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Momento Agrícola: Chineses deverão investir em quatro usinas de açúcar e etanol no Brasil

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A visita do presidente Jair Bolsonaro e da ministra Teresa Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) à China trouxe novos horizontes ao Brasil quanto aos laços comerciais com o país asiático, maior mercado consumidor do planeta.

Segundo divulgado no programa Momento Agrícola (cadeia de rádios do Agro) neste final de semana, uma notícia interessante é que os chineses tem interesse em investir em quatro plantas de produção de açúcar e etanol no Brasil. O interesse chinês foi anunciado pela COFCO International, maior indústria alimentícia da China, à ministra Teresa Cristina, durante o seminário sobre agronegócio e comércio agrícola entre Brasil e China, semana passada, em Pequim.

Tereza Cristina: “Queremos continuar como o principal fornecedor de alimentos para a China, mas podemos oferecer muito mais do que soja e carnes”.

Com os investimentos nas plantas, poderão vir aportes paralelos dos chineses, especialmente em logística (ferrovias e portos), segundo sugeriu Tereza Cristina aos representantes do país da Ásia. Vale destacar que o consumo de etanol na China está em expansão em vista da necessidade do gigante asiático em reduzir seus índices de poluição, muito altos em seus grandes centros urbanos.

Mato Grosso é um dos estados brasileiros que pode receber investimentos dos chineses no setor industrial sucroalcooleiro. A investida chinesa representaria um saldo na indústria mato-grossense, com grandes e positivos reflexos na economia e, evidentemente, ampliação das áreas com cana-de-açúcar. As regiões com esta vocação no estado estão no sudoeste, em Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Nova Olímpia e São José do Rio Claro, e no sul, em Jaciara.

O entrave, porém, é justamente a logística, onde Mato Grosso fica muito aquém em comparação com estados como São Paulo e Paraná, que são servidos por ferrovias e grandes portos, como Santos e Paranaguá.

Mais a oferecer

Ao participar de seminário sobre agronegócio e o comércio agrícola entre Brasil e China, em Pequim, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou na última sexta-feira (25) que as exportações ao mercado chinês estão concentradas em soja e carne, e os produtores brasileiros têm mais a oferecer ao país asiático.

Em 2018, a China comprou mais de US$ 31 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, volume 70% superior ao registrado em 2015. Do total exportado, quase 88% foram de soja em grão. Em segundo lugar, aparece carne bovina, com apenas 4,7%. A soja e as carnes (bovina, frango e suína) concentram 96% dos produtos agropecuários vendidos aos chineses.

Investida chinesa representaria um saldo na indústria mato-grossense, com grandes e positivos reflexos na economia.

“Queremos continuar como o principal fornecedor de alimentos para a China, mas podemos oferecer muito mais do que soja e carnes”, disse a ministra no seminário, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). “Considerando a diversidade da agropecuária do Brasil e os US$ 140 bilhões em produtos agrícolas importados pela China de todo o mundo, vemos claramente que há muito espaço para ampliação das nossas relações comerciais, não apenas em volume, mas também em variedade”.

A ministra voltou a ressaltar que o Brasil é um dos poucos países com capacidade de expandir a oferta de alimentos aliada à sustentabilidade. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e ao mesmo tempo possui 66,3% do seu território coberto por vegetação nativa. Isso só é possível porque o produtor brasileiro produz ao mesmo tempo em que preserva”, afirmou.

De acordo com Tereza Cristina, o uso de videoconferências para discussão entre as equipes técnicas chinesas e brasileiras agilizou os processos, como inspeção sanitária. Porém, segundo a ministra, “precisamos continuar buscando soluções inovadoras que tornem a comunicação ainda mais fluida e gerem resultados concretos de grande impacto”.

(Fonte: Redação Enfoque Business, com MAPA)

(*) Ouça na íntegra o Momento Agrícola deste final da semana clicando abaixo:

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Colheita estrangulada e logística insuficiente encarecem frete em até 73,9% no MT

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Mato Grosso deve colher 47 milhões de toneladas de soja na safra atual. Em meio a esse volume de grãos, o atraso na colheita em razão das chuvas reflete diretamente no fluxo do escoamento.

A colheita está acelerada, aproveitando as janelas de sol para o trabalho das máquinas nas lavouras. Aí é que vem o problema, na medida em que o estrangulamento da colheita encarece o frete em até 70% em algumas rotas a partir de Mato Grosso e esse ritmo de alta deve seguir nesse mês de fevereiro, segundo especialistas do setor.

Mato Grosso ainda depende muito do modal rodoviário e há poucas opções de ferrovias e praticamente nada de hidrovias. Para agravar o cenário, não há caminhões suficientes para atender a demanda, o que catapulta o preço do frete. Por exemplo, na rota Sorriso-Santos o preço do frete por tonelada subiu de R$ 330,00 para R$ 340,00 em janeiro e, agora, em fevereiro, se aproxima de R$ 500,00. Especialistas preveem que para essa rota o prelo do frete/tonelada chegue a R$ 600,00 ainda nesse mês.

Colheita apertada integra cenário de alta nos preços do frete em Mato Grosso.

Para transportar a soja de Sorriso a Rondonópolis, em 15 dias o frete subiu de R$ 118/tonelada para R$ 205/tonelada. Ou seja, um aumento de 73,7%. Outra opção para descarregamento da soja em trens, na rota Querência-Rio Verde(GO), o frete teve alta semelhante, de 73,9%, saltando de R$ 138/tonelada para R$ 240/tonelada.

Outro gargalo é a insuficiência do sistema de armazenagem, cuja capacidade é de 65% da safra, incluindo as próprias fazendas, as cerealistas, empresas e tradings. O governo, por sua vez, não contribui para uma solução, ainda que disponibilize linhas de crédito para a estocagem nas propriedades através do Plano de Construção de Armazéns (PCA).

Mesmo com disponibilização de R$ 3,3 bilhões pelo PCA a juros anuais de 7% e R$ 4,5 bilhões para armazéns maiores com juros de 8,5% ao ano, o prazo de apenas 10 anos para pagamento são muito curtos para o tamanho dos investimentos.

Por fim, o diesel subiu R$ 0,22/litro nas refinarias. Vale lembrar que o combustível responde por 50% do custo do frete.

As altas verificadas no frete recaem, também, no preço dos fertilizantes.

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