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Deputados estaduais relutam em abrir mão das verbas indenizatórias; Valor daria para comprar 150 respiradores

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Corporativismo, defesa dos próprios interesses, insensatez. É desta forma que a maioria dos deputados estaduais de Mato Grosso estão agindo e pensando neste período de pandemia do novo coronavírus, em plena situação de calamidade pública vivenciada pelo estado.

Um projeto de lei de autoria do deputado Ulysses Moraes (PSL) para suspender o pagamento das Verbas Indenizatórias (VIs) aos deputados estaduais durante a vigência do estado de calamidade pública por conta da crise da pandemia da Covid-19 tem provocado irritação nos gabinetes dos parlamentares. A maioria deles não admite abrir mão da VI para que o recurso seja revertido para o enfrentamento da moléstia que já causou 12 mortes no estado.

O autor do projeto propôs que a matéria tramitasse com dispensa de pauta e em regime de urgência. Os demais deputados, porém, empurram o assunto com a barriga e sequer admitem urgência da matéria. Com a manobra, o projeto seguirá o trâmite normal e, com isso, poderá perder seu objeto. “Infelizmente a votação de urgência não foi aprovada nesse projeto e isso fará com que talvez se perca o objeto”, disse Ulysses Moraes, em entrevista ao programa “Momento Agrícola” desta semana. Ulysses declarou ne entrevista que zerou os gastos da sua própria verba indenizatória.

Ulysses Moraes, autor do projeto: “Infelizmente a votação de urgência não foi aprovada nesse projeto e isso fará com que talvez se perca o objeto”.

Segundo publicado pela imprensa da capital ainda no mês de abril, 12 deputados foram contrários a dispensa de pauta. O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), afirmou que o assunto já foi discutido dentro do parlamento e por isso era contra o retorno do tema.

O secretário-geral da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), por sua vez, disse que ficou decidido que cada parlamentar decidiria por conta própria quanto da verba

indenizatória seria devolvido ao Legislativo. “Isso já ficou definido. Estou trabalhando bem mais do que antes da crise do novo coronavírus. A verba indenizatória é uma forma de ressarcir o deputado pelo seu trabalho”, alegou o socialista.

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) aventou a possibilidade de uma emenda para, caso não a VI não seja suspensa, ao menos reduzir o valor da verba indenizatória. “Todo mundo está fazendo isso. Acho que podemos sim reduzir esse valor”, completa.

Único representante de Tangará da Serra na Assembleia Legislativa, o deputado Dr. João não respondeu mensagem da reportagem solicitando seu posicionamento a respeito do assunto.

Respiradores

Atualmente cada deputado recebe por mês R$ 65 mil de VI para compensar os gastos feitos no seu mandato. Uma vez aprovado para valer por 90 dias, o projeto representaria uma economia de R$ 4,68 milhões, o suficiente para bancar aquisição de 150 respiradores para reforçar o sistema público de saúde no combate à pandemia.

“Entendo que os deputados poderiam fazer este esforça, cortar na própria carne, dar o exemplo. Esse é o momento que precisamos fortalecer o Sistema Público de Saúde. Em três meses, os aparelhos que são fundamentais para o tratamento de pessoas que apresentam quadros mais severos do coronavírus poderiam ser comprados e evitar um colapso”, disse Moraes.

Só em verbas indenizatórias, os 24 deputados custarão neste ano um total de R$ 18,7 milhões aos cofres públicos. O orçamento da Assembleia Legislativa para 2020 é de R$ 548 milhões, valor superior ao orçamento anual de um município como Tangará das Serra, que é de R$ 408 milhões.

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Vander Masson oficializa secretariado nesta sexta. Grapeggia assume na SEAPA

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A composição do secretariado para o segundo mandato do prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson – agora com o ex-vereador Eduardo Sanches (PL) no posto de vice -, acontecerá na manhã desta sexta-feira (10), a partir das 08h00, no Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres, na sede do Executivo. Vander terá como vice o ex-vereador Eduardo Sanches (PL).

O primeiro escalão inclui, além dos secretários, o diretor do Samae e a Superintendência de Governo. Até o momento, o que se sabe é que as mudanças serão poucas. No secretariado as únicas alterações confirmadas são nas pastas da Fazenda – Laura Pereira substituiu, ainda em dezembro, Ângela Nascimento – e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), onde Alceu Grapeggia assumirá em lugar de Rogério Rio.

Nas demais pastas, permanecem Arielzo da Guia e Cruz (Administração), Márcia Kiss (Assistência Social), Wellington Rondon (Cultura e Turismo), Vagner Constantino Guimarães (Educação), Luciano da Silva Góis (Esportes), Sílvio Sommavilla (Indústria, Comércio e Serviços), Magno César Ferreira (Infraestrutura), Vinícius Lançone (Meio Ambiente), Adão Leite (Planejamento), Wellington Bezerra (Saúde) e Marcos Scolari como diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE).

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