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Empresários veem Tangará da Serra em condições de manter comércio aberto; Decreto 532 tem caráter recomendatório

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Apesar do município de Tangará da Serra estar classificado como de risco “muito alto” de contaminação pelo novo coronavírus, Tangará da Serra não deverá, ao menos por enquanto, adotar medidas mais restritivas recomendadas pelo governo do estado através do decreto 532/2020.

O próprio prefeito Fábio Martins Junqueira afirmou, nas redes sociais, que não tem intenção, ao menos por enquanto, de ampliar as restrições já impostas no município.

Mesmo com o número crescente de casos de contaminação, o município mantém um índice de recuperação ao redor de 80% entre os pacientes acometidos pela Covid-19. Até ontem, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo município, eram 412 registros da doença, número do qual são deduzidos os 333 pacientes que evoluíram para a cura.

Assim, Tangará da Serra, que até ontem registrava seis óbitos, contabilizava um saldo de 73 pacientes com a doença ativa.

O município se insere, então, na faixa entre 51 e 150 casos ativos. Acrescentando-se a taxa de crescimento da contaminação (TCC) de 48,21%, o município fica enquadrado na classificação de risco “muito alto”.

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ACITS e CDL

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tangará da Serra, Alessandro Rodrigues Chaves, não vê necessidade de seguir a recomendação de maiores restrições do governo estadual. Para ele, os estabelecimentos comerciais tem seguido rigorosamente os protocolos de prevenção da doença, com higienização, disponibilização de álcool 70%, monitoramento e aferição de temperaturas corporais dos colaboradores.

“Nossa realidade aqui em Tangará da Serra é diferente da que o estado apresenta. O comerciante está trabalhando de forma muito consciente, seguindo os rigores da prevenção, e o município tem adotado medidas, via decreto e através de comitê (Interinstitucional de Prevenção e Monitoramento ao Coronavírus), para manter o controle, como o decreto da ‘lei seca’. Além disso, temos 80% de recuperados, então, vejo o município numa situação muito confortável em não aderir, em não seguir a recomendação do governo do estado”, disse Chaves.

Já o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra (ACITS), Junior Rocha, avalia que o decreto 532 tem natureza recomendatória e ajusta a análise de risco considerando o número de casos confirmados e número de leitos disponíveis.

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Júnior observa, porém, que o governador não tem poder para decretar quarentena no Estado e também não prevê a quarentena na publicação oficial. “O decreto do governo não tem força legal para determinar efeitos de lockdown em Tangará da Serra. A análise para medida mais radical passa por decisão do prefeito. Em Cuiabá e Várzea Grande as medidas mais severas estão ocorrendo por determinação judicial. Então, ao meu ver, Tangará continua tendo plena condição de manter o comércio aberto”, disse.

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China vê tarifaço de Trump como oportunidade ao Brasil, mas aponta riscos à economia global

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A China, maior mercado consumidor do mundo e principal parceiro comercial do Brasil avalia a crise entre Estados Unidos e Brasil sob duas óticas, uma considerando as consequências do que chama “protecionismo coercitivo” e, outra, como uma oportunidade que o Brasil poderá aproveitar caso o atual governo brasileiro tenha competência para tanto.

A partir de 1° de agosto, os EUA começarão a aplicar uma tarifa de até 50% sobre vários produtos brasileiros. Segundo fontes dos ministérios do Comércio e das Relações Exteriores chineses, o gigante asiático vê esse movimento como um reflexo de uma escalada protecionista capaz de alterar as dinâmicas comerciais globais, com sério risco sistêmico.

Segundo levatamento realizado pela redação do EB, a posição oficial chinesa é de que as tarifas de Trump são “perigosas para a economia global” e que “não há vencedores em guerras tarifárias”. Pequim indica que essas medidas incentivam respostas recíprocas e desequilibram cadeias de valor global.

Etanol é uma das commodities exportados pelo Brasil aos americanos.

Um efeito poderá ser um certo isolamento dos EUA (“efeito boomerang”), já que medidas protecionistas agressivas (como o tarifaço de 50%) podem acelerar a formação de cadeias de suprimentos alternativas, lideradas por China, Rússia e Índia, enfraquecendo a influência americana.

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Nesse contexto, é possível prever que empresas americanas – que dependem de commodities brasileiras (como alumínio e etanol) – verão seus custos de produção aumentarem.

Oportunidade

Por outro lado, economistas chineses observam que a retaliação política de Trump travestida de tarifaço poderá aproximar ainda mais o Brasil tanto da China como de outros grandes mercados, como Índia e a ASEAN, sigla em inglês da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Association of Southeast Asian Nations).

Na prática, a medida americana fará com que empresas redirecionem cadeias produtivas, potencialmente abandonando o mercado norte-americano em favor da Ásia e da própria América Latina. Ou seja, empresas brasileiras buscarão, obrigatoriamente novos mercados com menor barreira tarifária, como no leste asiático.

A China, por exemplo, poderá se beneficiar ampliando negócios com o Brasil em setores de valor agregado, como componentes automotivos e baterias – áreas em que o país avança rapidamente.

Reflexo logístico e ambiental

Apesar das vantagens comerciais, especialistas chamam atenção para uma possível pressão sobre os bioma da Amazônia e do Cerrado, um efeito indesejado do aumento das exportações.

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Outra consequência será o estrangulamento de logística, que já ocorre no Brasil durante o escoamento das safras com infraestrutura já saturada, elevando custos de transporte portuário e interno.

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