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Eleições 2020: Violência digital já marca o pleito eleitoral antes mesmo de definição de candidaturas

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Ofensa à honra, dano moral, calúnia, injúria, difamação, homofobia, racismo, pedofilia, misoginia, pornografia, cyberbullying… Estes e outros crimes tem sido praticados todos os dias e em alta frequência no ambiente da rede mundial de computadores, em especial nas redes sociais.

A tecnologia que representa desenvolvimento e facilita a vida de milhões de pessoas, tem sido também uma ferramenta utilizada por criminosos e pessoas mal intencionadas e de personalidade duvidosa.

Neste contexto, os crimes digitais já se configuram como uma grande ameaça para a lisura das próximas eleições. Em Tangará da Serra, as adversidades políticas escaparam do campo das ideias, migraram para o terreiro da imoralidade e já povoam a esfera policial na forma de boletins de ocorrência. Tudo isso antes mesmo de serem definidas as candidaturas majoritários e proporcionais.

A legislação falha e permissiva no mundo digital, a intolerância crescente e a sensação de impunidade dos agressores abre espaço para a ocorrência cada vez maior de crimes de ódio e abuso na internet. Sob máscaras e disfarces de perfis falsos que, erradamente, dão sensação de segurança, os agressores praticam toda sorte de violação no ambiente “online” e, muitas vezes, ficam incólumes no domínio físico.

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Nas últimas semanas, ao menos quatro ocorrências de violência digital foram registradas na Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Tangará da Serra. Entre elas se inclui um caso de pesada difamação contra a honra de um jornalista e sua esposa, através de um blog, com compartilhamentos do material em redes sociais, em grupos de aplicativos como o Facebook, Instagram e WhatsApp.

Também sofreram com calúnias e difamações um ex-secretário municipal, vereadores, empresários e uma apresentadora de TV. Em todos os casos, as ações dos agressores tiveram como pano de fundo as motivações políticas. Obviamente, os casos já estão sob investigação da Polícia Judiciária Civil e terão sérios desdobramentos na esfera judicial.

Estes casos de violência digital já projetam o que poderá vir a acontecer quando as campanhas eleitorais estiverem em curso, por ocasião do próximo pleito que escolherá os novos gestores e vereadores do município. Pelo conteúdo das agressões e pelo perfil demonstrado pelos agressores e seus ‘colaboradores’, é difícil imaginar a magnitude da violência digital que será perpetrada no período eleitoral.

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Frequência

Além de prejuízos financeiros, os crimes cibernéticos produzem, através da violência digital, sensação de vulnerabilidade e impossibilidade de defesa entre as vítimas atingidas.

Diariamente, são registrados cerca de 400 crimes cibernéticos em todo o país. O levantamento mais recente, feito em 2018 pela associação SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), contabilizou 133.732 queixas de delitos virtuais, como pornografia infantil, conteúdos de apologia e incitação à violência e crimes contra a vida, calúnias, difamações, violência contra mulheres ou misoginia e outros.

Para fazer frente à crescente complexidade das investigações de crimes praticados por meios eletrônicos, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso conta com a Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (GECAT).

A GECAT é um departamento ligado à Coordenadoria de Inteligência Tecnológica, da Diretoria de Inteligência, que atua nas investigações complexas que envolvem o uso da tecnologia de ponta ou a utilização de recursos tecnológicos, mais especificadamente, a internet. São os chamados popularmente “crimes virtuais” que, na verdade, são bem reais.

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Redes sociais estão repletas de “Fake News” sobre rompimentos em barragens [áudio]

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Uma série de informações falsas dando conta de rompimento de barragens maiores localizadas na região de Tangará da Serra vem causando confusão e desinformação junto à opinião pública regional.

Alertas falsos de que uma grande barragem no rio Juba, em Tangará da Serra, teria rompido e que ás águas chegariam até cidades como Barra do Bugres e Cáceres causaram certa preocupação em moradores da região e até de autoridades.

Na verdade, os riscos de rompimento ocorreram em um único barramento, no município de Nova Olímpia, na área privada de um empreendimento de bioenergia. O problema, porém, foi contornado pela própria empresa, com os trabalhos recebendo acompanhamento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Único barramento com riscos na região é em Nova Olímpia e está sob monitoramento.

Na manhã desta quarta (15), a redação entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que negou qualquer risco de rompimento em barragens localizadas no rio Juba, contrariando as “fake news” divulgadas irresponsavelmente por internautas mal intencionados.

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“Uma barragem próximo de Nova Olímpia/Denise apresenta certo grau de risco e nossas equipes estão fazendo o monitoramento”, confirmou o militar, referindo-se ao barramento São Lourenço, em Nova Olímpia.

Sargento Eliezer, da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Tangará da Serra, desmentiu as informações de riscos ou rompimento de barragens no rio Juba. “Essas outras situações de fake News de que alguma barragem do Juba oferece risco, não é verdade, e a própria empresa faz o monitoramento e se houvesse qualquer tipo de risco nós já teríamos sido avisados”, afirmou.

(*) Ouça, na sequência, áudio com declaração do Sargento Eliezer, do Corpo de Bombeiros:

Irresponsabilidade

A popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, em especial às redes sociais, fez o conceito de fake news ganhar forma.

Empregado às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, o conceito é aplicado principalmente aos portais de comunicação online, como redes sociais (como o WhatsApp), sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar.

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Os efeitos são nefastos. Atrapalham o trabalho das autoridades, podem comprometer imagens de empresas e instituições, além de causar pânico, revolta e situações de desespero coletivo, podendo representar condições de difícil controle pelo poder público.

No caso das falsos alarmes de rompimento de barragem no rio Juba, houve informações de grande preocupação na região do Assentamento Antônio Conselheiro e outras comunidades à jusante da barragem mencionada. Uma das mensagens fraudulentas sugeria que quem tivesse parentes na região de Cáceres, que já os avisasse da ocorrência que, na realidade, inexiste.

Punição

Quem espalhar fake news e for identificado pode responder criminalmente. As tipificações variam entre crimes contra a honra, difamação, calúnia e outros delitos, a depender do contexto da desinformação disseminada.

Vale lembrar que qualquer cidadão pode denunciar fake news e seus autores junto às polícias Civil e Militar.

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