços da carne suína na China. O aumento foi de 80% em relação ao ano passado, motivado pela peste suína africana que já atingiu mais de 40% do rebanho, segundo o governo chinês. Os efeitos da crise provocada pela peste se fizeram sentir também nos preços das carnes bovina e de frango, que também subiram entre 19% e 23%, além de contribuir para a alta inflacionária no país asiático.

Peste suína na China abre oportunidades de negócios ao Brasil.

Oportunidades

Os estoques chineses de carne suína estão acabando, o que abre grandes oportunidades de negócios para outros países produtores. Par se ter uma ideia, a China lidera a produção mundial de carne suína, com 52 bilhões de toneladas. Despois vem a Comunidade Europeia, com 23,5 bilhões de toneladas, os Estados Unidos com 11,5 bilhões e, em quarto lugar, o Brasil, que produz anualmente 3,7 bilhões de toneladas de carne suína. “Mesmo que todos os países produtores resolvessem exportar carne suína à China, não conseguiriam atender a quebra de 41% na produção chinesa”, observa Ricardo Arioli, no Momento Agrícola.

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Arioli destaca que a crise chinesa na produção de carne representará oportunidades também para as carnes bovina e de frango brasileiras. Neste aspecto, Arioli destaca que o Brasil leva vantagem sobre os Estados Unidos em razão do custo de produção da carne bovina. “O Brasil tem um custo médio de produção US$ 2,6 mil/tonelada, enquanto nos EUA este custo bate na casa dos US$ 5 mil/tonelada”, registra o apresentador.

Soja

A China também influencia fortemente no mercado internacional da soja. Com o anúncio da venda de produtos americanos de até US$ 50 bilhões à China, os estoques de soja dos Estados Unidos ficarão praticamente zerados. Esta conjuntura é agravada pela atual safra norte-americana, considerada aquém do esperado.

China também influencia fortemente no mercado internacional da soja.

 

Com isso, segundo Arioli, a Comunidade Europeia virá ao Brasil para comprar soja, mas os estoques brasileiros também estão no limite. Isto pode dar margem à alta dos preços da soja negociada pelos produtores junto às tradings, bastando para isso que o produtor saiba valorizar devidamente o seu produto. “O problema é como fazer isso. São muitos produtores pelo Brasil afora, enquanto as tradings são poucas. Temos interesses diferentes quando tomamos a decisão de vender ou não pela oferta do dia. É difícil para os produtores. As tradings compram soja por todo o Brasil (…). Outra questão é a logística de transportes e de embarque nos portos, que as tradings dominam”, analisa.

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Outros

Outros assuntos abordados por Ricardo Arioli são: A soja Livre e o prêmio da soja convencional e a energia solar, cujo mercado deverá ser impactado pela cobrança do uso da rede pelo governo. Ou seja, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) abrirá consulta pública para tratar da cobrança pela transmissão.

Ainda na edição do Momento Agrícola deste final de semana, Ricardo Arioli aborda o avanço do plantio de soja no estado, aumento das exportações de algodão; e a expansão dos negócios brasileiros com os países árabes.

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Agronegócio & Produção

Safra será de 322,6 milhões/tons em 2025, segundo previsão do IBGE; MT lidera produção

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No terceiro prognóstico para a safra 2025, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 322,6 milhões de toneladas, com alta de 2,5% ante o 2º prognóstico (7,8 milhões de toneladas) e alta de 10,2% frente a 2024 (29,9 milhões de toneladas).

Esperam-se acréscimos na produção da soja (15,4% ou 22 347 519 t), para o milho 1ª safra (9,3% ou 2 124 233 t), para o milho 2ª safra (4,1% ou 3 736 047 t), para o arroz (8,1% ou 856 065 t), para o trigo (4,8% ou 360 657 t) e para o feijão 1ª safra (30,9% ou 276 071 t). Para o algodão herbáceo em caroço foi estimado uma estabilidade na produção (0,0% ou 2 354 t), enquanto para o sorgo foi estimado um declínio de 3,2% ou
-127 668 t.

Já a safra de 2024 alcançou 292,7 milhões de toneladas, com queda de 7,2% (22,7 milhões de toneladas) ante a safra de 2023. A área colhida em 2024 chegou a 79,0 milhões de hectares, com alta de 1,6% (ou mais 1,2 milhão de hectares) frente a 2023.

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Na produção, ocorrem acréscimos de 14,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 3,0% para o arroz; de 5,0% para o feijão, bem como decréscimos de 4,6% para a soja, de 12,5% para o milho (reduções de 17,4% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra), de 2,9% para o trigo e de 7,5% para o sorgo.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,9 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 114,7 milhões de toneladas (22,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,6 milhões de toneladas; a do trigo em 7,5 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas.

Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido pelo Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (11,8%), Goiás (11,0%), Mato Grosso do Sul (6,7%) e Minas Gerais (5,7%), que, somados, representaram 79,4% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,4%), Sul (26,8%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,8%) e Norte (6,2%).

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